Nos primeiros seis meses de vida, a Zome duplicou as unidades de negócio com que iniciou atividade e tem agora um plano de expansão nacional e internacional delineado, para competir, a médio prazo, com as multinacionais que têm dominado o mercado português nas últimas décadas. "O objetivo passa pela internacionalização da marca, que já conta com 19 hubs abertos, 14 em Portugal e cinco em Espanha, onde, em abril, tinha apenas um. Até ao final de 2019 vamos abrir mais dois hubs, e no primeiro trimestre de 2020 outros três", começa por explicar Patrícia Santos, CEO da Zome, acrescentando: "O próximo objetivo é alargar a nossa rede nacional e ter hubs em todas as capitais de distrito, mas também reforçar ainda mais a presença em Espanha, onde estamos a crescer acima das nossas expectativas iniciais. Depois, vamos pensar nas principais capitais europeias como próximos destinos e no Brasil, de onde também já tivemos uma série de abordagens."
Embora "francamente entusiasmada" com o primeiro meio ano de atividade, Patrícia Santos considera a pressa inimiga da perfeição. "Temos vários pedidos para abrir outras unidades, mas o nosso principal objetivo é garantir qualidade e não quantidade. Estamos a crescer de forma sustentada e a consolidar a nossa operação, de forma a darmos o melhor acompanhamento possível a quem passa a fazer parte desta família", sublinha.
Nascida da fusão dos grupos Business Prime, com o intuito de criar um conceito diferenciador no mercado, a Zome conta já com cerca de 1.100 colaboradores, tendo realizado até ao passado mês de outubro, mais de 4.700 transações, 62% das quais vendas de apartamentos e 23,5% de moradias, com um valor médio a variar entre 110 mil e 210 mil euros, dependendo da região e da tipologia. Números que entusiasmam a líder da imobiliária, mas que não dão a sensação de dever cumprido. "Estamos no início de um projeto para décadas. São apenas os primeiros passos e, ainda mais importante do que os números, que obviamente espelham todo o trabalho de base, é precisamente a estrutura que estamos a criar, quer em termos da tecnologia que desenvolvemos, quer, sobretudo, da atenção que dedicamos ao desenvolvimento dos nossos recursos humanos", explica.
Formação neurocientífica ajuda no relacionamento com o cliente
Aos novos agentes é oferecida ciência, que lhes vai permitir a aquisição de uma série de competências e ficarem habilitados ao melhor exercício das suas novas funções. O plano de formação, que implica a aplicação de técnicas neurocientíficas a cada módulo, resulta da fusão entre o conhecimento técnico de 19 anos de experiência das empresas fundadoras da Zome com as técnicas de neurociência aplicada da Neurostrategy. "Propõe-se a acelerar a capacidade para estabelecer empatia com o cliente, ler o seu estado emocional e outros sinais não verbais, e agir sobre ele, recorrendo aos estímulos certos para conquistar a confiança, entender as ânsias e preocupações, e providenciar soluções", esclarece Patrícia Santos.
A aposta na tecnologia vanguardista para o setor imobiliário, desenvolvida in-house e através de parcerias exclusivas, é outra das bandeiras da Zome no que toca à diferenciação em relação aos principais concorrentes. "O fator tecnológico é sem dúvida diferenciador na estratégia da Zome. Mais do que nas vendas, no serviço que prestamos ao cliente. Na simplificação de processos, no acompanhamento constante, mas não invasivo, na transparência e na eficácia, que resulta em maior felicidade. Quer para o consultor, que tem à disposição ferramentas que lhe facilitam muito o trabalho, quer para o cliente, que tem uma experiência muito mais serena e descansada", diz Patrícia Santos, reforçando que é um processo contínuo e que há sempre espaço para evoluir. "Em parceria com a IBM, estamos a trabalhar em ferramentas inovadoras que apresentaremos em tempo oportuno. Inteligência artificial e big data são algumas das inovações que estamos a incorporar no nosso sistema, com uma magnitude que não existe no mercado português", garante.
Os consultores dispõem ainda do Zome Tool Kit, uma plataforma que reúne uma série de ferramentas tecnológicas num único sistema, e possibilita, por exemplo, fazerem estudos de mercado em menos de cinco minutos, através de uma base de dados que inclui todos os imóveis disponíveis a nível nacional. Segundo a Zome, esta plataforma garante um aumento de produção na ordem dos 300 por cento e uma diminuição estimada do tempo processual em 37 por cento.
Uma centena de colaboradores recrutados a outras áreas profissionais
Recentemente, a Zome lançou também um programa de incentivo ao recrutamento de recursos humanos que não provenham do ramo imobiliário. O objetivo é, segundo Patrícia Santos, "minimizar a canibalização existente no mercado, onde existe uma grande rotatividade de consultores entre agências, que desgasta e descredibiliza o setor". Os consultores responsáveis por apresentar estes novos talentos terão benefícios indexados ao desenvolvimento da carreira dos respetivos formandos, ou seja, de acordo com a sua produtividade.
Desde setembro, a Zome recrutou cerca de 100 pessoas provenientes de outras áreas profissionais, o que para a líder da agência é um reflexo da forma entusiasta como a iniciativa foi recebida internamente. "Houve uma enorme adesão, porque toda a nossa equipa se identifica com os objetivos a que este programa se propõe: garantir maior estabilidade e transparência no setor, diminuindo o assédio constante das imobiliárias aos consultores da concorrência, refrescar o setor com novos talentos e pessoas formadas de raiz, construindo profissionais à imagem da Zome, com os valores que a marca acredita serem fundamentais para prestar o melhor serviço possível aos clientes, e, por fim, promover o espírito de equipa entre os consultores."
A Zome em números
19 hubs abertos, 14 em Portugal e cinco em Espanha
1.100 colaboradores
4.700 transações realizadas até outubro
62% das transações foram na venda de apartamentos
23,5% foram moradias