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Meta de 80% de renováveis em 2025

“A capacidade instalada para produção descentralizada em Portugal já cresceu mais de 70% quando comparado com 2021. Em outubro, atingimos quase um gigawatt”, disse João Galamba, secretário de Estado do Ambiente e da Energia.

20 de Dezembro de 2022 às 14:00
José Queirós de Almeida, CEO da Greenvolt Comunidades. Pedro Ferreira
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"Existe um papel fundamental a ser desempenhado pelos consumidores no ‘raio de ação’ dos sistemas elétricos, agindo individualmente e coletivamente ou através de comunidades energéticas, que podem passar de meros consumidores passivos a agentes ativos que produzem eletricidade para consumo próprio e para a venda dos excedentes, para armazenar e também disponibilizar serviços flexíveis e produção agregada, o que se traduz em custos reduzidos, com as poupanças nas redes de transporte e distribuição e a otimização da geração de soluções energéticas", afirmou João Galamba, secretário de Estado do Ambiente e da Energia, numa mensagem em vídeo na abertura da conferência We Share Energy Summit, organizada pela Greenvolt Comunidades e contou com o Jornal de Negócios como media partner.

Realçou que as recentes iniciativas legislativas abriram campo ao autoconsumo, autoconsumo coletivo, e comunidades de energia, mas que ainda faltam densificações em termos regulatórios e técnicos. Mesmo assim "a capacidade instalada para produção descentralizada em Portugal já cresceu mais de 70% quando comparado com 2021. Em outubro, atingimos quase um gigawatt".

"O país tem um histórico comprovado de otimização e maximização da incorporação de fontes renováveis nos seus consumos finais de energia. Em 2021, Portugal atingiu cerca de 60% de renováveis na produção de eletricidade. Temos uma meta de 80% até 2030 no nosso Plano Clima de Energia", considerou João Galamba. Adiantou que "é possível chegar a 80% de renováveis na produção de eletricidade já em 2025".

Quanto mais partilha, mais se tem

"Precisamos de fazer a transição energética e ambiental, e, ao mesmo tempo, temos o impacto do aumento dos preços da energia e uma crescente pobreza energética. Na Greenvolt Comunidades acreditamos que podemos ser parte da solução, mas não é apenas uma questão tecnológica", disse José Queirós de Almeida, CEO da Greenvolt Comunidades, que tem como lema "the more we share, the more we have", de Leonard Nemoy, ator conhecido por desempenhar o papel de Spock nos filmes e nas séries Star Trek. A energia descentralizada, através autoconsumo, autoconsumo coletivo, e comunidades de energia, pode ser uma parte da solução e "é importante porque se produz energia limpa onde se consome e o excesso pode ser partilhado com os vizinhos. É uma ideia simples, como são as grandes ideias", afirmou José Queirós de Almeida.

"A Greenvolt não inventou o conceito nem o modelo de negócio", sublinhou José Queirós de Almeida, mas criou a Greenvolt Comunidades, focada em soluções de autoconsumo coletivas e comunidades de energia. "Não somos uma companhia de energia, mas uma empresa focada em resolver os problemas das pessoas", reforçou José Queirós de Almeida.