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Capacidade das PME impulsiona economia

Pequenas e médias empresas portuguesas são o motor da economia nacional e mostram a capacidade de se adaptar aos diferentes cenários e impulsionar as exportações.

14 de Maio de 2018 às 14:30
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Resiliente, dinâmico, inovador e exportador. O retrato do actual tecido empresarial das pequenas e médias empresas (PME) portuguesas feito por Miguel Sá Pinto, vogal do Conselho do IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, dificilmente poderia ser mais positivo. Miguel Sá Pinto explica cada um dos adjectivos que atribuiu às PME.

 

Resiliente na capacidade de ultrapassar um período de crise financeira, mas também de importante transformação económica. Souberam não só resistir, mas também enfrentar adversidades diversas e iniciar processos de ajuste a novos desafios, como são exemplo os avanços no comércio digital e nos processos de integração de sistemas da Indústria 4.0.

 

Dinâmico na transformação organizacional. Muitas empresas, em particular as PME, conseguiram nos últimos anos ganhos importantes de eficiência operacional, melhorando a sua competitividade em qualidade, custo de produção e capacidade de resposta.

 

Inovador em produto e em marketing, mas também em modelos organizacionais mais adaptados a responder às exigências da concorrência internacional e a consumidores mais informados e sofisticados.

 

Exportador para o mundo, num notável esforço comercial de abertura de mercados menos explorados, que tem permitido diversificação do risco e potenciada uma percepção já muito significativa da qualidade do "made in" industrial português. Neste campo importa sublinhar a necessidade de uma atenção redobrada às oportunidades, mas também aos riscos, das negociações decorrentes dos acordos comerciais e transformações decorrente do Brexit.

 

Indústria 4.0

 

Miguel Sá Pinto aponta os avanços nos processos de integração de sistemas da Indústria 4.0, como um dos exemplos de resiliência das PME. Neste tema, o administrador do IAPMEI fala numa realidade a várias velocidades, sendo inevitável evoluir para a integração de sistemas com base na Indústria 4.0.

 

"Numa sociedade em que os negócios deixaram de estar confinados à proximidade física e em que a concorrência é global, as estratégias de comunicação e de distribuição obrigam à adopção de sistemas integrados que permitam uma maior personalização e um prazo de entrega mais curto", explica. Esta realidade mudou as organizações das empresas e levou à modernização "não só com base na automatização, mas com base em novos paradigmas".

 

Neste aspecto, o Portugal 2020 tem privilegiado empresas que querem dar os primeiros passos nesta revolução e as que já têm implementado alguns princípios da indústria 4.0.

 

Segundo Miguel Sá Pinto, regista-se no conjunto de avisos do SI Inovação e SI Qualificação e, particularmente no Vale Indústria 4.0, cujas candidaturas decorreram a partir de 2017, "um assinalável sucesso", com cerca de 2700 candidaturas e intenções de investimento na ordem dos 1.833 milhões de euros. "Destas, foram aprovadas 762 candidaturas, correspondentes a um investimento de 740 milhões de euros e incentivos na ordem dos 346 milhões de euros. E como a implementação desses princípios da i4.0 não é contrária à criação de postos de trabalho, preocupação também visível no Portugal 2020, prevê-se que possam ser criados cerca de 6300 posto de trabalho nestas candidaturas aprovadas", informa.

 

Aposta na exportação

 

Neste balanço feito às PME portuguesas, os indicadores dos níveis de exportação mostram que há claramente uma aposta nos mercados internacionais. Algo que o IAPMEI apoia.

 

"Apesar de ser necessário ainda um esforço considerável para que mais empresas consigam aumentar as suas exportações e presença internacional, não podemos esquecer que os números actuais não se devem apenas a sectores tradicionais, pois, alguns serviços e indústrias não tradicionais têm alcançado assinalável sucesso. Por exemplo, a indústria farmacêutica e as tecnologias de informação", refere.

 

Por outro lado, as empresas portuguesas não têm ficado apenas pelos mercados tradicionais, com Espanha e França à cabeça, mas têm-se "expandido, já com particular relevância, para o continente americano, destacando-se a América Latina e Central, e para alguns países árabes".

 

Apesar destes resultados serem da responsabilidade das empresas, reconhece Miguel Sá Pinto, não se deve esquecer "a aposta que o Portugal 2020 fez para as apoiar nos seus esforços de internacionalização". No que à internacionalização diz respeito, prevê-se que o volume de negócios internacional nestes projectos se possa cifrar "na ordem dos 7.000 milhões de euros".

 

Sobre os sectores em que as PME são mais dinâmicas, Miguel Sá Pinto diz que dos números que o IAPMEI apurou nos projectos, "a indústria representa cerca de 58% das empresas apoiadas, seguida dos serviços com 19% e o comércio 13,5%."




2700 candidaturas ao vale Indústria 4.0

1.833 milhões de euros é a intenção de investimento deste programa

740 milhões de euros de investimento privado

346 milhões de euros de incentivos com fundos do Portugal 2020

6300 novos postos de trabalho é a previsão

 

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