Nuno Prego é responsável pela Unidade de Transformação Digital e Online da PT Portugal.
O fim da marca TMN e a unificação do negócio de consumo na insígnia MEO foi um momento de mudança, que o grupo aproveitou para dar mais alguns passos numa transformação mais profunda, em marcha desde 2012.
Nessa altura a empresa começou a desenhar uma nova arquitectura para toda a área digital e desde então tem vindo a concretizar a visão. "Tínhamos uma multiplicidade de sites e de tecnologias e uma desagregação grande na gestão desta dimensão tecnológica", resume Nuno Prego, responsável pela Unidade Transformação Digital e Online.
O grupo definiu a necessidade de migrar para uma plataforma capaz de optimizar todos os activos digitais e evitar a replicação de conteúdos; garantir um repositório único de conteúdos digitais; e o suporte para tendências incontornáveis como o multiscreen. O consumidor contacta cada vez mais com os serviços da marca através de dispositivos digitais, com uma multiplicidade de tamanhos de ecrã e era preciso encontrar uma resposta optimizada e automatizada para a tendência.
Tínhamos uma multiplicidade de sites e de tecnologias e uma desagregação grande na gestão desta dimensão tecnológica.
Nuno Prego, Responsável pela Unidade de Transformação Digital e Online
A face mais visível desta transformação digital, que teve como parceira a Microsoft, está nos sites MEO e PT Empresas, que passaram a dividir a oferta em dois grandes segmentos, introduzindo novas funcionalidades e melhorando a experiência de utilização. Estrearam novos modelos de apresentação de conteúdos, que a empresa hoje pode replicar para qualquer novo projecto, introduziram funcionalidades de pesquisa melhoradas e um sistema de autenticação único. As novas funcionalidades de comércio electrónico também nasceram desta mudança e passaram a permitir, por exemplo, a compra online de todos os serviços do MEO.
Internamente, uma plataforma modular como o Sharepoint da Microsoft trouxe flexibilidade na criação e alteração de sites ou páginas e tornou mais fácil e menos dispendiosa a adaptação a novas campanhas, ao mesmo tempo de abriu caminho à personalização de conteúdos em função do perfil do utilizador, uma oportunidade que a PT Portugal já está a desenvolver e que posiciona como um domínio a explorar mais intensamente no curto prazo.
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O modelo
A arquitectura implementada pela PT suporta três componentes principais. Um sistema de gestão unificada de conteúdos (Unified Content Management), cujo âmbito se pretende alargar cada vez mais dentro da organização; as áreas de eCare/Selfcare (sobre tecnologia .NET) que o grupo tem vindo a integrar; e a área de ecommerce, suportada em SharePoint 2013. Com a combinação de tecnologias alinhadas na nova arquitectura "conseguimos ser muito mais eficientes e racionalizar a infra-estrutura e o suporte à solução tecnológica", admite Nuno Prego. Também passou a ser possível "concentrar muito mais know-how numa única tecnologia", reduzindo o esforço de desenvolvimento e ganhando em agilidade.
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O que mudou
• A renovação do site do MEO e a criação do site PT Empresas foram os dois grandes projectos da unidade digital em 2014, concluídos no início deste ano. Antes, o site do MEO não suportava compras de serviços. Só tinha a opção click to call.
• A nova arquitectura veio facilitar a adopção de um conjunto de práticas na criação de sites, como sejam tornar regra a definição de cinco viewports - cinco tamanhos possíveis de ecrãs. Quando o utilizador acede, os blocos que compõem cada site adaptam-se às medidas do seu ecrã e apresentam o conteúdo na configuração mais adequada.
• A plataforma de suporta aos novos sites do grupo baseia-se em aplicações, componentes - mais de duas dezenas nesta caso - permitem fazer alterações e actualizações em áreas específicas do site, mantendo as restantes a funcionar.