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ETF: uma revolução financeira para os pequenos investidores

Artigo de Marco António Oliveira, Administrador do Caldeirão de Bolsa

Marco António Oliveira marcoantmoliveira@gmail.com 24 de Novembro de 2023 às 14:00
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O Jogo da Bolsa conta já nesta altura com mais de 10 edições tendo, neste espaço de tempo, os mercados evoluído como é natural. E, por arrasto, o Jogo da Bolsa também. Nesse sentido, julgo que não haverá grande questão sobre qual a mais significativa evolução a registar nesse período: a ascensão dos Exchanged-Traded Funds (ETF). Em linguagem simples, os ETF traduzem-se em fundos de investimento que, tal como o próprio nome sugere, são negociados nas bolsas de valores de forma semelhante à negociação de ações. Tendo surgido originalmente no final da década de 80, foi em anos mais recentes que estes emergiram realmente como uma das principais classes de ativos negociadas na Europa e nos Estados Unidos, mais do que quintuplicando o seu market share no espaço de uma década (entre 2011 e 2021). Apelativos em particular para pequenos investidores, os ETF oferecem um conjunto de vantagens que nem sempre são facilmente replicáveis com outros instrumentos. Então, em concreto, o que explica esse sucesso dos ETF?

Os ETF podem ser caracterizados como passivos ou ativos. Enquanto os últimos são geridos ativamente, com a composição do fundo ao longo do tempo sujeita às decisões dos seus gestores, os ETF passivos (cada vez mais populares) procuram replicar outros ativos ou conjuntos de ativos como índices, sectores ou commodities. E para os que replicam índices ou setores, os ETF significam, por inerência, diversificação na ponta dos dedos. Tema esse que já foi coberto no primeiro desta série de artigos e que dizia respeito à gestão de risco. Como estamos aqui a focar-nos nos pequenos investidores em especial, como a generalidade daqueles que participam no Jogo da Bolsa, está bom de ver o desafio que seria diversificar o investimento, de uma forma eficiente caso não existisse o acesso aos ETF. Isto, claro está, para além de permitirem de uma forma cómoda e acessível investir num dado índice, como por exemplo o S&P500 (por sinal o subjacente por detrás do primeiro ETF que foi lançado). Mas falar de índices é apenas a ponta do iceberg, pois os ETF podem representar setores específicos ou até mesmo nichos de mercado que seriam bem menos acessíveis sem eles. E também ainda quando comparados com os fundos clássicos, os ETF apresentam outras vantagens que são de especial interesse para os pequenos investidores como custos reduzidos ou liquidez facultada pela possibilidade de serem livremente transacionados ao longo das sessões.

Redução de custos, acessibilidade, versatilidade e até transparência - dado que a composição destes fundos pode ser consultada diariamente em grande parte dos casos - são motivos de sobra por detrás do seu sucesso. No contexto do Jogo da Bolsa, vale a pena recordar também que, segundo o regulamento e para efeitos de elegibilidade dos prémios, é necessário cumprir requisitos de negociação em três classes de ativos. A saber, ações/ETF, CFD e Forex. Portanto, experimentando com os ETF já terá cumprido com uma delas.


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