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"Do lado da banca há a percepção de que a agricultura hoje é um sector de actividade em que vale a pena apostar, tem uma rentabilidade intrínseca interessante", mas "a banca olha - como sempre olhou - muito friamente para os negócios", garantiu José João Guilherme, administrador do Novo Banco, a uma sala cheia de empresários do sector agro-alimentar reunidos para debater os desafios e oportunidades que se colocam ao sector, em Évora, no auditório do Fórum da Fundação Eugénio de Almeida, com capacidade para 156 lugares.
A banca "está disposta a entrar em negócios que tenham margem", explicou. Assim sendo, a expectativa é de que "os agricultores ganhem dinheiro, que sejam clientes de bom risco da banca", resumiu em entrevista no final do evento.
No entanto, a agricultura "é uma actividade que tem riscos diferentes e aí a banca tem alguma coisa a aprender", assumiu nesta conferência, acrescentando que o papel dos bancos passa por serem, sobretudo, bons parceiros para a gestão diária do negócio, criando soluções que facilitem, por exemplo, as transacções comerciais entre os vários agentes do sector.
Um jogo de negociações
"É importante que a banca perceba que os ciclos da agricultura não são os de outras actividades", disse Luís Rosado, administrador da Fundação Eugénio de Almeida, também convidado a participar na discussão. "Se plantar hoje uma vinha, o primeiro vinho que vai vender é daqui a sete ou oito anos", exemplificou.
Hoje, "a agricultura também olha para a banca não como uma entidade que apenas faz empréstimos, mas como parceiro na gestão do seu próprio risco", considera José João Guilherme.
Uma ideia que é corroborada por José Maria Rasquilha, agricultor e administrador do agrupamento de agricultores CERSUL. "São variadíssimos os instrumentos que a banca coloca ao dispor", o que não invalida, salienta, um processo negocial entre as partes. "Há sempre um jogo de pingue-pongue interessante", diz.
Além disso, "há uma nova geração, há gente nova que está a aparecer, pessoas qualificadas que fizeram a sua vida noutras actividades e que neste momento estão a virar-se para a agricultura, isso é valor acrescentado", acrescentou o administrador.
No que diz respeito ao Novo Banco, Stock da Cunha, presidente da instituição, considera a presença do banco no sector "insuficiente". "Queremos aumentar a nossa intervenção", disse, salientando alguns dos instrumentos que o banco hoje oferece, como o NB Express Bill, que se trata de uma solução de gestão de pagamentos, ou o produto Fine Trade, que visa analisar e identificar potenciais mercados de exportação para as empresas portuguesas.
Aos empresários presentes pediu que continuassem "a contar com o Novo Banco", garantindo que a instituição é capaz de "prestar um serviço de qualidade e manter uma relação de longo prazo" com os clientes, sustentou.
A banca "está disposta a entrar em negócios que tenham margem", explicou. Assim sendo, a expectativa é de que "os agricultores ganhem dinheiro, que sejam clientes de bom risco da banca", resumiu em entrevista no final do evento.
No entanto, a agricultura "é uma actividade que tem riscos diferentes e aí a banca tem alguma coisa a aprender", assumiu nesta conferência, acrescentando que o papel dos bancos passa por serem, sobretudo, bons parceiros para a gestão diária do negócio, criando soluções que facilitem, por exemplo, as transacções comerciais entre os vários agentes do sector.
Um jogo de negociações
"É importante que a banca perceba que os ciclos da agricultura não são os de outras actividades", disse Luís Rosado, administrador da Fundação Eugénio de Almeida, também convidado a participar na discussão. "Se plantar hoje uma vinha, o primeiro vinho que vai vender é daqui a sete ou oito anos", exemplificou.
Hoje, "a agricultura também olha para a banca não como uma entidade que apenas faz empréstimos, mas como parceiro na gestão do seu próprio risco", considera José João Guilherme.
Uma ideia que é corroborada por José Maria Rasquilha, agricultor e administrador do agrupamento de agricultores CERSUL. "São variadíssimos os instrumentos que a banca coloca ao dispor", o que não invalida, salienta, um processo negocial entre as partes. "Há sempre um jogo de pingue-pongue interessante", diz.
É importante que a banca perceba que os ciclos da agricultura não são os de outras actividades. Luís Rosado Administrador da Fundação Eugénio de Almeida
Um "jogo" de negociações muitas vezes duro, assinala José João Guilherme, dando conta de que os agricultores, através das empresas ou das organizações cooperativas que os representam, são clientes exigentes, que exigem mais da banca.Além disso, "há uma nova geração, há gente nova que está a aparecer, pessoas qualificadas que fizeram a sua vida noutras actividades e que neste momento estão a virar-se para a agricultura, isso é valor acrescentado", acrescentou o administrador.
No que diz respeito ao Novo Banco, Stock da Cunha, presidente da instituição, considera a presença do banco no sector "insuficiente". "Queremos aumentar a nossa intervenção", disse, salientando alguns dos instrumentos que o banco hoje oferece, como o NB Express Bill, que se trata de uma solução de gestão de pagamentos, ou o produto Fine Trade, que visa analisar e identificar potenciais mercados de exportação para as empresas portuguesas.
Aos empresários presentes pediu que continuassem "a contar com o Novo Banco", garantindo que a instituição é capaz de "prestar um serviço de qualidade e manter uma relação de longo prazo" com os clientes, sustentou.