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Negócios Iniciativas | O banco com muitos braços para o fomento

Gonçalo Regalado afirmou que está a construir um banco digital de empresas, “queremos ser um banco muito ativo nesta dimensão, para ter processos rápidos e simples”.

08 de Abril de 2025 às 16:00
Pedro Ferreira
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Foto em cima: Gonçalo Regalado, presidente executivo do Banco Português de Fomento.


"O que estamos a construir e a criar no Banco Português de Fomento é o banco soberano das empresas em Portugal", afirmou Gonçalo Regalado, presidente executivo do Banco Português de Fomento (BPF), na conferência "Glocal: Os Desafios da Iberização", organizada pelo Bankinter e pelo Negócios. "É um banco que está desenhado para ser um banco de soberania, de autonomia, de independência. Um banco que, na verdade, vai fazer acontecer pela economia portuguesa, começando logo pelo primeiro pilar, por ser um banco das empresas focado nos empresários e nos clientes."


Mas vai ser também um banco de garantias mútuas, um banco do capital, e um banco dos fundos europeus. Como banco de capital, tem "2 mil milhões de euros de capital para gerir, para podermos capitalizar as empresas, permitir fusões de aquisições, ganhar espaço de internacionalização", afirmou Gonçalo Regalado, que também se referiu à parceria com o ICO (Instituto de Crédito Oficial) espanhol. Como banco dos Fundos Europeus, "acelera o PRR, acelera o Portugal 2030". Gonçalo Regalado salientou ainda que quer ser "um banco da nossa lusofonia".

Apresentámos ao mercado um programa de 15 mil milhões de euros de garantias. 15 mil milhões de euros são, tecnicamente, 5% do PIB.Gonçalo Regalado
Presidente Executivo do Banco Português de Fomento

"Apresentámos ao mercado um programa de 15 mil milhões de euros de garantias. 15 mil milhões de euros são, tecnicamente, 5% do PIB. Portanto, 3.500 milhões de euros já estão contratados e são as garantias do BPF InvestEU. Vamos lançar um programa ao abrigo do PRR, com mais de 278 milhões de euros", salientou Gonçalo Regalado.

Anunciou também as primeiras quatro garantias do Portugal 2030, de 3 mil milhões de euros. "Estamos para lançar duas linhas no terceiro trimestre, que são linhas ADN para o desenvolvimento de negócios e para micro e pequenas empresas, que são mais de 1.250 milhões. E depois temos o grande porta-aviões, que serão as linhas do Fundo Europeu de Investimento para Investimento em Portugal, que são 6.500 milhões de euros", disse Gonçalo Regalado.