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Vontade clara de retomar o bom caminho

Portugal tem abertura para desenvolver a mobilidade eléctrica. Autarquias, empresas públicas ou Governo dão exemplo. Ensino também contribui.

07 de Fevereiro de 2018 às 12:17

Portugal está novamente a trilhar o caminho certo no que diz respeito à mobilidade eléctrica. Aquando dos anos da crise, houve um período de retracção neste domínio. Porém, hoje, autarquias, institutos ou Governo voltam a demonstrar sensibilidade para este tema. Disso mesmo dá conta João Peças Lopes, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), administrador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e vice-presidente da Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico (APVE).

 

"Neste momento há claramente abertura para desenvolver a mobilidade eléctrica em Portugal. Depois de um momento inicial em que tentámos colocar-nos no grupo dos ‘early adopters’, seguiu-se um período - a crise - em que a mobilidade eléctrica era considerada em Portugal como um luxo. Agora, há uma vontade clara de retomarmos o bom caminho. Isto verifica-se a nível das autarquias, empresas públicas, e não só, e também por parte do Governo", refere.

 

A provar o interesse estatal neste tema está o anúncio do Executivo de que os organismos da administração pública vão adquirir veículos eléctricos. O Estado pretende, igualmente, dar incentivos a quem comprar carros eléctricos e apostar em mais postos de carregamento. Serão estas medidas suficientes para promover a mobilidade eléctrica ou pecam por escassas? Segundo João Peças Lopes, o desenvolvimento da mobilidade eléctrica passa precisamente por criar infra-estruturas públicas de carregamento e por criar incentivos financeiros à compra dos veículos.

 

Em relação ao carregamento, "é necessário instalar mais postos de carregamento lento - em parques de estacionamento públicos e de superfícies comerciais" -, mas sobretudo é necessário desenvolver o carregamento rápido, contribuindo para vencer "a ansiedade dos condutores quando a bateria começa a ficar descarregada".

 

Simultaneamente é preciso criar "incentivos à compra dos veículos eléctricos", para os apresentar com preços mais atractivos e assim "alavancar o crescimento" da aquisição destes veículos. Existem ainda medidas complementares, como "o admitir a possibilidade de utilização das faixas de bus pelos veículos eléctricos, ligar a mobilidade eléctrica a conceitos de ‘car sharing’ e a interfaces multimodais".

 

Indagado sobre o que falta fazer no que diz respeito a políticas públicas para se incentivar à mobilidade eléctrica, explica que tem de se promover mais rapidamente "a substituição da frota de veículos do Estado e das empresas públicas por veículos eléctricos ou híbridos plug-in". Além dos incentivos fiscais, "alargar o número de veículos eléctricos novos que terão direito ao incentivo financeiro aquando da sua aquisição".

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