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Jogo da Bolsa: Como devem os investidores preparar-se para uma eventual correção prolongada do mercado “bear market”?

Artigo de Pedro Oliveira Trader GoBulling, Banco Carregosa

Negócios 22 de Novembro de 2021 às 13:00
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Com a grande maioria dos índices mundiais em máximos históricos e com os dados macroeconómicos a sinalizarem cada vez mais uma melhoria na recuperação económica global, bem como um aumento da inflação, muitos dos investidores já deverão ter começado a percecionar uma redução de estímulos à economia e numa subida de taxas de juros por parte dos bancos centrais.

Desta forma, não será de todo desajustado equacionar uma eventual correção mais prolongada no mercado de ações, também designada por "bear market". Não quer isto dizer que esta irá ocorrer já "amanhã", no entanto, os investidores mais atentos e cautelosos já deverão ter começado a pensar como se vão preparar para essa eventualidade.

Considerando que é muito difícil, se não mesmo impossível, prever o momento certo em que os mercados começam a corrigir, uma das melhores ferramentas que os investidores podem usar é a diversificação dos seus investimentos, isto é, ter um portefólio de ativos, sob a forma de carteira de ações que espelhe os diversos setores e geografias, obrigações soberanas e corporativas com notação de risco e/ou fundos de renda fixa, entre outros tipos de ativos; que lhe permitam garantir que as variações do mercado não tenham grande impacto no património do investidor. É também importante os investidores reservarem alguma liquidez para eventuais oportunidades de entrada que possam ser interessantes.

Não menos importante, o investidor deverá focar-se numa estratégia consistente de longo prazo, ou seja, ter uma postura de investidor que lhe permita não entrar em pânico, aceitando o risco com alguma paciência e lembrar-se que um período "bear market" não dura para sempre. Depois de um "bear market" vem sempre um "bull market".

Historicamente os ativos de refúgio ou defensivos estão mais relacionados com os setores elétrico e alimentar sendo também o ouro bastante procurado. Por norma em momentos mais conturbados há a tendência para reduzir custos, mas as empresas ligadas à eletricidade ou à alimentação sofrem tendencialmente menos visto serem setores de atividade essenciais à manutenção da vida quotidiana.

Através dos ETF (Exchange Traded Fund), fundos transacionados em bolsa, os investidores têm a vida mais facilitada visto que podem recorrer a um "cabaz" de ativos selecionados por entidades gestoras com experiência no mercado de capitais e ainda escolher os que mais se adequam ao seu perfil de investidor bem como à conjuntura atual do mercado, isto é, procurar um perfil de ETF mais agressivo para momentos de "bull market" ou mais defensivo para períodos de "bear market".

Como conclusão, a melhor forma de estar preparado para uma eventual correção do mercado será antecipar a mesma através de uma carteira bem estruturada e devidamente diversificada que permita ao investidor não ser surpreendido.


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