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Sector segurador em Portugal é sólido e resiliente

Mercado segurador está a crescer. É flexível e fundamental na economia nacional.

28 de Fevereiro de 2018 às 18:41

A actividade seguradora em Portugal vive um bom momento. Este sector encontra-se em franco crescimento e demonstra ter um papel fundamental na economia nacional. O período da crise foi suplantado pela retoma da economia e os seguros mostram quão importantes foram, são e serão na estabilidade económica do país. Porém, o bom trabalho que tem sido feito não pode abrandar e há que estar atento e continuar a seguir as tendências mundiais do sector. Copiar os bons modelos. Seja na aposta na digitalização, na resposta a dar às alterações climáticas ou ao envelhecimento da população em certas zonas do globo, e não só. Mas vamos por partes.

 

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), afirma que o sector segurador em Portugal "é sólido e resiliente", dando uma importante contribuição para a estabilidade e para o financiamento da economia. "2017 foi um ano de crescimento acima dos 6%, atingindo uma produção de cerca de 11,6 mil milhões de euros e com uma melhoria na sua rentabilidade. E o sector demonstrou, ao longo do ano passado, a sua capacidade para dar respostas céleres e descomplexadas a eventos extremos como aqueles que assistimos durante os incêndios – a razão, afinal, para a sua existência: providenciar as condições para que as famílias e as empresas possam recuperar, mais rapidamente, de situações de infortúnio", refere.

 

Realçando a importância que a actividade tem na economia portuguesa, o responsável máximo da APS explica que o sector segurador representa, actualmente, "cerca de 7% do PIB". E, num cenário de crescimento do PIB nos próximos anos, acredita que a área continuará a ter taxas de crescimento interessantes. "Empregamos, directamente, cerca de 11.000 profissionais, interagimos com uma rede de cerca de mais de 20.000 mediadores e somos parte de um ecossistema que inclui redes de prestadores de serviço que empregam várias dezenas de milhares de trabalhadores. Somos, por isso, um sector importante e relevante na nossa economia", realça.

 

Ao debruçar-se sobre os ramos não vida e vida, constata que existe um crescimento de cerca de 7% no primeiro ramo, fruto da "melhoria das condições macroeconómicas com impacto positivo na actividade económica do país. E um crescimento perto dos 6% do ramo vida, muito impulsionado pelo "aumento de cerca de 30% dos planos de poupança-reforma (PPR)". As modalidades que mais sobressaíram em 2017 nestes dois ramos por serem mais procuradas pelos portugueses foram os seguros automóvel e acidentes de trabalho, ou seja, os seguros obrigatórios. Mas é de salientar o "crescimento sustentado dos seguros de saúde e o regresso ao crescimento da produção em relação aos PPR", sublinha.

 

Tendências do sector a nível internacional

 

José Galamba de Oliveira refere, no que diz respeito a tendências futuras, que o sector tem prestado atenção especial à temática das "alterações climáticas e ao impacto que este fenómeno pode ter na protecção, hoje garantida através da contratação de seguros com coberturas para eventos catastróficos, nomeadamente, grandes tempestades, incêndios ou inundações". Está, também, a desenvolver muito trabalho relacionado com novos riscos, nomeadamente, "riscos cyber, ou os riscos associados à emergência de veículos autónomos, no sentido de reforçar a oferta de protecção e soluções de mitigação destes riscos". O responsável da APS recorda ainda o desenvolvimento de novas ofertas na área de "vida e saúde", para dar resposta à demografia adversa que vemos nos países europeus. As seguradoras portuguesas, afiança, estão todas a acompanhar estas tendências. Bem como a APS, participando em fóruns de debate sobre essas temáticas.

 

Jacqueline Legrand, COO e membro do conselho de administração do Grupo MDS, antevê que a consolidação do sector segurador vai continuar um pouco por todo o mundo. "Há menos concorrentes nos segmentos tradicionais de seguro, resseguro e corretagem agora que a globalização e a necessidade de investimento tecnológico exigem organizações de maior escala." Jacqueline Legrand também salienta o facto de se verem novos concorrentes a entrar em campo, sobretudo mercados de capitais que trazem capacidades adicionais sob a forma de "catastrophe bonds" e empresas inovadoras de "insurtech". "Estas vão influenciar o sector, de certa forma, já que trazem novas perspectivas e flexibilidade num mercado tradicional dominado por grandes organizações com sistemas há muito estabelecidos."

 

"A tecnologia e a análise de dados influenciarão as operações do dia-a-dia", afirma. Os seguradores dispõem de um volume extraordinário de dados e com as novas capacidades de análise de "big data" podem desenvolver soluções muito eficientes para a "gestão de risco e controlo de prejuízos, modelos preditivos e ferramentas de inteligência artificial para analisar riscos e comportamentos do consumidor, criar produtos personalizados, ajustar sistemas de cálculo de preços e prevenir fraudes". Como consequência, prossegue, vão prevalecer os produtos de seguros em que o cliente paga o que consome e os sensores ajudarão a analisar os comportamentos de condução para o seguro automóvel e o estilo de vida do indivíduo para o seguro de saúde. "A tecnologia acelera a transformação e, com novas realidades como a ‘blockchain’, aprendizagem automática e inteligência artificial, a ficção começa a tornar-se realidade... no presente."

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