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“A MDS tem sempre investido na inovação”

Empresa recorda que trouxe para Portugal os produtos de afinidade há mais de dez anos, quando ninguém os conhecia. Está a implementar um sistema de gestão de relações com o cliente para gerir o crescimento das plataformas digitais, de modo a adaptar-se aos novos clientes e desenvolver outros serviços.

28 de Fevereiro de 2018 às 18:10

Jacqueline Legrand tem uma larga experiência no sector segurador. Recentemente, foi nomeada CEO da Brokerslink, sucedendo a José Manuel Dias da Fonseca. Vai desempenhar o cargo, acumulando com o seu papel de COO do Grupo MDS e membro do conselho de administração do mesmo grupo. Nesta entrevista, Jacqueline Legrand fala na realidade das empresas nacionais, no novo trabalho que a MDS está a fazer e nos desafios com que se depara o sector segurador.

 

 

Quais os principais riscos a que as empresas hoje estão expostas?

As empresas enfrentam hoje novos riscos de complexidade crescente que podem resultar na interrupção da actividade comercial e na falta de recursos humanos para gerir as suas operações, prejudicando a sua marca e reputação. Um dos grandes desafios é que tudo está a ocorrer em simultâneo e a uma velocidade alucinante. A desaceleração da economia motivou as PME a crescer fora dos seus territórios de origem. Ao mesmo tempo, a concorrência tem levado muitas indústrias a transferir para o exterior parte das suas unidades fabris e a adquirir matéria-prima onde ela seja mais barata. A globalização criou interdependências. Quando se combinam a aceleração de fenómenos climáticos extremos, o aumento do terrorismo e da violência política, com cadeias de fornecimento complexas e inventários de produção actualizados ao minuto – método JIT –, o que resulta daí é um efeito dominó com a ocorrência de sinistros catastróficos com impactos inesperados a nível global. Mais: com a aceleração e a omnipresença da tecnologia, do cibercrime e das falhas tecnológicas, criam-se não só condições para a interrupção de actividade comercial mas também para danos à marca e à reputação, o que se tem tornado um risco prioritário para muitos directores nos conselhos de administração e muitos gestores de risco. Se tal não bastasse, com o envelhecimento da população em muitas partes do mundo, existe um foco na gestão de capital humano, já que muitas empresas não conseguem atrair e reter talentos de importância crítica. Em resultado, observamos uma conversão gradual do risco tangível para o intangível.

 

 

As empresas portuguesas estão correctamente seguradas? O que está a ser negligenciado?

As empresas nacionais ainda não se protegem suficientemente no que toca à sua responsabilidade e exposição. Em Portugal, as acções judiciais ainda não são uma realidade do dia-a-dia, embora muitas empresas portuguesas vendam produtos no estrangeiro e seja cada vez mais relevante, de um ponto de vista estratégico, que analisem cuidadosamente os seus riscos e contratem as coberturas adequadas, incluindo nomeadamente os custos de defesa. Podemos falar de seguros de responsabilidade geral, responsabilidade de produtos e retirada do mercado, responsabilidade ambiental, profissional, cyber e D&O (directores e administradores), entre outros. Contudo, com a recuperação da economia e o desemprego em queda acentuada, vemos muitas empresas a oferecer mais benefícios aos seus funcionários, incluindo seguros de saúde e fundos de pensões, e a implementar planos de benefícios flexíveis, para atrair e reter talentos de importância crítica. Aliás, penso que Portugal está bastante avançado face ao resto da Europa em termos de planos de benefícios flexíveis.

 

 

A MDS é hoje uma multinacional, com interesses em cerca de 100 países, pelo que conhece muito bem a realidade económica e empresarial a nível global. Como vê o sector dos seguros a nível mundial no actual contexto económico?

O sector dos seguros atravessa uma transformação profunda. Estamos a enfrentar num mesmo momento todo um conjunto de desafios inéditos, como a transformação digital de todas as indústrias, o desenvolvimento da "sharing economy", o impacto do terrorismo e da desigualdade social no mundo, as alterações climáticas, os "drones"e os carros autónomos, uma regulamentação em rápida mudança ou o envelhecimento da população. Globalmente, os seguros desempenham um papel fundamental na medida em que ajudam os países nos seus esforços de reconstrução após os desastres naturais, as empresas a implementar planos de prevenção e gestão das crises, sensibilizam os empregadores para as questões da vida saudável e do bem-estar e apoiam as famílias que viajam, com seguros de acidentes pessoais, saúde e vida e programas de assistência. As seguradoras continuarão a participar a todos os níveis na sociedade, mas também precisam de comunicar melhor a contribuição positiva dos seguros para a sociedade e a economia.

 

 

Ainda é possível inovar nos seguros? O que está a fazer a MDS de inovador?

A MDS tem sempre investido na inovação. Começámos com os produtos de afinidade há mais de uma década, quando ninguém tinha ouvido falar deles em Portugal. Há alguns anos, lançámos o Proximity, um portal do cliente dos mais avançados da sua época, e o Phoenix, o nosso sistema centralizado de gestão de clientes e apólices, para ganhar eficiência nos nossos processos e proporcionar serviços de referência, plenamente integrados, aos nossos clientes. Também estabelecemos uma cativa, a HighDome, domiciliada em Malta, para proporcionar aos nossos clientes soluções alternativas para o financiamento dos seus riscos. Estamos actualmente a implementar um sistema de CRM (gestão de relações com o cliente) inovador em todas as operações do grupo, com a última tecnologia, para gerir o crescimento das nossas plataformas digitais, de modo a adaptarmo-nos às necessidades em evolução dos nossos clientes e desenvolver novos serviços. Christophe Antone, o nosso director digital, lidera este processo, bem como outras novidades que anunciaremos brevemente. Globalmente, este esforço não quer dizer que a tecnologia venha eliminar postos de trabalho, mas que a eficiência e a produtividade permitirão aos nossos colaboradores concentrar-se em serviços de maior valor acrescentado e tarefas mais complexas.

 

 

Este paradigma…

Este é o nosso novo paradigma de negócio: temos de personalizar as nossas soluções e ser capazes de as redimensionar ao mesmo tempo. Estes conceitos já não são mutuamente exclusivos e devem aportar simultaneamente produtividade interna e valor de negócio aos nossos clientes. Para triunfar neste mercado competitivo, todos os nossos esforços devem ir no sentido de oferecer uma experiência superior ao cliente num sistema de grande proximidade e alta tecnologia.


A importância do Lloyd's

A MDS é hoje membro do mercado segurador Lloyd’s, sendo a única companhia de língua portuguesa a integrar este mercado. Trata-se de uma vantagem para Portugal e para as empresas portuguesas, pois o Lloyd’s é "o mais importante mercado de seguro e resseguro do mundo em termos de capacidade, inovação e adaptação de produtos a riscos complexos", explica Jacqueline Legrand, prosseguindo: "Com acesso directo ao mercado Lloyd’s, a MDS pode oferecer as melhores soluções aos seus clientes por todo o mundo, mais especificamente, em África, Península Ibérica e Brasil."





Encarar a nova função com entusiasmo

Jacqueline Legrand foi nomeada CEO da Brokerslink. Questionada sobre qual vai ser a sua missão à frente desta companhia, que acumulará com o seu papel de COO do Grupo MDS, responde que vai "liderar a próxima fase do desenvolvimento da Brokerslink, que é uma empresa global de corretagem fundada por José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS, em Portugal, no ano de 2004".

A empresa, explica, é controlada por 55 accionistas de todo o mundo e tem adquirido grande visibilidade no mercado segurador global. Do ponto de vista estratégico, a Brokerslink constitui a organização internacional de corretagem do Grupo MDS e dos seus accionistas. "Continuarei a ser directora de operações (COO) e membro do conselho de administração do Grupo MDS. Vejo esta nova função com grande entusiasmo, já que procuramos expandir substancialmente a nossa oferta global e reforçar os nossos serviços de seguros especializados por todo o mundo", afirma.

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