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Ricardo Costa: “A colaboração é a palavra-chave”

Com a aceleração da digitalização são as fintech que ajudam a suportar a atratividade e a competitividade da banca tradicional face aos chamados neobanks - bancos nativos digitais.

07 de Fevereiro de 2022 às 14:30
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"Colaboração" é a palavra-chave para quem trabalha diariamente para apoiar a banca tradicional na digitalização dos seus processos", refere Ricardo Costa, founder e CEO da LOQR. Considera que as fintech, como a LOQR, vieram criar disrupção nos modelos de negócio tradicionais e criar produtos e serviços digitais inovadores e customizados às necessidades dos clientes. Acrescenta que com a aceleração da digitalização são as fintech que ajudam a suportar a atratividade e a competitividade da banca tradicional face aos chamados neobanks - bancos nativos digitais.

A tecnologia da Hapi tem como principal objetivo acelerar, simplificar e digitalizar processos, recolhendo informação e documentação de forma segura e em segundos, o que, segundo Rita Melo Pinto, head of Business Development da Hapi, aumenta a "taxa de conversão e concretização dos processos, seja ao nível da concessão de crédito, seja ao nível da análise de risco/autenticação de documentos, preenchimento de formulários, etc… sendo por isso uma tecnologia cada vez mais usada e procurada por players financeiros em Portugal". Além disso, "permite melhorar e transformar os processos de interação com clientes e potenciais clientes, automatizando e eliminando erros na obtenção de informação e comprovativos necessários aos processos de onboarding".

As jornadas completas

Para Ricardo Costa, a transformação digital está intimamente relacionada com a experiência do cliente e, por isso, estão focados em entregar jornadas omnicanal, o que vai, por exemplo, da contratação a distância à abertura de conta remota, À recuperação de acessos ao homebanking, e a outros canais digitais, à manutenção de conta ou a prova de vida digital. Estes processos são efetuados remotamente, em apenas alguns minutos e estão disponíveis 24/7. "As nossas soluções com recurso a tecnologia de inteligência artificial e de machine learning permitem, por exemplo, que a identidade dos clientes seja verificada em apenas alguns segundos, cumprindo com as regulamentações de Know Your Customer (KYC) e Anti Money Laundering (AML)" sublinha Ricardo Costa.

"O que nos distingue de outras fintech é que nós não somos apenas uma empresa tecnológica que entrega aos clientes uma API, ou seja, uma espécie de meros ingredientes. Nós entregamos jornadas completas, ou seja, um produto acabado pronto a usar, que permite à banca melhorar o relacionamento com os seus clientes apostando na inovação, isto é, tirando partido da tecnologia para oferecer soluções inovadoras", considera Ricardo Costa.

A Hapi tem estado envolvida com bancos como o Banco Primus, Credibom, Unicre, por exemplo. "Muitos dos nossos clientes começam connosco em testes-piloto de forma a testar o conceito e passado pouco tempo optam pela integração total da nossa solução", diz Rita Melo Pinto. Além disso "o produto está em aperfeiçoamento constante, dado que procuramos sempre integrar no produto as necessidades de cada um dos clientes".

As parcerias com bancos

Cerca de 90% dos clientes da LOQR são bancos estabelecidos entre os quais o BAI Europa, Banco Português de Gestão e Novo Banco, o Banco Santander, sendo a LOQR certificada para fornecer a marca global, ou o Banco Montepio, Montepio Crédito, Caixa Geral de Depósitos, entre outros. Ricardo Costa refere que são líderes no mercado nacional, e já têm clientes em Espanha e na Noruega. O objetivo no curto prazo passa por reforçar a presença em Espanha e alcançar novos mercados como Médio Oriente, América Latina e outros países na Europa. Em termos de mercado, a Hapi tem tido como consolidar o mercado português, têm tido interações com diversos operadores europeus e africanos, e preveem que em breve iniciem processo de internacionalização.

Rita Melo Pinto considera que as fintech estão a transformar o sistema financeiro, e que dentro da cadeia de valor há cada vez mais espaço para colmatar algumas lacunas e melhorar processos da banca dita tradicional. As fintech criaram disrupção em diversos segmentos da cadeia de valor do setor financeiro. "Temos o exemplo do mobile banking, cada vez mais utilizado pelos clientes e que contribui para o sucesso do open banking. Mas temos outros segmentos como o dos pagamentos, com o crescimento de alternativas, como o buy-now-pay-later. Estas novas abordagens obrigam a banca a criar canais especializados, e a contar com o apoio das fintech que agilizam a digitalização dos processos através de tecnologia de ponta e do seu elevado know-how, de negócio e de regulamentação", concluiu Ricardo Costa.

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