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Resíduos e reciclagem já entraram no léxico dos portugueses

Para perceber a realidade portuguesa em matéria de reciclagem de embalagens e, até mesmo, dos resíduos em geral e a forma como nos posicionamos perante o tema, a Sociedade Ponto Verde desenvolveu, em colaboração com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, o estudo “Práticas e Representações Sobre Resíduos e Reciclagem”.

01 de Junho de 2021 às 07:54
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Luísa Schmidt, coordenadora do estudo e investigadora no Instituto de Ciências Sociais, fez a apresentação dos principais resultados do estudo "Práticas e Representações Sobre Resíduos e Reciclagem", começando por falar da questão dos perfis de separação: "32,8% não separam ainda o lixo, mas 67,8% já o fazem."

Destes, existem vários perfis: os ecopontuais simples, que separam para a reciclagem alguns resíduos destinados aos ecopontos, sobretudo embalagens de vidro ou plástico e que são 15,9%. Temos depois os ecopontuais plus, "associados à separação dos resíduos a depositar nos ecopontos e que são 26,6% e os separadores avançados, 15%, ou os separadores superavançados, 9,8%.

Entre os portugueses que não separam o lixo, o estudo aponta que se trata "de inquiridos mais velhos, famílias muito pequenas, classes sociais e escolaridade mais baixa, zonas desqualificadas e em habitações mais pequenas".

Em contrapartida, "os superavançados têm idades entre os 35 e os 44 anos, nível de ensino médio ou superior, agregados com quatro familiares ou mais, classes sociais mais elevadas e há uma forte associação entre nível de ensino e perfil de separação dos resíduos", refere Luísa Schmidt.

À questão "qual o principal problema ambiental do país?", a maioria dos portugueses respondeu a poluição em geral, sendo que "63% consideram o lixo um problema grave em Portugal".

Já no que diz respeito à zona de residência, "o lixo e a falta de limpeza nas ruas" são apontados como um problema por 20% dos inquiridos, 17% falam "na falta de ecopontos ou outros em más condições". Neste campo, "é na AML que mais são referidos os problemas relacionados com resíduos urbanos, nomeadamente falhas com ecoponto e lixo das ruas", sendo que "a poluição ganha em respostas no Porto".

Nos hábitos de consumo e relação com a embalagem, 66% dizem reconhecer todos os símbolos da nova iconografia da SPV e 83% dos inquiridos apontam os plásticos "como o material das embalagens com maior impacto ambiental".


Nas práticas de separação e questionados sobre o que costumam separar para reciclagem, os inquiridos neste estudo falam nos resíduos em geral, 67%, mas há ainda uma faixa "de 30% que não separam nada e de 3% que deixaram de o fazer". Por seu lado, "95% dos separadores declaram separar embalagens de plástico, garrafas e frascos de vidro". Entre os resíduos que suscitam mais dúvidas estão as lâmpadas, 18%, as cápsulas de café, 12%, e os óleos alimentares, 10%.

Nos não separadores, o facto de não fazer separação prende-se com "a distância ao ecoponto, 32%, e com o facto de já se pagar a gestão dos resíduos, apontada por 27% dos inquiridos", diz a coordenadora do estudo.

E quem terá maior responsabilidade para aumentar a reciclagem em Portugal? As câmaras municipais, com 37% das respostas, assumem a liderança, mas os cidadãos em geral obtêm 31%.

40KG
É o que cada português produzia anualmente em 2018 de resíduos de embalagens.
35%
É a taxa de resíduos de embalagens reciclados.
5.º
É a posição de Portugal no ranking geral da União Europeia em matéria de maiores produtores de resíduos.
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