- Partilhar artigo
- ...
Espanha, França, Itália, Balcãs e Brasil. É para estas geografias que segue o grosso do que é produzido na região de Setúbal pelo grupo Sapec Agro Business, que, precisamente neste mês de Setembro, passou a designar-se Rovensa.
Aquele que é um dos principais exportadores e empregadores do concelho de Setúbal, vende para fora 70% do que produz, tendo por objetivo alargar a sua presença e estar em três continentes: Europa, África e América. Atualmente, o volume de exportações ronda os 130 milhões de euros.
"Estamos em processo de registo de produtos em novos países, como México e Marrocos, e na Europa central e outros em que podemos acrescentar valor", adianta ao Negócios Eric van Innis, CEO do grupo Rovensa. Isto no que diz respeito à proteção de culturas, que é como quem diz, pesticidas para a agricultura. A base da produção desta área de negócio está precisamente em Setúbal e representa perto de metade da faturação.
"O grupo possui hoje três ramos de negócios: proteção de culturas (cuja base é Setúbal), nutrição das plantas e bio controlo, com as suas bases principais em Espanha. Em Setúbal está localizada a infraestrutura do ramo de proteção de culturas: fábricas, laboratórios, serviços de apoio e as empresas portuguesas deste ramo, Ascenza Portugal (antiga Sapec Agro Portugal) e Selectis", explica o responsável.
A origem deste grupo, então Sapec, remonta a 1926, altura em que foi criado com o objetivo de explorar as minas de pirite em Portugal, no Lousal (Grândola). O negócio alargou-se depois a áreas como a produção de adubos, de agroquímicos, de sementes e rações. O negócio expandiu-se e internacionalizou-se.
Nos últimos anos, para além da aposta na exportação, outro desafio surgiu para um grupo como este: o tema dos químicos utilizados na produção agrícola, para o qual a opinião pública está cada vez mais sensível.
Questionado, Eric van Innis admite que "a qualidade do nosso ambiente é e deve ser uma luta global", onde se engloba a necessidade de uma "agricultura responsável e sustentável".
No entanto, faz questão de dizer que "uma agricultura responsável não pode excluir a utilização de produtos químicos". E dá como exemplo o caso da medicina: "seria irresponsável afirmar que se pode resolver o problema da saúde humana sem recurso aos medicamentos".
Seja como for, o CEO do grupo Rovensa recorda que existem hoje, felizmente, "critérios legais e de controlo muito exigentes ao nível da gestão do risco ambiental e da saúde pública". E acrescenta que o que o grupo tem vindo a fazer é "diminuir o volume aplicado dos produtos químicos, aumentando a sua eficácia" e " promover o uso destes em combinação com produtos de bio nutrição, bio controlo, micro-organismos e adjuvantes.
Aquele que é um dos principais exportadores e empregadores do concelho de Setúbal, vende para fora 70% do que produz, tendo por objetivo alargar a sua presença e estar em três continentes: Europa, África e América. Atualmente, o volume de exportações ronda os 130 milhões de euros.
"Estamos em processo de registo de produtos em novos países, como México e Marrocos, e na Europa central e outros em que podemos acrescentar valor", adianta ao Negócios Eric van Innis, CEO do grupo Rovensa. Isto no que diz respeito à proteção de culturas, que é como quem diz, pesticidas para a agricultura. A base da produção desta área de negócio está precisamente em Setúbal e representa perto de metade da faturação.
"O grupo possui hoje três ramos de negócios: proteção de culturas (cuja base é Setúbal), nutrição das plantas e bio controlo, com as suas bases principais em Espanha. Em Setúbal está localizada a infraestrutura do ramo de proteção de culturas: fábricas, laboratórios, serviços de apoio e as empresas portuguesas deste ramo, Ascenza Portugal (antiga Sapec Agro Portugal) e Selectis", explica o responsável.
A origem deste grupo, então Sapec, remonta a 1926, altura em que foi criado com o objetivo de explorar as minas de pirite em Portugal, no Lousal (Grândola). O negócio alargou-se depois a áreas como a produção de adubos, de agroquímicos, de sementes e rações. O negócio expandiu-se e internacionalizou-se.
Nos últimos anos, para além da aposta na exportação, outro desafio surgiu para um grupo como este: o tema dos químicos utilizados na produção agrícola, para o qual a opinião pública está cada vez mais sensível.
Uma agricultura responsável não pode excluir a utilização de produtos químicos.
Questionado, Eric van Innis admite que "a qualidade do nosso ambiente é e deve ser uma luta global", onde se engloba a necessidade de uma "agricultura responsável e sustentável".
No entanto, faz questão de dizer que "uma agricultura responsável não pode excluir a utilização de produtos químicos". E dá como exemplo o caso da medicina: "seria irresponsável afirmar que se pode resolver o problema da saúde humana sem recurso aos medicamentos".
Seja como for, o CEO do grupo Rovensa recorda que existem hoje, felizmente, "critérios legais e de controlo muito exigentes ao nível da gestão do risco ambiental e da saúde pública". E acrescenta que o que o grupo tem vindo a fazer é "diminuir o volume aplicado dos produtos químicos, aumentando a sua eficácia" e " promover o uso destes em combinação com produtos de bio nutrição, bio controlo, micro-organismos e adjuvantes.
Tome nota
Trabalham hoje em Portugal 480 pessoas, a maior parte das quais em Setúbal. No total o grupo emprega 1500 pessoas, incluindo ainda as das unidades fabris que tem em Espanha, França, Brasil e Irlanda. Há também trabalhadores em escritórios dispersos por perto de 30 países. A proteção de culturas, sedeada em Setúbal, pesa 48% na faturação do grupo e representa 44% do EBITDA.
Compra por um fundo internacional
Em 2017, o capital da Sapec Agro (hoje Rovensa) foi adquirido pelo fundo de private equity Bridgepoint, fornecendo ao grupo "os meios necessários para poder crescer nos seus negócios e conseguir uma massa crítica sustentável nos diferentes ramos", diz Eric van Innis. O grupo reforçou o negócio com a aquisição da irlandesa OGT (algas marinhas), da espanhola IDAI Nature (bio controlo), da francesa SDP (adjuvantes) e da brasileira Microquímica (micro-organismos).
Ameaça de uma nova crise económica
Questionado sobre os atuais receios de uma nova crise mundial, o responsável diz que "a alimentação é uma necessidade primária", tendo o grupo atravessado já "muitas crises económicas e sempre soubemos ajustar-nos". "O setor agrícola é um dos mais resilientes às crises económicas internacionais", acrescenta, referindo também a importância da diversificação do negócio do grupo.
"O setor agrícola é um dos mais resilientes"
O grupo tem unidades fabris não só em Portugal mas também em França, Brasil, Espanha e Irlanda, tendo feito aquisições recentes nesse sentido.
Trabalham hoje em Portugal 480 pessoas, a maior parte das quais em Setúbal. No total o grupo emprega 1500 pessoas, incluindo ainda as das unidades fabris que tem em Espanha, França, Brasil e Irlanda. Há também trabalhadores em escritórios dispersos por perto de 30 países. A proteção de culturas, sedeada em Setúbal, pesa 48% na faturação do grupo e representa 44% do EBITDA.
Compra por um fundo internacional
Em 2017, o capital da Sapec Agro (hoje Rovensa) foi adquirido pelo fundo de private equity Bridgepoint, fornecendo ao grupo "os meios necessários para poder crescer nos seus negócios e conseguir uma massa crítica sustentável nos diferentes ramos", diz Eric van Innis. O grupo reforçou o negócio com a aquisição da irlandesa OGT (algas marinhas), da espanhola IDAI Nature (bio controlo), da francesa SDP (adjuvantes) e da brasileira Microquímica (micro-organismos).
Ameaça de uma nova crise económica
Questionado sobre os atuais receios de uma nova crise mundial, o responsável diz que "a alimentação é uma necessidade primária", tendo o grupo atravessado já "muitas crises económicas e sempre soubemos ajustar-nos". "O setor agrícola é um dos mais resilientes às crises económicas internacionais", acrescenta, referindo também a importância da diversificação do negócio do grupo.