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Sector mantém papel preponderante na economia nacional

As dinâmicas da logística e transportes têm vindo a manter-se ao longo dos últimos anos, embora a modernização tecnológica comece a ganhar um peso mais relevante.

02 de Novembro de 2018 às 14:51
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Hoje, mais do que nunca, o conceito de mobilidade tem um peso determinante no dia-a-dia de todos e cada um de nós; mobilidade dos dados, mobilidade da informação; mobilidade das pessoas; mobilidade de bens e produtos. Mas esta ideia é também preponderante nas organizações e mais ainda quando falamos de um sector – o da logística e transportes – que conquistou por direito próprio um lugar de relevo na economia do país.

 

Ao longo dos tempos, as dinâmicas do sector têm vindo a manter-se, embora com uma disrupção ou outra causada por questões como a recente necessidade de modernização tecnológica e de introdução das novas tecnologias para suportar um mercado cada vez mais concorrencial e um tipo de cliente que se tornou mais determinado e exigente relativamente ao que pretende.

 

Segundo dados disponibilizados pela Garland, numa altura em que as importações crescem mais rapidamente do que as exportações, "a balança comercial portuguesa continua, porém, a registar saldo positivo, com um excedente de 185 milhões na primeira metade deste ano". Ao procurar saber que bens entram e saem do nosso país, a Garland percebeu que "importamos todo o tipo de produtos e matérias-primas e exportamos sobretudo pasta de tomate, papel, têxteis e calçado, componentes automóveis, metalomecânica e mármore e outros derivados de pedra".

 

Por seu turno, a APLOG – Associação Portuguesa de Logística, através do seu presidente de direcção, Raul Magalhães, revelou que, em 2017, "quer as importações quer as exportações registaram um grande aumento face ao período homólogo do ano anterior, 11,1% e 9,9% respectivamente". Estes níveis de crescimento têm, obrigatoriamente, "de ser acompanhados de forte investimento em transportes e infra-estruturas, sob pena de prejuízo directo na competitividade do sector económico".

 

De qualquer forma, e segundo dados do INE, publicados pelo Pordata, em 2017 foram transportadas 10.632.410 toneladas de carga de comboio para dentro e para fora do país. Recorde-se que, em 1967, o primeiro ano para o qual existem dados, esse valor não foi além das 3.434.000 toneladas.

 

Se dividirmos este valor por tipo de tráfego, percebemos que, durante o último ano, foram transportadas 8.604.020 toneladas a nível nacional (4.756.692 toneladas em 1986), enquanto o total internacional se situou na casa das 2.028.390 toneladas em 2017 (553.107 em 1986). Só Espanha recebeu, em 2016, 1.769.465 toneladas a partir de Portugal via sistema ferroviário.

 

Por seu turno, as mercadorias transportadas pelas empresas de transporte rodoviário totalizaram, em 2017, 157.696 toneladas, divididas entre as 133.050 toneladas a nível nacional e as 24.646 de toneladas transportadas em termos internacionais.

 

O Pordata dá ainda conta de que foram carregados, nos portos nacionais, qualquer coisa como 924.216 contentores (valores para 2016, último ano disponibilizado) e descarregados 922.108 contentores (igualmente em 2016).

 

De resto, as mercadorias transportadas por via marítima situaram-se nas 91.346.728 toneladas (total de carga carregada e descarregada dos barcos nos portos).

 

Finalmente, ainda com os dados mais recentes a reportarem a 2016, o Pordata revela que circularam nos aeroportos nacionais um total de 135.436 toneladas de carga e 14.694 toneladas de correio (eram apenas 4.692 toneladas em 1970).

 

Grandes desafios do sector 

Apesar do seu papel, o sector dos transportes e logística tem ainda desafios a ultrapassar, começando, desde logo, pela modernização tecnológica. Recorda Raul Magalhães que, "já em 2020, os nativos digitais serão perto de 50% da população activa, sentados nas empresas, nas instituições, como nossos colegas – este é também um desafio para todos nós".

Na verdade, é fácil constatar que "a revolução digital acelera a partilha do conhecimento, melhora a competitividade, abre novos horizontes e oportunidades, potencia a iniciativa dos indivíduos, das empresas, da economia social ao ensino e à investigação", disse ainda Raul Magalhães.

 

Por seu turno, Luís Marques, managing director da DB Schenker Portugal defende que um dos maiores desafios na logística e transportes surge, sem dúvida, associado "à digitalização nos seus domínios mais abrangentes: desde a condução autónoma de veículos à Internet das Coisas, passando pela inteligência artificial".

São muitas as soluções potencialmente disruptivas que estão em desenvolvimento "e, além de este enorme potencial disruptivo existir, é a velocidade em que o potencial se torne real fazendo com que apenas os mais bem preparados e flexíveis consigam acompanhar as mudanças", disse ainda o mesmo responsável.

Em igual sentido vai Jorge Possollo, director-geral da GEFCO Portugal, para quem "continua a ser premente e um desafio continuado a preparação da empresa para um futuro em que a inovação vai certamente requerer transformações no modelo de negócio" das organizações.

Contratação cresce no sector

Os empregadores portugueses revelam intenções de contratação moderadamente optimistas para o período compreendido entre Outubro e Dezembro deste ano. Segundo dados de um estudo realizado pelo ManpowerGroup, qualquer coisa como 13% dos inquiridos prevêem um aumento nas contratações, 5% uma redução, e 80% consideram que não haverá alterações. Contas feitas, supõe-se que a criação líquida de emprego se situe nos 8%.

Tendo em conta estes valores, o sector da logística, transportes e comunicações sobe 6% em comparação com o trimestre anterior no que a perspectivas de contratação diz respeito. Já face ao último trimestre do ano anterior, o crescimento é maior, situando-se na casa dos 16%, para este sector.

"As projecções do ManpowerGroup Employment Outlook Survey para o último trimestre de 2018 reflectem a sazonalidade da actividade económica em Portugal, impulsionada por um aumento de consumo no Verão que é estimulado pelas dinâmicas do turismo", explicou Raúl Grijalba, ManpowerGroup Mediterranean Regional managing director, que disse ainda que "as empresas mantêm intenções positivas de recrutar, especialmente no sector de transportes, logística e comunicações, impulsionado pela forte actividade comercial que se antecipa para este período".

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