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Portugal vive uma fase de expansão

UVE, associação sem fins lucrativos que tem como missão promover a mobilidade eléctrica, faz um balanço da realidade nacional e desvenda um pouco do futuro.

07 de Fevereiro de 2018 às 15:14

Criada em 2015, em Coimbra, após um grupo de pioneiros e entusiastas da mobilidade eléctrica terem sentido a necessidade de se organizarem numa associação com personalidade jurídica, a Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) tem como missão promover a mobilidade eléctrica. Para cumprir este desígnio, a UVE divulga veículos eléctricos, dá a conhecer as inovações apresentadas pelo mercado, realiza encontros de veículos eléctricos e não só.

 

Henrique Sánchez, presidente da UVE, diz que a mobilidade eléctrica em Portugal encontra-se "numa fase de expansão do núcleo inicial dos pioneiros para um conjunto cada vez maior de novos utilizadores de VE, quer particulares quer empresas". O presidente do organismo, que tem 225 associados, dá exemplos concretos da expansão da rede de carregamento, pública, rápida e normal: actualmente existem 51 postos de carregamento rápido – PCR (50 kW), e 80 postos de carregamento semi-rápido (22 kW) instalados pela MOBI.E, IKEA, Lidl, McDonald’s, El Corte Inglés e Tesla (45 carregadores no destino em diversas instalações hoteleiras). E iniciou-se a recuperação e a actualização tecnológica dos cerca de 1.250 pontos de carregamento normal. Estes, ressalva, ainda apresentando um estado geral de degradação, estando muitos deles vandalizados e mal sinalizados e identificados. "É nesta área que urge uma mais rápida e eficaz intervenção", sublinha.

 

Segundo Henrique Sánchez, os desafios que se colocam ao país para melhor aproveitar a mobilidade eléctrica passam por: simplificar – por exemplo, o dístico de VE deverá ser entregue com o Documento Único Automóvel; generalizar os postos de carregamento nas cidades e nas auto-estradas; encerrar o projecto-piloto; manter os incentivos à aquisição de VE; adoptar a discriminação positiva aos VE – gratuitidade do estacionamento ou redução nas portagens; ou aumentar a produção de electricidade através das energias renováveis.

 

Portugal trata bem o "cluster" da mobilidade eléctrica, porque, justifica o presidente da UVE, "após um período de desinvestimento, actualmente assiste-se ao relançamento da mobilidade eléctrica em todas as suas vertentes, fabricantes de sistemas de carregamento – Efacec, Magnum Cap – e plano de incentivos à aquisição de VE em vigor". Ou seja, incentivo à aquisição, isenção de ISV e de IUC, e no caso das empresas também a dedução do IVA, poupança em sede de IRC e isenção de tributação autónoma.

 

A importância do carro eléctrico

 

O carro eléctrico "vai ter um papel central" no futuro da mobilidade e cidades inteligentes "pela não emissão de gases tóxicos e pela sua enorme evolução tecnológica". O carro eléctrico vai fazer parte do que se convencionou chamar a Internet das Coisas, vai dialogar com os outros carros, mas também com os seus utilizadores e com os sistemas de carregamento, melhorando a eficiência dos mesmos e reduzindo o custo da electricidade utilizada, antevê Henrique Sánchez.

 

Questionado sobre o que estão a fazer as empresas e o Estado para migrar as suas frotas automóveis para veículos eléctricos, responde que "através do Fundo Ambiental estão disponíveis verbas para a aquisição de veículos eléctricos, que vão desde ligeiros de passageiros, comerciais, lavadoras, limpadoras, varredoras, viaturas de recolha de lixo, e não só". E prossegue: "Temos o exemplo recente da empresa Águas de Portugal que adquiriu 125 viaturas eléctricas, além de várias autarquias. De realçar os planos dos Governos Regionais que aprovaram legislação apropriada ao desenvolvimento da mobilidade eléctrica nas ilhas, onde a questão da autonomia não se coloca e a produção de electricidade local e renovável é uma realidade cada vez mais presente."

 

Autarquias como as de Lisboa, Porto, Guimarães, Braga ou Coimbra e inúmeras Juntas de Freguesia, também levam a cabo estas boas práticas. No que toca a empresas, o responsável da UVE dá como exemplos os CTT, a Delta Cafés e inúmeras pequenas empresas.



Análise SWOT ao sector

. Factores negativos internos: necessidades de investimento; alterações disruptivas na sociedade e na economia.

. Factores negativos externos: interesses económicos ligados aos combustíveis fósseis; indústria automóvel tradicional.

. Factores positivos internos: descarbonização da sociedade e da economia; inovação; eficiência e poupança.

. Factores positivos externos: combate às alterações climáticas; sustentabilidade do planeta.





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