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Jogo da Bolsa ajuda à cultura de investimento

Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Banco Carregosa, diz que o objetivo do Jogo é dar maior visibilidade ao mercado de capitais e dar informação para que todas as decisões possam ser tomadas com pleno conhecimento de causa.

03 de Abril de 2019 às 15:00
Maria Cândida Rocha e Silva diz que a preocupação do Banco Carregosa é dar mais visibilidade ao mercado de capitais. Inês Gomes Lourenço
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"Portugal não é um país tradicionalmente de Bolsa, os nossos empresários acham mais interessante recorrer à banca para os seus financiamentos do que ao mercado de capitais. Ao contrário dos Estados Unidos os portugueses não utilizam o mercado de capitais, por desconhecimento das regras, por receio de intromissão na intimidade das suas empresas", referiu Maria Cândida Rocha e Silva, presidente do Banco Carregosa, durante a entrega de prémios do 17º O Jogo da Bolsa, que nasceu em 2003, numa parceria com o Jornal de Negócios e o Caldeirão de Bolsa.

Salientou que o facto de a Bolsa "ser gerida por uma empresa que tem os seus centros de decisores em Paris e Bruxelas não deve ajudar nada estas mentalidades e é isso que o Banco Carregosa pretende, ajudar a mudar mentalidades e para isso temos de abordar a juventude". Como bom exemplo, Maria Cândida Rocha e Silva deu o facto de, no ISCTE, o Jogo de Bolsa servir como avaliação complementar à cadeira de mestrado executivo em Finanças.

Os portugueses não utilizam o mercado de capitais por desconhecimento das regras, por receio de intromissão na intimidade das suas empresas. Maria Cândida Rocha e Silva
Presidente do Banco Carregosa


A fundadora do Banco Carregosa quis sublinhar ainda que, "numa época em que bancos, injustamente ou não, são tão diabolizados", a preocupação de o Banco Carregosa é a de "dar maior visibilidade ao mercado de capitais. A nossa preocupação fixa-se apenas na informação para que todas as decisões possam ser tomadas com pleno conhecimento de causa".

Universidade prática

"O ISCTE-IUL é uma universidade transversal e de grande capacidade de interação". Tem cerca de 9.200 alunos, mas tem uma característica ímpar no mundo universitário português. É a única universidade que tem cerca de 46% dos alunos em mestrado e, parte significativa na área das finanças e na IBS, escola de gestão do ISCTE", considerou José Azevedo Rodrigues, vice-reitor do ISCTE-IUL. O mestrado em Finanças que ocupa a 27ª posição no ranking do Financial Times, e a IBS subiu em 2018 dezassete lugares no ranking das escolas de gestão do Financial Times, ocupando o 63º lugar.

Na área de gestão o ISCTE sempre teve um corpo de docentes muito ligado à vida profissional e empresarial e isso permite que os nossos programas sejam muito centrados.  José Azevedo Rodrigues
VIce-reitor do ISCTE-IUL


O ISCTE é a escola recebe uma fatia mais pequena de financiamento público, por isso "obriga-nos a ter iniciativa no sentido de angariar de fontes alternativas de financiamento em que os mestrados, as pós-graduações, os programas de executivos têm um peso significativo".

Segundo José Azevedo Rodrigues, o ISCTE pauta-se por ser uma escola com grande ligação à vida profissional, à vida prática, desde a sua origem. "Na área de gestão sempre teve um corpo de docentes muito ligado à vida profissional e empresarial e isso permitiu que os nossos programas sejam muito centrados na capacitação dos jovens licenciados para aportarem valor para as empresas e organizações", sublinhou.

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