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Transformação digital distinguida pela IDC Portugal

A sexta edição dos Portugal Digital Awards premiou alguns dos melhores projetos transformacionais no nosso país.

22 de Dezembro de 2021 às 11:55
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A transformação digital tem vindo a tomar conta das organizações nos diferentes setores da sociedade portuguesa. Da energia à saúde, passando pelo controlo de fronteiras e pela grande distribuição, eis alguns dos projetos que marcaram 2021 na categoria Digital Transformation Awards. Os Portugal Digital Awards são uma iniciativa da IDC Portugal em parceria com a Axians Portugal.

Best Future of Work Project:
GENTIL, Instituto Português de Oncologia do Porto

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil desenvolveu o GENTIL, uma ferramenta para suporte à tomada de decisão clínica, em contexto oncológico. Porque a informação no hospital encontra-se dispersa e sem obedecer a uma sistematização específica, o projeto veio ajudar a reverter esta situação.

 

O GENTIL é uma ferramenta suportada em text mining e processamento de linguagem natural, sobre registos clínicos em "texto livre", com o objetivo de disponibilizar a informação através de um resumo estruturado.

 

Renato Magalhães, diretor do serviço de Gestão de Sistemas de Informação e Comunicação do IPO do Porto, explica que, de forma muito simples, "o projeto consiste em converter texto livre que os médicos escrevem nos diários clínicos em variáveis por forma a podermos construir um dashboard que auxilia o profissional na tomada de decisão". Assim sendo, em vez de ser necessário consultar "todo o extenso conjunto de informação sobre o doente, em alguns dos casos muitas dezenas de páginas", este dashboard passa a ter disponível "a informação relevante para auxiliar na tomada de decisão".

 

A solução permitiu já uma redução de 25 mil horas/ano no tempo das consultas dos doentes oncológicos e de 20% no tempo de diagnóstico e tratamento.

 

Renato Magalhães lembra que o projeto foi feito em período de pandemia, pelo que obrigou a um grande "esforço das equipas, com reuniões online e maiores dificuldades em arranjar disponibilidade dos médicos nesta altura". O projeto está a entrar agora "numa fase de produção ativa", embora não se pretenda que "a ferramenta venha substituir o médico, mas antes auxiliar o profissional na tomada de decisão".

 

O prémio "é um incentivo" para se continuar a trabalhar, diz Renato Magalhães. Uma das queixas que os profissionais de saúde mais apresentam é "terem de trabalhar com muitas ferramentas" e com o GENTIL o IPO do Porto procurou "oferecer aos seus clínicos uma forma mais simples de aceder e ter uma visão global do processo clínico do doente para a tomada de decisão ser mais rápida e com dados arrumados de forma estruturada".

Best Future of Intelligence Project:
PREDIS, E-REDES

 

Facilitar a transição energética recorrendo a poderosos algoritmos de machine learning para reduzir as perdas e maximizar a capacidade da rede é o objetivo principal do PREDIS. Desenvolvido pela E-REDES– Distribuição de Eletricidade, esta é uma plataforma suportada numa arquitetura de big data, que estima o consumo de eletricidade dos clientes e a sua geração para os dias seguintes de forma a manter a operação da rede segura.

 

Para garantir todo este trabalho, os algoritmos são treinados com anos de histórico do comportamento dos clientes. E ainda com as previsões meteorológicas mais recentes, sendo que o PREDIS foi totalmente desenvolvido em plataforma Azure DataBricks e tem capacidade para 100 mil estimativas por dia.

 

Miguel Louro, sub-diretor da E-REDES, explica que "o projeto tem como objetivo potenciar a transição energética" munindo o operador de rede "com ferramentas que consigam prever o consumo e a geração dos clientes no futuro, para um limite máximo de cinco dias". Essa informação será posteriormente "usada para estimar os fluxos de potência necessária na rede de distribuição, com a maior exatidão possível". Ao fazer isso a E-REDES consegue perceber se terá "num futuro próximo problemas de fornecimento e, caso assim seja, consegue também resolver essas situações antes que elas se manifestem".

 

Para assegurar todo este trabalho, foi criada uma ferramenta "com capacidade para simular os 100 mil pontos que constituem a rede de alta e média tensão em Portugal", ou seja, está-se a falar de "calcular 96 milhões de pontos todos os dias numa infraestrutura de big data residente em cloud e recorrendo a algoritmos de machine learning recentes que permitem, durante a manhã, ter todos os cálculos feitos". Miguel Louro refere que, para já, são necessárias "seis horas para calcular toda a informação, com mais de 380 cores de processadores e 1,2 teras de memória RAM". O projeto permite gerir a rede, "cada vez com maior margem de segurança e assegurando que os clientes se possam ligar mais facilmente".

 

O prémio representa, para este responsável, "o reconhecimento de uma grande equipa que juntou desde especialistas em sistemas de energia, a pessoas de arquitetura em computadores, peritos em cloud, peritos em big data e em machine learning". Conseguir "trazer todas essas pessoas para uma única equipa, desenvolver esta ferramenta e conseguir colocá-la em produtivo e a funcionar de forma resiliente todos os dias foi já uma grande vitória".

 

Best Future of Operations Project:
SEF Mobile, SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

 

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desenvolveu um sistema pioneiro em Portugal que permite efetuar controlos de fronteira e ações de fiscalização de forma mais rápida e segura. A app utiliza equipamento móvel e foi totalmente desenvolvida pelo SEF, visando dar resposta às novas exigências dos mecanismos de controlo de fronteiras propostos pela entrada em vigor da legislação europeia.

 

Hélio Freixial, chefe do núcleo de Transformação Lógica do SEF, explica que "o projeto piloto acabou por se tornar numa solução inovadora que permite já o controlo de fronteiras Schengen na mão de um inspetor de forma totalmente online, inovadora e eficaz". Trata-se de garantir o acesso móvel "a bases de dados europeias e internacionais, algo que antes era apenas possível num local fixo no aeroporto ou num posto de fronteiras".

 

Agora o inspetor "tem tudo na palma da mão ou dentro do seu bolso" com destaque para a base de dados da Interpol, "onde estão as medidas cautelares de todos os cidadãos internacionais". Realiza-se assim um controlo fronteiriço online e offline, sendo possível visualizar o documento sem contacto físico. A SEF Mobile conta com um leitor de certificado covid, mas faz ainda a leitura de documentos com validação de segurança do chip e verificação de alertas bem como a pesquisa biométrica, entre outras funcionalidades. A aplicação SEF Mobile, durante o fecho de fronteiras, controlou mais de 700 mil pessoas.

 

Hélio Freixial lembra que o prémio representa "bastante para o SEF, porque está em causa o esforço e a dedicação de muita gente". O projeto teve o seu boom no início da pandemia quando o SEF se viu forçado "a ter tudo pronto para trabalhar com o cidadão e o esforço que naquela altura implicou e a dedicação foi aqui recompensada".

 

O responsável do SEF não deixa, no entanto, de sublinhar que este projeto que aqui está, como outros que se ficaram a conhecer na apresentação de prémios, mostram que "na função publica também se faz excelente transformação digital".

 

Best future do Customer & Consumer Project:
Loja Continente Labs, Sonae MC

 

Desenvolvido pela Sonae MC, o Continente Labs recebeu o seu terceiro prémio nestes Portugal Digital Awards. O primeiro supermercado aberto por uma marca europeia, onde o cliente não tem de parar para pagar foi considerado Best Future of Customer & Consumer Project.

 

Orlando Antunes, gestor de projeto responsável pela implementação da loja Continente Labs, afirma que o projeto serve de base para "aprender e, posteriormente, replicar a experiência nas diferentes lojas" do Grupo Sonae, seja nas "de proximidade ou nos grandes hipermercados".

Já João Rodrigues, gerente operacional da loja Continente Labs, refere que o espaço é "totalmente autónomo o que, na ótica do cliente transforma por completo a sua experiência de compra".

 

O trabalho no projeto decorreu durante "cerca de dois anos com diversos departamentos a trabalhar em conjunto e em parceria com a Sensei, uma start-up portuguesa que desenvolveu a tecnologia que estrutura a loja". Este terceiro prémio é visto como uma grande mais-valia para o trabalho desenvolvido pela equipa de projeto "e um reconhecimento importante".

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