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"Portugal tem de fazer e querer fazer mais e melhor agora, que temos as contas públicas equilibradas e a dívida está a reduzir. Devíamos ter uma discussão sobre como melhorar realmente a vida dos portugueses e como criar mais riqueza para que a qualidade de vida das pessoas seja melhor. Isto é possível, não é uma coisa teórica", referiu António Horta Osório, gestor, na sua apresentação, "Perspetivas Económicas para Portugal e para a Zona Euro", no 6.º Grande Encontro Banca do Futuro, uma iniciativa do Jornal de Negócios.
António Horta Osório salientou que o reduzido "crescimento económico de 2000 a 2023 é o lado triste da história portuguesa", e que "é um enorme desafio da sociedade portuguesa criar condições para que os portugueses tenham melhor nível de vida, o que se traduz, na prática, no crescimento dos salários médios".
Entre 2007 e 2022, Portugal aumentou o salário médio de 12 mil euros para 16 mil euros por ano, mas, em Espanha, o salário médio está 33% acima e na Irlanda 66% acima do salário médio português. Deu o exemplo de países do Leste, que se juntaram à União Europeia depois de Portugal, do que poderia ser feito no nosso país. "A República Checa tinha há 15 anos um salário médio de 7 mil euros e agora está acima de Portugal, nos 17 mil euros, a Hungria estava com 5 mil euros e está quase igual a Portugal, a Polónia estava com 6 mil euros e agora está com 18 mil euros. Estes países mostraram que é possível e pode ser feito."
Equilíbrio das contas públicas
Na sua análise sobre a comparação macroeconómica entre Portugal e a Europa, referiu-se à gestão da pandemia e considerou que as medidas, que os governos, as autoridades económicas e monetárias, tomaram foram corretas e adequadas. Portugal, desde o final de 2021, foi dos países que melhor comportamento tiveram em termos de PIB per capita, que já está acima do valor pré-pandemia, e onde não houve uma queda de rendimento, além de se ter mantido o emprego. "Como emprego e consumo representam dois terços do PIB, foram um fator de estabilidade económica", refere António Horta Osório.
"Desde 2010, os impostos aumentaram 40% do PIB para 43%, mas a grande alavanca que permitiu o equilíbrio das contas públicas foi a redução das despesas e do investimento público. É uma questão de modelo económico", referiu António Horta Osório. As questões que surgem, dentro das contas equilibradas, são "qual o mix que a sociedade quer entre impostos e a sua aplicação, e a segunda questão tem a ver com a qualidade da aplicação do dinheiro público e se corresponde aos direitos à saúde, à habitação, à educação, e se estamos a extrair o devido valor da aplicação desse dinheiro".
António Horta Osório disse ainda que, com as atuais tendências de taxas de juro da dívida portuguesa, Portugal poderia ter, dentro de seis meses, uma taxa de juro inferior à de França, que, com a Alemanha, é uma das duas âncoras do euro. "Mostraríamos não só que temos as contas equilibradas como somos donos do nosso próprio destino." Terminou a sua intervenção afirmando que "os objetivos das políticas económicas e monetárias são ter as contas equilibradas, mas também aumentar o crescimento económico e a riqueza das pessoas".
António Horta Osório salientou que o reduzido "crescimento económico de 2000 a 2023 é o lado triste da história portuguesa", e que "é um enorme desafio da sociedade portuguesa criar condições para que os portugueses tenham melhor nível de vida, o que se traduz, na prática, no crescimento dos salários médios".
Entre 2007 e 2022, Portugal aumentou o salário médio de 12 mil euros para 16 mil euros por ano, mas, em Espanha, o salário médio está 33% acima e na Irlanda 66% acima do salário médio português. Deu o exemplo de países do Leste, que se juntaram à União Europeia depois de Portugal, do que poderia ser feito no nosso país. "A República Checa tinha há 15 anos um salário médio de 7 mil euros e agora está acima de Portugal, nos 17 mil euros, a Hungria estava com 5 mil euros e está quase igual a Portugal, a Polónia estava com 6 mil euros e agora está com 18 mil euros. Estes países mostraram que é possível e pode ser feito."
Equilíbrio das contas públicas
Na sua análise sobre a comparação macroeconómica entre Portugal e a Europa, referiu-se à gestão da pandemia e considerou que as medidas, que os governos, as autoridades económicas e monetárias, tomaram foram corretas e adequadas. Portugal, desde o final de 2021, foi dos países que melhor comportamento tiveram em termos de PIB per capita, que já está acima do valor pré-pandemia, e onde não houve uma queda de rendimento, além de se ter mantido o emprego. "Como emprego e consumo representam dois terços do PIB, foram um fator de estabilidade económica", refere António Horta Osório.
"Desde 2010, os impostos aumentaram 40% do PIB para 43%, mas a grande alavanca que permitiu o equilíbrio das contas públicas foi a redução das despesas e do investimento público. É uma questão de modelo económico", referiu António Horta Osório. As questões que surgem, dentro das contas equilibradas, são "qual o mix que a sociedade quer entre impostos e a sua aplicação, e a segunda questão tem a ver com a qualidade da aplicação do dinheiro público e se corresponde aos direitos à saúde, à habitação, à educação, e se estamos a extrair o devido valor da aplicação desse dinheiro".
António Horta Osório disse ainda que, com as atuais tendências de taxas de juro da dívida portuguesa, Portugal poderia ter, dentro de seis meses, uma taxa de juro inferior à de França, que, com a Alemanha, é uma das duas âncoras do euro. "Mostraríamos não só que temos as contas equilibradas como somos donos do nosso próprio destino." Terminou a sua intervenção afirmando que "os objetivos das políticas económicas e monetárias são ter as contas equilibradas, mas também aumentar o crescimento económico e a riqueza das pessoas".