- Partilhar artigo
- ...
A Fábrica de Tortas Azeitonense foi, à sua maneira, uma start-up, numa altura em que a designação não tinha ainda fama nem renome. O negócio da empresa fundada em 1995 por António Martins e pela mulher passava por produzir tortas de Azeitão, argolas de ovo, biscoitos, areias ou "esses" e surgiu da vontade de um casal empreendedor de Pinhel de rumar a sul levando consigo a tradição familiar da pastelaria e a vontade de criar um negócio seu em terras com maiores oportunidades.
À semelhança de tantas outras empresas pequenas que atingem cedo um grande sucesso, também a empresa de António Martins teve pressa em crescer. Com a crise, levou um valente "balde de água fria" há 10 anos. Só que, ao contrário do que acontece com muitos destes negócios empreendedores, conseguiu dar a volta.
Hoje é o genro, Duarte Matos, quem tem vindo, com a mulher, a assumir progressivamente o negócio. Quando este arrancou, há mais de 20 anos, a torta de Azeitão não tinha a divulgação que tem hoje. Numa garagem adaptada, António Martins deu os primeiros passos e rapidamente começou a ter procura. "Os revendedores pernoitavam à porta", conta agora Duarte Matos. A fábrica investiu em novas instalações, apostou em força na publicidade, começou a vender em hipermercados e a produção chegou a atingir as 10 mil tortas por dia.
"Tivemos publicidade em televisão, em rádio e chegámos a ter também alguns ‘outdoors’ nas autoestradas", diz. Com recurso a financiamento bancário, investiram mais de três milhões na construção de uma fábrica maior em Coina para dar resposta à parceria que se iria fazer com o grupo retalhista Mercadona, para fornecer o mercado espanhol.
Só que em 2008 chegou a crise e, em 2009, o negócio já se ressentia. Dois anos depois, Portugal pedia ajuda externa. Na vizinha Espanha, a crise também era grande e a Mercadona cancelou o negócio. Em 2012, tiveram de avançar com uma reestruturação. O pessoal foi reduzido de mais de 40 pessoas para 16. A fábrica de Coina foi arrendada durante alguns anos, para ajudar a pagar as dívidas.
Passada a tormenta, hoje há 23 funcionários a trabalhar. Têm três pontos de venda, um em Coina, um em Azeitão (onde se localiza a fábrica mais pequena) e outro recente em Setúbal. Surgiram também lojas concessionadas. O leque de produtos foi diversificado, através de parcerias com outros fabricantes de produtos regionais, como o queijo de Azeitão, o mel ou o moscatel, vendidos com o rótulo da Fábrica das Tortas.
Por dia produzem quatro mil tortas e fecharam 2018 com uma faturação de 1,2 milhões de euros. Há planos para crescer, mas com muita cautela. "A economia parecia saudável, os bancos não nos largavam a porta e, de repente, foi como se nos tirassem o tapete. Felizmente essa fase está ultrapassada", assegura Duarte Matos.
À semelhança de tantas outras empresas pequenas que atingem cedo um grande sucesso, também a empresa de António Martins teve pressa em crescer. Com a crise, levou um valente "balde de água fria" há 10 anos. Só que, ao contrário do que acontece com muitos destes negócios empreendedores, conseguiu dar a volta.
Hoje é o genro, Duarte Matos, quem tem vindo, com a mulher, a assumir progressivamente o negócio. Quando este arrancou, há mais de 20 anos, a torta de Azeitão não tinha a divulgação que tem hoje. Numa garagem adaptada, António Martins deu os primeiros passos e rapidamente começou a ter procura. "Os revendedores pernoitavam à porta", conta agora Duarte Matos. A fábrica investiu em novas instalações, apostou em força na publicidade, começou a vender em hipermercados e a produção chegou a atingir as 10 mil tortas por dia.
"Tivemos publicidade em televisão, em rádio e chegámos a ter também alguns ‘outdoors’ nas autoestradas", diz. Com recurso a financiamento bancário, investiram mais de três milhões na construção de uma fábrica maior em Coina para dar resposta à parceria que se iria fazer com o grupo retalhista Mercadona, para fornecer o mercado espanhol.
Só que em 2008 chegou a crise e, em 2009, o negócio já se ressentia. Dois anos depois, Portugal pedia ajuda externa. Na vizinha Espanha, a crise também era grande e a Mercadona cancelou o negócio. Em 2012, tiveram de avançar com uma reestruturação. O pessoal foi reduzido de mais de 40 pessoas para 16. A fábrica de Coina foi arrendada durante alguns anos, para ajudar a pagar as dívidas.
Passada a tormenta, hoje há 23 funcionários a trabalhar. Têm três pontos de venda, um em Coina, um em Azeitão (onde se localiza a fábrica mais pequena) e outro recente em Setúbal. Surgiram também lojas concessionadas. O leque de produtos foi diversificado, através de parcerias com outros fabricantes de produtos regionais, como o queijo de Azeitão, o mel ou o moscatel, vendidos com o rótulo da Fábrica das Tortas.
Por dia produzem quatro mil tortas e fecharam 2018 com uma faturação de 1,2 milhões de euros. Há planos para crescer, mas com muita cautela. "A economia parecia saudável, os bancos não nos largavam a porta e, de repente, foi como se nos tirassem o tapete. Felizmente essa fase está ultrapassada", assegura Duarte Matos.
Tome nota
Depois do susto que apanharam com a crise, a gestão faz-se hoje de forma mais tímida e ponderada. No entanto, o objetivo é aumentar as vendas, não estando posta de parte a possibilidade de aumentar a produção, fazendo uso de uma segunda fábrica, maior, que têm em Coina.
Chegar aos turistas da capital
Duarte Matos não esconde a vontade de ter pontos de venda em Lisboa, para tirar partido da enorme afluência de turistas dos últimos anos. Mas, por ora, os preços do imobiliário tornam esse passo incomportável.
Exportação pesa menos de 5%
O mercado internacional pesa menos de 5% nas vendas. Reino Unido, França e Holanda são alguns dos países para onde exportam. No entanto, "o produto tem muita aceitação além-fronteiras" e por isso Duarte Matos acredita que é possível aumentar a exportação. "Surgindo um parceiro, conseguimos trabalhar para qualquer parte do mundo", pelo facto de as tortas poderem ser congeladas.
Faturação atingiu os 1,23 milhões de euros
A Fábrica de Tortas Azeitonense fechou 2018 com uma faturação de 1,23 milhões de euros e um resultado líquido de 33,3 mil euros. No pico da crise, em 2011, chegou a ter prejuízos de mais de 200 mil euros.
Empresa quer reforçar a exportação
Ainda que com as devidas cautelas, este produtor de tortas de Azeitão não exclui a hipótese de uma loja em Lisboa para aproveitar o maior número de turistas.
Depois do susto que apanharam com a crise, a gestão faz-se hoje de forma mais tímida e ponderada. No entanto, o objetivo é aumentar as vendas, não estando posta de parte a possibilidade de aumentar a produção, fazendo uso de uma segunda fábrica, maior, que têm em Coina.
Chegar aos turistas da capital
Duarte Matos não esconde a vontade de ter pontos de venda em Lisboa, para tirar partido da enorme afluência de turistas dos últimos anos. Mas, por ora, os preços do imobiliário tornam esse passo incomportável.
Exportação pesa menos de 5%
O mercado internacional pesa menos de 5% nas vendas. Reino Unido, França e Holanda são alguns dos países para onde exportam. No entanto, "o produto tem muita aceitação além-fronteiras" e por isso Duarte Matos acredita que é possível aumentar a exportação. "Surgindo um parceiro, conseguimos trabalhar para qualquer parte do mundo", pelo facto de as tortas poderem ser congeladas.
Faturação atingiu os 1,23 milhões de euros
A Fábrica de Tortas Azeitonense fechou 2018 com uma faturação de 1,23 milhões de euros e um resultado líquido de 33,3 mil euros. No pico da crise, em 2011, chegou a ter prejuízos de mais de 200 mil euros.