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Os pequenos investidores têm à sua disposição uma mão cheia de abordagens onde alicerçar as suas estratégias de investimento, se tanto. Entre elas, as disciplinas mais populares serão certamente a Análise Fundamental (AF) e a Análise Técnica (AT). E destas, uma destaca-se em popularidade e não parece ter perdido ‘momentum’ nestes já mais de 20 anos em que acompanho os mercados: a AT. Neste período, esta disciplina tem vindo ainda a encontrar uma validação e aceitação de que nem sempre usufruiu, em larga medida pela natureza altamente subjetiva que lhe é inerente. Porém, especialmente a partir da década de 90, começou a encontrar suporte, ainda que modesto, mesmo nos meios académicos.
A AT abrange toda a metodologia que tem por objeto o comportamento do preço, incluindo o volume de negociação, na perspetiva de antecipar comportamentos futuros dos ativos. Enquanto a AF se preocupa com o valor da ação, a AT apenas quer saber do preço. Esta não é necessariamente uma posição filosófica, de que o valor não interessa para nada, antes mais uma conveniência prática pois muitos dos aderentes bem entenderão a distinção entre os dois conceitos e a importância do valor por detrás da ação. Mas por quanto o valor é um conceito difuso, subjetivo, de análise complexa, trabalhosa e que poderá depender de informação nem sempre acessível, o preço é objetivo e encontra-se facilmente ao alcance do comum dos mortais. E não só estão hoje acessíveis as cotações como uma panóplia de ferramentas que facilitam a análise, não raras vezes de forma gratuita. É nesta acessibilidade que reside desde logo boa parte do sucesso da AT e que se se estende também à aprendizagem - os analistas técnicos são de resto frequentemente autodidatas - que na generalidade dos casos se baseia em conceitos relativamente simples e intuitivos. Afinal, no essencial, para praticar a AT terá de se familiarizar com conceitos como tendências, suportes, resistências, que têm tanto de estranho quanto os nomes dão a entender. A AT não se esgota por aqui, mas a curva de aprendizagem não é particularmente dura para um iniciado e esse é certamente outro dos seus grandes atrativos.
Tenho ainda a suspeição que uma outra forte razão para a sua proliferação resida na aparente adequação à negociação em prazos muito curtos. E se digo aparente, não é por acidente: não estou certo de todo que isso seja uma boa coisa. Mas, isso é matéria para uma das próximas crónicas.
JOGO DA BOLSA
18 de Novembro a 13 de Dezembro
As classificações do Jogo da Bolsa são atualizadas diariamente. Em primeiro lugar, um top é publicado no Negócios e às 14 horas a listagem total é publicada no Jornal de Negócios Online. Para o efeito, todos os dias é retirada uma classificação provisória da Classificação Global, a Classificação Universitária e da Classificação Universo ISCTE Business School. Depois, todas as terças-feiras, é divulgado o vencedor semanal.