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Mais-valia: experiência fora de portas

Raquel da Silva e Costa trabalhou no Brasil, Espanha, França e Luxemburgo em ambientes multiculturais com pessoas de nacionalidades e backgrounds diferentes.

19 de Dezembro de 2018 às 16:02
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Licenciada em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica de Lisboa, Raquel da Silva e Costa, que assumiu recentemente funções como CEO da Your Business, trabalhou na auditoria da KPMG, na Vista Alegre, no Brasil, e em departamentos financeiros de grandes grupos industriais como a Nissan e a West Rock, em Barcelona, Paris e Luxemburgo. Uma carreira rica, que dá um excelente cartão-de-visita para uma profissional cujo sucesso assenta na sua "alegria e descontracção" que criam "empatia e fazem a diferença". Não obstante, Raquel da Silva e Costa explica que a sua verdadeira mais-valia surge do facto de ter construído a carreira profissional "com base em experiências multiculturais muito diversas com pessoas de nacionalidades e backgrounds muito diferentes".

 

 

O Grupo Your foi fundado há 12 anos por duas mulheres: "Sara do Ó e Filipa Xavier de Basto", recorda. Esta situação faz da empresa uma referência no que toca à liderança feminina, apesar de hoje a estrutura accionista ser também constituída por homens – Hugo Salgueiro, Manuel Cota Dias e Pedro Lourenço Marques. "Os colaboradores do Grupo Your são maioritariamente mulheres, mas não é algo que procuramos, é algo que acontece naturalmente. Procuramos acima de tudo promover colaboradores pelas suas competências e não por ser homem ou mulher. O desequilíbrio que eventualmente se verifique noutras empresas não acontece no Grupo Your, em que procuramos também dar aos nossos colaboradores o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional", explica.

 

 

A CEO da Your Business acredita que existe uma "crescente preocupação" por parte das empresas em Portugal em ter equilíbrio entre homens e mulheres. Em lugares de liderança e em funções mais operacionais. Tenta-se, igualmente, manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, nomeadamente nos apoios à parentalidade. "A nova Lei da Paridade pretende que a partir deste ano as empresas cotadas em bolsa cumpram uma quota de 20% de mulheres nos conselhos de administração e órgãos de fiscalização. Penso que acaba por influenciar também as empresas que não são abrangidas pela lei", afirma e prossegue: "Espero que daqui a uns tempos o facto de ser homem ou mulher na liderança já não seja um tema e que não se caia no extremo oposto: não gostava de ouvir no futuro que alguma mulher só foi promovida pelo facto de ser mulher ou para preencher quotas."

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