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A importância dos valores no futuro pós-digital

Num mundo dominado pelo digital, as empresas, para serem competitivas e bem-sucedidas, precisam de ter, como novo foco, o equilíbrio entre “valor” financeiro e para o acionista e “valores” e princípios dos stakeholders.

15 de Julho de 2020 às 14:45
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Accenture Technology Vision 2020 foi publicado em fevereiro de 2020, pouco antes da covid-19 se ter tornado uma pandemia global e que levou a políticas e estratégias de confinamento, a que chamou de Grande Interrupção e será um grande momento de inovação. "A covid-19 mudou o mundo para sempre mas não como se pensa". Será recordada "não apenas para a crise em si, mas como pano de fundo para um dos maiores saltos na inovação tecnológica, como um momento histórico" Michael Biltz, Managing Director da Accenture Technology Vision. Sublinhou que se geram movimentos de mudança na forma como vamos usar a tecnologia.

Um dos pontos fortes deste estudo é, como assinalou com Michael Biltz, que muitas vezes se fala no tech-lash, uma atitude reativa em relação à adoção de tecnologia mas se deveria falar de tech-clash, choque tecnológico. "Não é acerca do que tecnologia pode fazer mas dos valores e de como a tecnologia é usada", em que os modelos de negócios e de tecnologia que não estão alinhados pelas necessidades e expectativas das pessoas. "Não é apenas o valor que está em causa, a qualidade dos produtos e das soluções mas os valores como a privacidade, a confiança." Para serem competitivas e bem-sucedidas em um mundo dominado pelo digital, as empresas precisam de ter um novo foco para equilibrar a ideia de "valor" financeiro com "valores" de princípios.

Cinco tendências

Michael Biltz referiu as cinco tendências principais identificadas pelo Accenture Technology Vision 2020 que as empresas devem ter em consideração para os próximos três anos.

O "eu" na experiência, ou seja, as empresas terão que desenhar experiências personalizadas e incluir os indivíduos, que se tornam centrais no modelo de negócio. A inteligência artificial (IA) vai contribuir para a performance das atividades de trabalho, em vez de ser apenas automação. A terceira tendência tem a ver com o que o estudo chama The Dilemma of Smart Things, relaciona-se com o a constante atualização dos produtos e suas soluções. A quarta refere a massificação dos robôs propiciada pelo 5G. Finalmente, o ecossistema de inovação tende a fortalecer-se com cada vez mais tecnologias disruptivas, como a realidade aumentada, a computação quântica entre outras, e portanto as empresas têm de ter um DNA de inovação.


Os participantes

A conferência "SYSTEMS RESILIENCE: desafios e oportunidades numa época de disrupção sem precedentes", uma iniciativa do Jornal de Negócios e da Accenture, contou com Michael Biltz, Managing Director, Accenture Technology Vision que fez a apresentação do estudo global: Technology Vision 2020. O debate foi moderado por André Veríssimo, diretor do Jornal de Negócios e teve a participação de Anabela Figueiredo, Chief Strategy Officer do Novo Banco, José Ferrari Careto, Digital & IT Officer da Grupo EDP, João Nascimento, CTO da Vodafone Portugal, Marco Costa, General Manager da Talkdesk, Rui Barros, Managing Director, Accenture, responsável pela área de Technology em Portugal.