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Na Jordão há vitrinas em revolução

A empresa está a trabalhar numa nova forma de produção para conseguir fabricar produtos de maior dimensão. As vitrinas da Jordão já chegam a 45 países e querem mais mercados.

30 de Junho de 2016 às 00:01
Paulo Duarte
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A revolução industrial que vai atingir  a Jordão Cooling Systems este Verão não é a primeira que a empresa conhece. Nos anos 70, a empresa fazia parte do grupo Bernardino Jordão, que fornecia energia eléctrica na região de Guimarães e Póvoa do Lanhoso. "Depois do 25 de Abril havia a possibilidade de ser nacionalizada e ao ser assim a divisão de refrigeração também seria nacionalizada. Então separaram-se", contou Isidro Lobo, director-geral da empresa.

O gestor, que trabalha nas sociedades da família Jordão há 40 anos, está agora a liderar outra revolução. "No dia 15 de Agosto fechamos. E no dia 16 começam a chegar as novas máquinas. Temos três semanas para avançar", num processo que vai alterar todo o "layout" da fábrica, que  produz vitrinas e outro equipamento do género para supermercados, cafés e restaurantes. A empresa contratou a Kaizen para levar a cabo algumas alterações na produção, que irá ajudar a aumentar o tamanho das peças.

 Para a Jordão, o negócio, nos últimos anos, mudou com o fornecimento das maiores cadeias de supermercados, nacionais e estrangeiras, a actuar em Portugal. Antes disso, trabalhava mais com cafés e restaurantes. "A empresa tem uma capacidade e flexibilidade que a maior parte dos concorrentes italianos não conseguem oferecer. Fazemos vitrinas em que uma é refrigerada, uma é neutra, uma é aquecida, uma é para gelados", salientou Isidro Lobo.

A sociedade está em 45 países e tem planos para alargar a sua presença internacional. Uma das prioridades é Angola, onde já trabalha com cadeias de supermercados, e o Brasil onde fornece padarias "que são verdadeiros mini-mercados", segundo Isidro Lobo. A sociedade está muito atenta à crise política e económica neste país. "Queremos ver como é que [o Brasil] vai reagir daqui a três meses quando se souber o que irá acontecer com Dilma e com aquela região, para aí tomarmos a decisão final", explicou Isidro Lobo.

O mercado com mais peso para a Jordão continua, no entanto, a ser o português, com cerca de 45%. Entre os internacionais, o francês e o belga são os que têm mais importância. A empresa tem mais ambições ao nível internacional. "Queremos fazer algo mais lá fora nos mercados dos EUA, e, acompanhando os nossos clientes, vamos para o Dubai e  Arábia Saudita, que é um mercado com uma forte expansão, ainda que esta questão do Irão esteja a limitar alguns objectivos", segundo o director geral da Jordão.

A inovação é outra das grandes apostas da sociedade de Guimarães. A Jordão lançou um concurso chamado "Dress me Up" em que convidou "designers" a "vestir" uma vitrina. Receberam 75 propostas e esperam relançar a iniciativa em breve. "Temos que estar sempre a apresentar produtos novos.
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