A mobilidade sustentável chegou ao setor das entregas com a DPD a apostar fortemente neste campo. Na verdade, o DPDGroup tem uma estratégia verde até 2025, "na qual apresenta vários compromissos que visam contribuir para um negócio e um planeta cada vez mais sustentáveis", explica Olivier Establet, CEO da DPD Portugal.
Um desses compromissos passa pela "redução das emissões de CO2 em 225 cidades europeias, entre as quais as cidades de Lisboa e Porto". Além disso, outro dos objetivos visa garantir "a mais de 80 milhões de habitantes soluções de entregas com baixas emissões, bem como a implementação de sete mil veículos de entrega verdes, elétricos, gás natural, cargo-bikes, e não só." Não menos importante é "a redução em 89% das emissões de carbono e 80% dos poluentes nas cidades abrangidas por esta iniciativa", acrescenta Olivier Establet.
Em Lisboa, por exemplo, desde 2021 que "a totalidade da frota de entregas conta com veículos elétricos, objetivo esse que será este ano alargado ao Porto e a mais algumas cidades portuguesas, de forma a ter as mesmas 100% descarbonizadas".
A DPD recorreu a dois parceiros – a Mercedes-Benz para as viaturas e a Repsol para as bases de carregamento – no âmbito da mobilidade sustentável, marcas que "ofereceram as melhores garantias de que o investimento efetuado ia ao encontro das necessidades da distribuição de encomendas". Olivier Establet refere, no entanto, que "ainda não é possível cobrir o país todo apenas em viaturas elétricas, dada a dificuldade em se obterem boas autonomias de bateria em termos de quilómetros percorridos". De qualquer forma, atualmente cerca de "55 viaturas da frota DPD, ou seja, cerca de 10% do total", estão já associadas à mobilidade verde.
Oferta conjugada
A DPD tem vindo a apostar em ofertas que permitam reduzir muito a emissão carbónica, como é o caso das soluções Out of Home. Um exemplo concreto remete para a instalação de cacifos eletrónicos, sendo que desde 2020 a marca tem trabalhado na expansão desta rede, seguindo uma estratégia bem delineada que "permite oferecer uma solução de entrega e recolha de encomendas capaz de otimizar recursos, concentrando o volume de entregas e reduzindo o número de deslocações", explica o CEO da DPD Portugal.
Olivier Establet sublinha que, desta forma, se confere "o máximo grau de agilidade, eficiência e conveniência num só serviço que responde às necessidades, tanto da empresa como do cliente, bem como se assegura uma entrega sustentável que contribui para reduzir as emissões de CO2". Até ao final de fevereiro a DPD conta ter 200 lockers (cacifos electrónicos) funcionais, tendo como ambição "a instalação de centenas de equipamentos nos próximos dois anos".
Por outro lado, partindo de Lisboa como cidade-piloto em todo o mundo, foi criado um Programa de Monitorização da Qualidade do Ar no site dpd.pt, que permite aos cidadãos "conhecerem as emissões PM2, e perceberem qual o melhor horário para desenvolver atividades ao ar livre como correr ou circular de bicicleta".
Neutralidade carbónica
Sempre de olho na neutralidade carbónica, desde 2013 que a DPD "compensa a totalidade das emissões carbónicas das entregas dos seus clientes, sem custo para estes, e faculta aos mesmos um certificado que dá conta das toneladas emitidas e compensadas", informa Olivier Establet.
Todos os dados estão presentes numa ferramenta interna, devidamente auditados por entidades externas, permitindo à empresa medir o impacto das atividades nas emissões carbónicas e encontrar forma de as reduzir. Exemplo disso é, conforme refere o CEO, a cidade de Lisboa, "com 55 veículos para entrega de encomendas 100% elétricos". "Falamos de uma solução que representa uma redução de 87% das atuais emissões de CO2 e 84% de NOx (óxidos de azoto), além de evitar perto de 330 toneladas de gases poluentes por ano".
Consciencializar os clientes
Os clientes da DPD não são esquecidos no âmbito da sua estratégia verde e, com uma ação baseada em políticas sustentáveis, a empresa procura consciencializar clientes e parceiros para escolhas mais ecológicas. Olivier Establet sabe bem da importância que tem para os clientes – sobretudo os que estão mais sensibilizados para estas questões e que valorizam a vertente da sustentabilidade nos serviços que pagam e nos produtos que consomem – saberem que podem contribuir diretamente para a redução da pegada carbónica pelo simples facto de escolherem uma loja ou locker da rede Pickup da DPD para levantarem as suas encomendas. A verdade é que, com este gesto, reduz-se as emissões de CO2 associadas ao transporte "em mais de 90%".
Também através do Barómetro E-Shopper, em que a DPD faz a análise e apresentação dos dados relativos ao e-commerce ao longo de um determinado ano em análise, se torna possível apresentar "um perfil detalhado dos consumidores que chamamos de ecosseletivos e que permite aos retalhistas conhecerem aprofundadamente as preocupações destes e-shoppers e como endereçar a experiência de compra junto dos mesmos".