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"Muito do que se passa no mundo competitivo passa pelo mecanismo de regulação. Neste caso que é mais compartimentado, tem a ver com uma abordagem aos dados em que a Europa se apercebeu de que é importante. Há a questão do risco, mas é mais abrangente do que isso", defendeu Paulo Cardoso do Amaral, professor auxiliar convidado da Católica Lisbon, durante o pequeno-almoço/debate "Banca do Futuro: Desafios de Transformação, Inovação e Governance", uma iniciativa do Jornal de Negócios e da Claranet que se realizou no Pestana Palace em Lisboa.
Alertou para os riscos das empresas europeias quando os seus serviços passam pelos Estados Unidos. "O risco é enorme até do ponto de vista da legislação porque as empresas que estão na Europa e que compram serviços aos Estados Unidos ficam sob a sua jurisdição no seu território."
Arma de arremesso
Explica Paulo Cardoso do Amaral que se uma empresa compra alguma coisa aos Estados Unidos e depois vende, e isso pode acontecer com a cloud computing, os Estados Unidos podem dizer: "Acho que houve ali um negócio sujeito a verificação e, portanto, quando o seu administrador entrar nos Estados Unidos pode ser detido e colocado numa prisão de alta segurança."
"Não aconteceu, mas é uma forma de pressão que se mantém se a Europa continuar na dependência tecnológica de que os dados fazem parte. Esta foi uma das razões para o RGPD, em que para além dos dados das pessoas, tem esta componente, que passou um pouco despercebida, mas que está na génese da luta e dos choques geopolíticos que estão a acontecer", refere Paulo Cardoso do Amaral.
Adiantou ainda que "quando os americanos fazem legislação que serve de arma de arremesso porque até pode ajudar a comprar empresas, e tenho vários exemplos disto, não estão a ser anjinhos, a lei está a funcionar a soldo de uma política e de um confronto entre espaços geopolíticos. Não sejamos ingénuos", referiu Paulo Cardoso do Amaral.
Alertou para os riscos das empresas europeias quando os seus serviços passam pelos Estados Unidos. "O risco é enorme até do ponto de vista da legislação porque as empresas que estão na Europa e que compram serviços aos Estados Unidos ficam sob a sua jurisdição no seu território."
Arma de arremesso
Explica Paulo Cardoso do Amaral que se uma empresa compra alguma coisa aos Estados Unidos e depois vende, e isso pode acontecer com a cloud computing, os Estados Unidos podem dizer: "Acho que houve ali um negócio sujeito a verificação e, portanto, quando o seu administrador entrar nos Estados Unidos pode ser detido e colocado numa prisão de alta segurança."
"Não aconteceu, mas é uma forma de pressão que se mantém se a Europa continuar na dependência tecnológica de que os dados fazem parte. Esta foi uma das razões para o RGPD, em que para além dos dados das pessoas, tem esta componente, que passou um pouco despercebida, mas que está na génese da luta e dos choques geopolíticos que estão a acontecer", refere Paulo Cardoso do Amaral.
Adiantou ainda que "quando os americanos fazem legislação que serve de arma de arremesso porque até pode ajudar a comprar empresas, e tenho vários exemplos disto, não estão a ser anjinhos, a lei está a funcionar a soldo de uma política e de um confronto entre espaços geopolíticos. Não sejamos ingénuos", referiu Paulo Cardoso do Amaral.