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O objetivo é claro: acelerar o processo de transição energética em Portugal, antecipando a meta de 80% de incorporação de renováveis na produção de eletricidade para 2026, quando o compromisso inicial do país se centrava em 2030. "Estamos a acelerar este processo. Como sabemos, 80% é um objetivo ambicioso mas que estamos determinados a cumprir", garantiu Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia e Clima no evento Galp Electric Summit - Energy Conference. O evento, organizado pelo Jornal de Negócios, decorreu no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, em parceria com a Galp, a Toyota, o Montepio Crédito e o município de Oeiras.
Portugal está no bom caminho para conseguir acelerar metas. A transição energética já está no centro das políticas públicas nacionais, como lembrou a secretária de Estado da Energia e Clima: "Não é algo que tenhamos começado agora."
O exemplo dado por Ana Fontoura Gouveia foi a antecipação do fecho das centrais a carvão "sem recuar face ao choque político". Tudo isto "assegura um quadro de políticas públicas estável e permite-nos caminhar para os objetivos que, em conjunto, enquanto sociedade, desenhámos".
Outra vantagem de Portugal já ter em andamento o seu processo de transição energética foi conseguir "atravessar este momento de crise e instabilidade geopolítica com alguma serenidade, mitigando aquele que poderia ser o efeito da volatilidade nos mercados, assegurando estabilidade não só aos consumidores domésticos como às empresas". Segundo a secretária de Estado, "isto é resultado de termos níveis de contratação a prazo bastante elevados no contexto europeu, assim como uma incorporação de renováveis que, mesmo em contexto de seca severa, como o registado no ano passado, nos assegurou 57% de renováveis na produção de eletricidade em Portugal".
Acelerar o processo
É neste contexto de renovada ambição que o Governo está a rever os seus documentos estratégicos, como o Plano Nacional de Energia e Clima e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica. "Teremos uma primeira versão no final deste primeiro semestre", anunciou Ana Fontoura Gouveia. "Esta revisão deverá ser o momento para o país acordar naquilo que são os seus objetivos para o futuro. No que queremos que o nosso país seja em 2030. A consulta pública está aberta e permitirá estabelecer novas metas", frisou.
Por outro lado, Ana Fontoura Gouveia falou na capitalização dos recursos em áreas onde existe "uma grande margem de crescimento", nomeadamente na energia solar, "em que o grande objetivo tem sido a simplificação de procedimentos de modo a concretizar todo o potencial de investimentos em curso". Abordou ainda o primeiro leilão eólico offshore - que António Costa anunciou estar previsto para setembro -, que permitirá a Portugal atingir os 10 gigawatts de capacidade produzida por energia eólica offshore até 2030 e, assim, "assegurar que rumamos a uma independência energética de que o país necessita e é catalisadora de crescimento no futuro".
Investimento direto ascende aos 60 mil milhões
A secretária de Estado parece não ter dúvidas: a aposta nas fontes renováveis traduzir-se-á em mais investimento no nosso país. O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, já havia afirmado em março que as intenções de investimento em energias renováveis em Portugal ascendem a 60 mil milhões de euros, o que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Ana Fontoura Gouveia relembrou o efeito de arrastamento dos investimentos ao longo de toda a cadeia de valor, esperando que tenham um impacto expressivo. Exemplo disso são os produtores de equipamentos dos novos parques eólicos offshore que querem instalar-se em Portugal, ou, mais a jusante, os produtores de hidrogénio ou aço verde "que vão criar empregos com base nesta energia verde, fiável e a preços muito competitivos que o país é capaz de produzir".
Portugal está no bom caminho para conseguir acelerar metas. A transição energética já está no centro das políticas públicas nacionais, como lembrou a secretária de Estado da Energia e Clima: "Não é algo que tenhamos começado agora."
O exemplo dado por Ana Fontoura Gouveia foi a antecipação do fecho das centrais a carvão "sem recuar face ao choque político". Tudo isto "assegura um quadro de políticas públicas estável e permite-nos caminhar para os objetivos que, em conjunto, enquanto sociedade, desenhámos".
Outra vantagem de Portugal já ter em andamento o seu processo de transição energética foi conseguir "atravessar este momento de crise e instabilidade geopolítica com alguma serenidade, mitigando aquele que poderia ser o efeito da volatilidade nos mercados, assegurando estabilidade não só aos consumidores domésticos como às empresas". Segundo a secretária de Estado, "isto é resultado de termos níveis de contratação a prazo bastante elevados no contexto europeu, assim como uma incorporação de renováveis que, mesmo em contexto de seca severa, como o registado no ano passado, nos assegurou 57% de renováveis na produção de eletricidade em Portugal".
Acelerar o processo
É neste contexto de renovada ambição que o Governo está a rever os seus documentos estratégicos, como o Plano Nacional de Energia e Clima e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica. "Teremos uma primeira versão no final deste primeiro semestre", anunciou Ana Fontoura Gouveia. "Esta revisão deverá ser o momento para o país acordar naquilo que são os seus objetivos para o futuro. No que queremos que o nosso país seja em 2030. A consulta pública está aberta e permitirá estabelecer novas metas", frisou.
Na energia solar o grande objetivo tem sido a simplificação de procedimentos de modo a concretizar todo o potencial de investimentos em curso. Ana Fontoura Gouveia
secretária de Estado da Energia e Clima
Para cada fonte de energia renovável, o Governo tem assumido uma estratégia específica, explicou a secretária de Estado. "Por um lado, queremos maximizar o potencial do que já existe no nosso país - e que é muito". Exemplo disso é a simplificação dos processos de hibridização que permitam combinar diferentes fontes de energias renováveis, ampliando a atual capacidade instalada. "Na energia hídrica, sabemos que temos ainda um grande potencial, sobretudo ao nível da bombagem." secretária de Estado da Energia e Clima
Por outro lado, Ana Fontoura Gouveia falou na capitalização dos recursos em áreas onde existe "uma grande margem de crescimento", nomeadamente na energia solar, "em que o grande objetivo tem sido a simplificação de procedimentos de modo a concretizar todo o potencial de investimentos em curso". Abordou ainda o primeiro leilão eólico offshore - que António Costa anunciou estar previsto para setembro -, que permitirá a Portugal atingir os 10 gigawatts de capacidade produzida por energia eólica offshore até 2030 e, assim, "assegurar que rumamos a uma independência energética de que o país necessita e é catalisadora de crescimento no futuro".
Investimento direto ascende aos 60 mil milhões
A secretária de Estado parece não ter dúvidas: a aposta nas fontes renováveis traduzir-se-á em mais investimento no nosso país. O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, já havia afirmado em março que as intenções de investimento em energias renováveis em Portugal ascendem a 60 mil milhões de euros, o que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Ana Fontoura Gouveia relembrou o efeito de arrastamento dos investimentos ao longo de toda a cadeia de valor, esperando que tenham um impacto expressivo. Exemplo disso são os produtores de equipamentos dos novos parques eólicos offshore que querem instalar-se em Portugal, ou, mais a jusante, os produtores de hidrogénio ou aço verde "que vão criar empregos com base nesta energia verde, fiável e a preços muito competitivos que o país é capaz de produzir".