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Foto em cima: Nuno Costa, Gonçalo Moura Martins e António Miguel Ferreira, no painel "Casos de Sucesso de Empresas Portuguesas em Espanha", moderado por Helena Garrido.
"As economias portuguesa e espanhola somadas representam uma economia de 2 biliões de euros. É uma economia da dimensão do Brasil ou maior que a economia do México. Ficamos em quarto lugar na União Europeia. Vendo a Ibéria como uma powerhouse a nível global, é relevante. Se pensarmos desta forma, temos aqui uma oportunidade muito grande", disse António Miguel Ferreira, que é presidente da Claranet Espanha, CEO da Claranet Brasil e membro da Comissão Executiva do Grupo Claranet, na mesa-redonda "Casos de Sucesso de Empresas Portuguesas em Espanha", durante a conferência, "Glocal: Os Desafios da Iberização", organizada pelo Bankinter e pelo Negócios.
Lembrou que, em 2024, 50% do crescimento europeu teve origem em Espanha e Portugal. "A economia da Península Ibérica tem um grande potencial de continuar a crescer por fatores competitivos como os custos de energia, por exemplo. Ao nível da atração de talento, temos a América Latina e o Brasil. A língua mais falada no hemisfério sul é o português e a segunda língua mais falada no mundo inteiro é o espanhol", salientou António Miguel Ferreira, afirmando que a Claranet entrou em Espanha em 2019 com a compra de uma empresa em Barcelona.
O fator cooperação
"Espanha criou, em 30 anos, as maiores empresas a nível mundial no setor das infraestruturas. Só para ter uma ideia, as seis empresas cotadas em Espanha na Bolsa de Valores de Madrid têm um market cap de 54 mil milhões. O mercado português todo vale 85 mil milhões e as únicas duas construtoras cotadas em Portugal valem 1,2 mil milhões, sendo que uma delas vale 1,1 mil milhões. Há 30 anos a diferença não era esta", referiu Gonçalo Moura Martins, vice-presidente do Conselho de Administração da Mota-Engil e membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
Em setembro de 2024, a Quadrante, empresa portuguesa de consultoria, engenharia, arquitetura e sustentabilidade, comprou a Meta Engineering, um grupo espanhol de consultoria e engenharia e produção de energia renovável. Segundo Nuno Costa, CEO do Grupo Quadrante, "Espanha é o mercado natural para o crescimento e projeção noutros mercados internacionais".