Neste plano, são indicadas medidas para promoção da gestão sustentável da mobilidade urbana e desenvolvimento da mobilidade turística sustentável, com o objetivo de diminuir o consumo de energias e a emissão de gases de efeito de estufa, principalmente nos centros urbanos.
Explicam-nos que a CIM-RC realizou igualmente o Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS). Este plano promove a implementação de uma estratégia de baixo teor de carbono para o território, nomeadamente nas zonas urbanas, valorizando os "modos suaves", apostando na sustentabilidade do sistema de transporte, vertida em políticas de transferência modal a partir do transporte individual, mas também enquanto complemento ao transporte público.
Como autoridade de transportes do serviço público de transporte de passageiros intermunicipal, a CIM-RC lançou um concurso internacional para concessão do transporte público de passageiros, no qual estabeleceu requisitos que protejam o meio ambiente, nomeadamente a utilização de veículos mais limpos e sustentáveis, controlando a idade máxima e média da frota e a classe de emissões poluentes dos veículos.
Realizou uma candidatura ao Programa Operacional Centro 2020 para implementação de Sistemas de Informação ao Público – Plataforma de Informação Intermodal da Região de Coimbra. Esta candidatura diz respeito ao projeto de implementação de um conjunto de sistemas baseados em tecnologias de informação, visando dotar a CIM-RC dos meios necessários à gestão integrada dos serviços de mobilidade prestados pelos operadores existentes na região e da respetiva informação ao público, na demanda de uma mobilidade sustentável, tendo por objetivo a redução das emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEE). Pretende-se a promoção da intermodalidade na região, criando os mecanismos de interligação com a Plataforma de Gestão Intermodal da a-GIT e, através desta, promover também a interoperabilidade com outros serviços de mobilidade, como é o caso dos modos suaves e da mobilidade partilhada.
Encontram-se projetadas redes de percursos cicláveis e pedonais que vão abrangendo toda a região e criando ligações com as regiões vizinhas.
Ecovia do Mondego e a EuroVelo 1
Projetos como o da "Ecovia do Mondego de Prolongamento da Ecopista do Dão" ou da empreitada de "Execução da EuroVelo 1 da CIMRC" encontram-se já em fase de construção, concretizando a Rede Ciclável Estruturante da Região de Coimbra.
A Ecovia do Mondego acompanha o vale do rio Mondego, assumindo-se como um prolongamento da Ecopista do Dão, oferecendo mais um troço ciclável de qualidade. Esta via permite oferecer uma ligação ciclável no eixo estruturante Viseu-Penacova, numa extensão aproximada de 90 quilómetros, contribuindo para a ligação entre o interior centro à rede EuroVelo 1 – Rota da Costa Atlântica. Trata-se de um projeto cofinanciado pelo Turismo de Portugal e pelo Centro 2020.
Já a rota EuroVelo 1 pertence à rede Europeia de Ciclovias, que inclui atualmente 15 rotas cicláveis de longa distância que cruzam o continente europeu. A execução deste troço é decisiva para o desenvolvimento da Rota EuroVelo 1 em Portugal. Esta via ciclável, de aproximadamente 83 quilómetros, acompanha toda a costa litoral do território da CIM-RC, permitindo executar parte de duas das secções da Eurovelo1 – Rota da Costa Atlântica, possibilitando a futura ligação a sul à região de Leiria e, a norte, à região de Aveiro completando as restantes secções da Rota da Costa Atlântica. Este projeto também é cofinanciado pelo Turismo de Portugal e possui uma candidatura ao Programa Operacional Centro 2020, no âmbito da Promoção de Estratégias de Baixo Teor de Carbono.
Há mais para quem gosta de pedalar ou circular a pé
A Rede Ciclável da Região Centro possui já mais dois projetos concluídos e aprovados, Ciclovia do Mondego e Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz, que aguardam decisão de financiamento comunitário para início da sua construção, encontrando-se ainda em fase de projeto o prolongamento da Ecovia do Mondego de Penacova a Coimbra e a via ciclável ao longo rio Ceira – Ceira on Bike.
A Ciclovia do Mondego potencia e valoriza o Vale do Mondego como elemento unificador da região de Coimbra, ligando por modos suaves Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz e conectando-se com a rede ferroviária existente. Esta via ciclável tem cerca de 44 quilómetros.
A Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz, que aproveita uma infraestrutura desativada, utiliza a plataforma do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz numa extensão de 49,7 quilómetros, ligando Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Cantanhede e Mealhada. Através da construção da ecopista será efetuada a reativação deste importante eixo de conectividade da região. Encontra-se também assegurada a interligação com a rede ferroviária existente, reforçando o carácter intermodal da infraestrutura.
Estes dois projetos também foram candidatados ao Programa Operacional Centro 2020, no âmbito da Promoção de Estratégias de Baixo Teor de Carbono.
Com a implementação desta estratégia, a CIM-RC encontra-se a criar condições para que os modos suaves de mobilidade se tornem o transporte de eleição. Os benefícios são inúmeros, desde a diminuição da emissão de CO2, diminuição da poluição sonora, melhoria para a saúde, diminuição de custos…
Projetos para o futuro
Sobre o que vai fazer no futuro na região, CIM-RC pretende dar continuidade aos projetos que já tem iniciados, cumprindo o definido no PAMUS e PIAC.
Além da concretização dos projetos concluídos e em estudo para a Rede Estruturante Ciclável da Região Centro, a CIM-RC pretende alargar esta rede, interligando toda a região através de percursos cicláveis.
Continuará a colaborar com os municípios em projetos de:
Incremento dos modos suaves, particularmente em contextos urbanos: estruturação de uma rede ciclável urbana dotada de parques de estacionamento para bicicletas; qualificação e expansão de uma rede pedonal estruturante e acessível nos principais centros urbanos; introdução de sistemas de bicicletas partilhadas; introdução de eixos de modos suaves de ligação às principais centralidades envolventes; promoção dos modos suaves para as ligações casa – escola.
Reforço da intermodalidade – Integração tarifária/bilhética; hierarquização e consolidação da rede de interfaces; melhoria do rebatimento dos modos suaves nas interfaces.
Melhoria da oferta e fiabilidade do transporte público (melhoria do serviço ferroviário; reorganização da oferta de transporte coletivo; compatibilização das redes urbanas e suburbanas; estruturação de corredores urbanos; reorganização dos serviços do tipo "expresso"; melhoria das condições operacionais do transporte público; integração organizacional da gestão do transporte público).
Adoção de sistemas de informação ao público abrangentes, integrando os diferentes modos e sobre vários suportes.
Adoção de medidas de gestão de tráfego e estacionamento.
Sistemas inteligentes de controlo de tráfego rodoviário.