Outros sites Medialivre
Notícia

Novos paradigmas de disrupção

Para João Freire de Andrade, presidente de Portugal Fintech, as fintechs estão no centro das novas mudanças do setor financeiro.

17 de Outubro de 2019 às 13:00
DR
  • Partilhar artigo
  • ...
É do conhecimento geral que o setor financeiro está, a nível global, a passar por uma fase de transformação devido à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias, tendo vindo a alterar-se o paradigma. A isto podemos também chamar disrupção, que traz consigo novos paradigmas e novas tendências.

A colaboração entre a banca e as Fintechs
É certo que uma grande parte das fintechs vem inovar o setor financeiro naquilo que são os produtos ou serviços que este oferece ao consumidor, distinguindo-se muitas vezes pela eficiência, rapidez, abrangência e acessibilidade. Começamos a ver a banca tradicional a adotar uma posição em resposta a esta entrada das fintechs, isto porque o movimento fintech não apresenta uma ameaça à banca como um todo, mas é sim capaz de disromper cada serviço ou cada produto.

Crescimento das fintechs
Cada vez mais vemos a banca a tornar-se a grande financiadora de projetos de inovação, quer adquirindo participações diretamente no capital, quer investindo em fundos especializados no investimento nestas empresas, tomando assim partido do capital e dos use-cases que podem encontrar, mas também podendo influenciar estes produtos para que melhor possam solucionar as necessidades sentidas.

Delegação de partes da cadeia de valor
Vamos continuar a observar no futuro a capacidade de quase "delegar" as várias partes da cadeia de valor da banca a diferentes intervenientes. Este é também um use-case evidente da nova diretiva dos serviços de pagamentos (PSD2) que obriga todos os bancos a ter open API - protocolos abertos de troca de informação - o que permite a terceiras entidades, bancárias ou não bancárias, construir serviços por cima da infraestrutura já existente ao ligar-se a essa API.

User-experience
Foco cada vez maior na user-experience do cliente, este é um denominador comum de todas as fintechs e torna-se cada vez mais uma exigência dos próprios clientes, o contacto digital e a criação de uma experiência ótima são fatores crescentes de diferenciação.

Contextual Banking
A crescente personalização dos serviços oferecidos ao cliente, na medida em que este passa a receber o que precisa, quando precisa. Ao tirar partido do conhecimento do perfil de cada cliente, passa a ser possível revolucionar a forma como os serviços financeiros são oferecidos ao cliente.
Mais notícias