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Começa a haver uma perceção de que a mobilidade elétrica é uma opção económica e com futuro

Consumidores estão a interiorizar que existe uma redução dos custos de utilização por quilómetro e de manutenção, quando comparados com os veículos com motor de combustão interna.

22 de Fevereiro de 2019 às 16:26
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O ano de 2018 foi bom para a mobilidade elétrica, com a comercialização de veículos elétricos em Portugal neste período a bater todos os recordes. O número de vendas no ano passado foi quase idêntico aos sete anos anteriores de comercialização destes veículos no nosso país. João Peças Lopes, professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) & diretor associado do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), diz que "começa a haver uma perceção de que a mobilidade elétrica é uma opção de futuro, que se traduz numa redução significativa dos custos de utilização por quilómetro e de manutenção, quando comparados com os custos de um veículo com motor de combustão interna".

 

Por outro lado, prossegue, a autonomia dos veículos elétricos e a rede de postos de carregamento, em especial os de carregamento rápido, têm vindo ambas a aumentar, o que "reduz o efeito de ansiedade e permite já enfrentar com confiança uma viagem mais longa". Este crescimento da aquisição de veículos elétricos resulta também de algum "efeito de imitação, que se irá replicar sucessivamente nos próximos anos".

 

João Peças Lopes já havia referido que em Portugal existe abertura para desenvolver a mobilidade elétrica. O professor recordou que depois de um momento inicial em que o país tentou colocar-se no grupo dos early adopters, seguiu-se um período – a crise – em que a mobilidade elétrica era considerada em Portugal como um luxo. No presente "há uma vontade clara de se retomar o bom caminho". "Isto verifica-se a nível das autarquias, empresas públicas, e não só, e também por parte do Governo".

 

FEUP e INESC TEC

 

Existem cursos e cadeiras referentes a este tema que são lecionados na FEUP e no INESC TEC?

O professor explica que a FEUP tem há vários anos disciplinas, nos mestrados integrados e cursos de doutoramento, em que se lecionam "conteúdos associados à tecnologia dos veículos elétricos e às questões que têm a ver com a integração massiva da mobilidade elétrica no sistema elétrico". "Há também várias teses de mestrado e doutoramento que já foram apresentadas tratando toda esta temática", acrescenta.

 

No âmbito da investigação, o INESC TEC montou um Laboratório de Smart Grids e Veículos Elétricos, que funciona desde 2012, e que é "uma das infraestruturas de I&D mais avançadas da Europa neste domínio, tendo inclusivamente patenteado soluções de conversores eletrónicos para carregamento de baterias".

 

"Entre 2010 e 2012, liderei cientificamente pelo INESC TEC o projeto europeu MERGE, no qual se identificaram a maior parte dos impactos da integração em larga escala da mobilidade elétrica no planeamento e operação do sistema elétrico e que permitiu desenvolver várias ferramentas de simulação, hardware específico e concluir várias teses de doutoramento neste domínio, envolvendo operações em regime estacionário e dinâmico e mercados de eletricidade", informa João Peças Lopes.

 

Desse trabalho tem resultado uma forte transferência de conhecimento para a indústria portuguesa.

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