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Na dura realidade dos mercados financeiros, as coisas estão longe de ser assim tão simples e a verdade é que esta noção do preço médio serve inúmeras vezes de armadilha que coloca os investidores em buracos dos quais terão enormes dificuldades de se livrar. Por várias razões.
Entre as principais, a primeira é de ordem mecânica: ficará mais fácil - e rápido até - sair ganhador se naturalmente a cotação correr em favor do investidor, o que bem sabemos é um cenário optimista que nem sempre ocorre ou, mesmo quando ocorre, nem sempre ocorre em prazos úteis sendo que o investidor tem de lidar com o "entretanto". Ter capital cativo de um investimento por anos ou décadas tem custos, isto quando é comportável de todo. E, mais ainda, não é de excluir a hipótese da cotada sair de Bolsa ou falir retirando qualquer possibilidade de recuperação, o que por vezes era algo difícil de transmitir em termos de plausibilidade mas cuja tarefa saiu bastante facilitada com os diversos casos em anos recentes que poderiam aqui ser citados a título de exemplo, incluindo chamadas "blue chips". O custo mais imediato é pois o risco e o potencial alcance das consequências.
Por outra, baixar o preço médio e especialmente quando é feito de forma sucessiva, implica aplicar mais e mais capital no mesmo activo, o que com enorme probabilidade limita a capacidade de efectuar investimentos noutros activos ou opções, eventualmente mais rentáveis ou menos arriscadas. Não só cresce o risco como decresce a capacidade para optar por alternativas no mar revolto das oportunidades.
Esta exposição crescente num único activo tende de resto a trazer a reboque uma terceira problemática: um compromisso psicológico igualmente cada vez maior, qual devoção ao papel que retira racionalidade ao investimento e discernimento na análise. Decresce a capacidade e decresce a motivação para analisar as alternativas.
E se já ouviu dizer que o investidor de sucesso A ou B baixa o preço médio, o que deverá perguntar-se é se o baixar do preço médio é a motivação ou o corolário: se baixa o preço médio porque existe uma oportunidade de compra decidida de forma independente ou se baixa o preço médio para recriar uma oportunidade. Se baixar o preço médio é a motivação central nas tomadas de decisão, a probabilidade de não estar a comprar pelas melhores das razões é considerável.
30 de Outubro a 24 de Novembro
As classificações do Jogo da Bolsa 2017 são actualizadas diariamente. Em primeiro lugar, um Top é publicado no Negócios e às 14 horas a listagem total é publicada no Jornal de Negócios Online (www.negocios.pt). Para o efeito, todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, a Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School. Depois, todas as terças-feiras, é divulgado o vencedor semanal. Na primeira semana, o vencedor da classificação é quem ficar à frente na classificação global. Nas semanas seguintes, o vencedor da semana pode não corresponder ao líder do jogo. Saiba quais são os prémios desta edição do Jogo da Bolsa em http://jogodabolsa.negocios.xl.pt/classificacoes.html