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Jogo da bolsa: Curtos, dos riscos, mitos e benefícios

Artigo de Marco António Oliveira, Administrador do Fórum Caldeirão de Bolsa

Negócios 24 de Novembro de 2017 às 11:43
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A disponibilização no mercado de plataformas como a GoBulling trouxe uma série de vantagens aos investidores quando comparado com as ferramentas mais tradicionais que as antecederam como o acesso a uma maior variedade de instrumentos financeiros, a facilidade no acesso a mecanismos de alavancagem e a democratização das chamadas "posições curtas". Pegarei hoje um pouco nesta última.

Antes de mais, gostaria de ajudar a desmistificar essa noção de que os "curtos" - como se lhes chama na gíria - são os grandes culpados das quedas e de que se o mercado cai, é imperativo proibir a abertura de posições curtas. A evidência empírica que se retira da já longa lista de medidas do tipo por parte dos organismos de supervisão aponta fortemente no sentido de que não só os efeitos destas são extremamente limitados como poderão mesmo prejudicar em última instância os investidores. A prazo não afectam aparentemente o rumo das cotações nem limitam a ocorrência de quedas severas - sendo que casos há em que as piores quedas ocorreram precisamente durante períodos de proibição. E por outra, a correlação com o aumento dos "spreads" e volatilidade sugere um efeito nefasto com custos práticos para o comum dos investidores.

Mas o que pretendia mesmo era apontar alguns dos riscos e benefícios específicos para o investidor no plano individual associado ao acesso a este tipo de posicionamento, Pegando nos últimos e no campo da análise, propicia uma visão verdadeiramente ambivalente dos mercados potenciando uma maior lucidez por via da maior liberdade (psicológica) para ponderar todos os cenários, por contraponto com a alternativa onde, na procura de retornos positivos, só se encontra "solução" nas valorizações. Na prática e em especial durante prolongados períodos de quedas, oferecendo uma alternativa viável às opções de (1) alienar-se do mercado ou (2) permanecer e ceder à pressão de investir contra a corrente.

Mas se alarga o campo das possibilidades, tenha em conta porém que as posições curtas são inerentemente mais arriscadas, um elemento que deverá considerar ao modelar a sua exposição. Para isto contribuem vários factores: a longo, longo prazo, os mercados passam mais tempo a subir do que a descer; por outra, não existe um tecto teórico para as subidas enquanto existe um fundo definitivo para as quedas (zero); e ainda o efeito cumulativo e geométrico de sequências sucessivas de subidas/descidas em que as primeiras se tendem a exponenciar e as últimas a atenuar.


JOGO DA BOLSA

30 de Outubro a 24 de Novembro

As classificações do Jogo da Bolsa 2017 são actualizadas diariamente. Em primeiro lugar, um Top é publicado no Negócios e às 14 horas a listagem total é publicada no Jornal de Negócios Online (www.negocios.pt). Para o efeito, todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, a Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School. Depois, todas as terças-feiras, é divulgado o vencedor semanal. Na primeira semana, o vencedor da classificação é quem ficar à frente na classificação global. Nas semanas seguintes, o vencedor da semana pode não corresponder ao líder do jogo. Saiba quais são os prémios desta edição do Jogo da Bolsa em http://jogodabolsa.negocios.xl.pt/classificacoes.html





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