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Digital e sustentabilidade são essenciais

Peritos do setor estão de acordo. Investimentos no digital e na sustentabilidade impulsionam o crescimento e respondem ás expectativas dos clientes

28 de Março de 2024 às 14:23

Apesar dos desafios e da incerteza que domina o contexto global, a indústria seguradora tem-se mantido resiliente e com boas perspetivas de crescimento. Os investimentos na transformação digital e em sustentabilidade (ESG) são, na opinião dos especialistas, dois dos fatores que contribuem para esta expetativa de crescimento, permitindo simultaneamente responder às expetativas dos seus clientes e parceiros.

Também as associações e o supervisor do setor sublinham a importância destas tendências e chamam a atenção para os desafios inerentes à digitalização e à transição sustentável. Na perspetiva do presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), José Galamba de Oliveira, "estas duas tendências estão a ter um enorme impacto, quer ao nível operativo, quer na oferta de novos produtos e serviços". Para o responsável máximo da APS, a necessária evolução "envolve também custos de adaptação das organizações, de qualificação dos profissionais que trabalham no setor, bem como custos financeiros acrescidos que são relevantes". Neste contexto, importa referir que "o chamado princípio da proporcionalidade não tem sido aplicado na prática, o que coloca desafios ainda maiores às pequenas e médias empresas de seguros", explica José Galamba de Oliveira.

 

Supervisor destaca desafios

No seu plano de atividades para 2024, também a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) sublinha a importância de não perder de vista os desafios estruturais do setor e de valorizar tendências que estão a ganhar visibilidade. Para a sua presidente, Margarida Corrêa de Aguiar, entre estes desafios estão, justamente, "a transição sustentável, em particular os requisitos associados à divulgação de informação de sustentabilidade fidedigna, transparente e comparável, bem como a integração de aspetos de sustentabilidade na governação dos operadores".

 

A digitalização merece igualmente destaque para a responsável máxima da supervisão. Pelas oportunidades associadas "à digitalização das cadeias de valor, bem como as ameaças e os novos riscos que daí advêm". E também "pelos riscos cibernéticos e a cibersegurança, num contexto de aceleração da digitalização da economia e do aumento da interconexão de redes tecnológicas e de comunicação, com potencial sistémico", refere.

 

Investimento no digital cresce

Para a KPMG, e segundo Nuno Esteves, partner da consultora, a nível da transformação digital, tem-se assistido "a um aumento significativo de investimento que contribui para o reforço das expetativas de crescimento". Alguns exemplos são "o desenvolvimento de plataformas de apoio à distribuição de seguros, a ligação com prestadores de serviço, principalmente no âmbito de sinistros, ou o aumento dos serviços disponibilizados em self-service, normalmente relacionados com gestão de apólices e gestão de sinistros".

 

De acordo com Nuno Esteves, está a assistir-se igualmente a "um crescente investimento na utilização de inteligência artificial no contexto de processos de seguros, muitos deles ainda a título experimental, em áreas como o aconselhamento comercial, o suporte a decisões técnicas, o reporte regulamentar ou o tratamento automatizado de documentação", nota.

 

Tecnologia muda operações

Do ponto de vista da SABSEG, o corretor de seguros líder em Portugal, a transformação digital trouxe consigo "uma série de novas tecnologias e processos que mudaram a forma como operam", refere Carlos Martins, chief operating officer da empresa.

Para este responsável, "os clientes estão cada vez mais exigentes, procurando soluções de seguros e serviços mais personalizados, inovadores e disruptivos", pelo que a SABSEG "está a atualizar constantemente a forma como atua, incorporando automação de processos, análise de dados e inteligência artificial, com vista a assegurar a oferta de experiências digitais omnicanal, atendimento dedicado e soluções singularizadas", informa Carlos Martins.

Sustentabilidade valorizada

Noutra perspetiva, para o responsável da SABSEG, também a sustentabilidade e a transição ambiental têm ganho cada vez mais relevância na sociedade, pelo que procuram "disponibilizar produtos e serviços que promovam práticas sustentáveis e soluções para riscos ambientais".

Também Nuno Esteves, da KPMG Portugal, nota que "o ESG (sustentabilidade ambiental, social e de governação) é outra das áreas com um investimento crescente no setor segurador, dando resposta não apenas a requisitos regulamentares, nomeadamente a nível de reporte, mas também a crescentes expetativas por parte dos seus clientes e parceiros". Neste contexto, "o tema do propósito e das relações emocionais está no topo das prioridades do setor". "O cumprimento de requisitos ESG, nas três vertentes (ambiental, social e de governação), é valorizado pela generalidade dos clientes, com destaque para as novas gerações", conta o partner de advisory da KPMG Portugal. Desta forma, "o desenvolvimento de iniciativas nestas matérias, bem como o aumento da visibilidade dos diversos indicadores e iniciativas, contribui para o reforço dessa ligação emocional e notoriedade da própria marca", conclui.

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