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Energia é uma alavanca para o desenvolvimento

Energia para todos a preços comportáveis por pessoas em situação económica vulnerável, com fornecimento de energia, de modo sustentado e sustentável, é um objectivo das Nações Unidas, e um pilar para que se possam alcançar todos os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável na Agenda 2030.

20 de Abril de 2018 às 14:03
João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis. Miguel Baltazar
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Mais de mil milhões de pessoas continuam ainda sem acesso a electricidade, o que as coloca numa situação grave de exclusão. "O acesso a electricidade é uma alavanca central para o desenvolvimento, permitindo maior geração de rendimentos, maior produtividade, mais educação, mais segurança, mais saúde, redução da utilização, e gastos correntes, com combustíveis fósseis e, associado a produção renovável, contribui para o combate às alterações climáticas" refere João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis.

A universalização do acesso à energia a preços comportáveis por pessoas em situação económica vulnerável, com fornecimento de energia, de modo sustentado e sustentável para suprimento das necessidades humanas básicas, foi um objectivo proposto pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon em 2010 como alcançável até 2030. Por isso, o acesso à energia é para Organização das Nações Unidas não só como um objectivo intrínseco, mas também como um pilar para que se possam alcançar todos os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável na Agenda 2030, que a EDP subscreveu.

Segundo João Manso Neto, "a EDP entende que o ODS 7 - acesso universal à energia sustentável até 2030 pode ser alcançado através da electrificação do consumo, construindo um caminho para a descarbonização e actuando como uma alavanca fundamental no desenvolvimento económico sustentável". Acrescenta que "por ser uma utility eléctrica de referência e pela sua visão global do sector, a EDP está empenhada em promover o Acesso à Energia nos países em desenvolvimento, concentrando-se em regiões e zonas rurais remotas sem ligação à rede eléctrica, contribuindo para quebrar o seu ciclo de pobreza".

Os desafios da energia

Mas a energia está no centro dos desafios com o que o mundo se debate como o crescimento da população mundial, das economias emergentes, das áreas urbanas e megacidades e da procura global por alimentação ou a escassez de água, a desflorestação, os fenómenos climáticos extremos e um contínuo movimento de refugiados e de deslocação de pessoas

A EDP entende que o ODS 7 - acesso universal à energia sustentável até 2030 pode ser alcançado através da electrificação do consumo, construindo um caminho para a descarbonização e actuando como uma alavanca fundamental no desenvolvimento económico sustentável. João Manso Neto
Presidente da EDP Renováveis

A intensidade energética do crescimento económico em países desenvolvidos e na resposta à crescente procura por energia nos países em desenvolvimento, bem como pelo carácter transformacional que tem tido, e continuará a ter, no combate às alterações climáticas e na aceleração da trajectória de descarbonização das economias, assumida na COP21.

No que diz respeito à descarbonização, e tendo como pano de fundo as metas definidas no Acordo de Paris, implica uma alteração profunda do modelo económico baseado em combustíveis fósseis, uma forte aposta em eficiência energética, a electrificação do consumo baseada em maior penetração de fontes renováveis e o fomento da inovação.

O contributo da EDP

Este envolvimento institucional da EDP reflecte-se nas suas estratégias de negócio. Desde há pelo menos uma década que o crescimento da EDP se foca na expansão das energias renováveis. Pretende chegar a 2020 com mais de 75% de capacidade instalada renovável, repartida por hídrica, eólica e solar, tendo já fechado 2017 com uma fasquia de 74%.

A EDP lançou um conjunto de soluções reduzir a factura dos clientes, aumentando a eficiência, e reduzindo emissões. O projecto Save to Compete, para grandes e pequenas empresas na Península Ibérica, é uma exemplo, pois já poupou 22,5 milhões de euros e evitou a emissão de 84 mil toneladas de co2. Outros exemplos são as auditorias, os sistemas de gestão de consumos domésticos como o edp re:dy, as campanhas de troca de equipamentos e de lâmpadas, cofinanciadas pela ERSE ou os sistemas de microgeração solar fotovoltaico para autoconsumo.

No combate às alterações climáticas apostou na mobilidade eléctrica. Está a instalar postos de carregamento eléctrico e a promover tarifários competitivos para carregamento doméstico, em parceria com as principais marcas automóveis. O grupo EDP assumiu o objectivo de electrificar a sua frota de veículos ligeiros até 2030. Esta estratégia global implica um significativo investimento em inovação por parte da EDP, que se estima atingirá os 200 milhões de euros até 2020.

"A EDP está ainda a digitalizar as redes, os contadores, dotando todo o sistema com capacidade de processamento de dados e de conectividade, convergindo com o mundo das tecnologias de informação. Um sistema eléctrico inteligente, descarbonizado, inclusivo é a resposta da EDP à necessidade crescente de ganhos de competitividade e de bem-estar, garantindo equilíbrios sociais e ambientais" afirma João Manso Neto.

Fórum do SEforALL em Lisboa

No campo da universalização do acesso à energia foi um passo natural para a EDP o envolvimento no SEforAll, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com líderes do governo, sector privado e sociedade civil para impulsionar acções mais rápidas para alcançar o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 7 - acesso universal à energia sustentável até 2030, e o Acordo Climático de Paris, que apela para a redução das emissões de gases de efeito estufa para limitar o aquecimento do clima a menos de 2 graus Celsius. Além de o Grupo ter integrado o High Level Impact Opportunity, criado pelas Nações Unidas, para estudo e implementação de clean energy mini-grids.

Em Abril de 2017, o presidente executivo da EDP, António Mexia, foi nomeado presidente do conselho administrativo do SEforALL. O Fórum do SEforAll, que se realizará pela primeira vez em Lisboa a 2 e 3 de Maio, debaterá o acesso universal à energia, e reflectirá sobre os caminhos seguidos e os grandes desafios para o futuro e é organizado EDP.

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