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Gastronomia o céu na boca
Ovos-moles, tripas, bolachas americanas, raivas, cartuchos de chocolate, caldeirada de enguias, raia em molho de pitau. Aveiro não é modesta à mesa, mas é preciso investigar antes de saber onde comer. No capítulo da doçaria tradicional, a casa de Maria da Apresentação da Cruz, fundada em 1882, é das poucas que mantém a história e as receitas originais dos ovos-moles e das raivas (biscoitos com manteiga) intactas. Segundo se conta, os ovos-moles criaram-se quando, para não ser apanhada no pecado da gula, uma freira do Convento de Jesus escondeu um recipiente com ovos e uma grande dose de açúcar debaixo da banca onde os misturava. Ao outro dia, o doce foi encontrado e, sem autoria reclamada, o convento pensou tratar-se de uma mensagem divina.
Cultura da arte nova à contemporânea
Com dezenas de exemplares no centro histórico, a Arte Nova é um dos fortes do município e encontrou a sua organização turística na cidade em 2012, ano da inauguração do Museu de Arte Nova, o ponto de partida de um passeio por 28 edifícios que entram nesta corrente arquitectónica. Acelerando até à arte contemporânea, 2018 foi o ano em que se desmanchou um longo impasse relativamente às obras da Colecção SEC (Secretaria de Estado da Cultura), propriedade do Estado e maioritariamente distribuídas pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (Lisboa), pela Fundação de Serralves (Porto) e pelo município de Aveiro. Até 1 de Dezembro, poderá ver-se no Museu da Cidade a exposição "Corpo Abstracção e Linguagem na Arte Portuguesa: obras da Secretaria de Estado da Cultura em depósito na Colecção de Serralves e no Município de Aveiro". É a primeira série de exposições à volta das 260 obras na posse do município.