Rui Rodrigues, CIO da Bial, explica que as crescentes necessidades de mobilidade justificam o investimento em tecnologias de informação.
Os desafios da internacionalização e a procura das ferramentas mais adequadas para suportar o crescimento da empresa têm conduzido os investimentos recentes da Bial em tecnologias da informação. No último ano, a adopção do Office 365 da Microsoft, para um universo que já ascende aos 300 utilizadores, foi uma das apostas da farmacêutica portuguesa, com equipas em África, na América Central e na Europa, e ligações a uma rede de parceiros espalhada pelo mundo.
A solução vem dar respostas às crescentes necessidades de mobilidade na organização e revelou-se uma forma eficaz de entregar serviços em qualquer idioma, com a mesma performance em qualquer parte do mundo e sem ter de gerir a ligação de novos dispositivos remotos à infra-estrutura. "Pareceu-nos que este tipo de soluções nos permitiria endereçar estas situações com maior simplicidade, não expondo tanto os nossos serviços a riscos que não conhecemos", explica Rui Rodrigues, CIO da Bial.
Criar novas caixas de correio, dar acesso às ferramentas do Office e a soluções de armazenamento online na cloud trouxe agilidade ao processo e pôs à disposição da empresa um conjunto de recursos online da Microsoft, como vídeos ou manuais, que ajudaram a acelerar a curva de aprendizagem para os produtos menos conhecidos dos utilizadores.
O ambiente Azure era mais capaz de criar camadas de protecção para a nossa infra-estrutura de CRM.
Rui Rodrigues, CIO da Bial
Mas a cloud seduziu a Bial noutros domínios. A empresa tem vindo a preparar a externalização do datacenter e já suporta a plataforma de CRM (Costumer Relationship Management) no Microsoft Azure.
Os ambientes híbridos, que permitem combinar recursos TI internos e soluções cloud, têm sido privilegiados pela Bial na condução dos investimentos tecnológicos. Rui Rodrigues vê na combinação um equilíbrio interessante para adequar capacidade, acesso a recursos de última geração e espaço de manobra para dedicar tempo a novos projectos. O responsável defende que a médio prazo a cloud não terá todas as respostas, mas mostra-se convicto de que em muitos casos os benefícios são claramente superiores a eventuais riscos, nomeadamente no que se refere à segurança.
A migração da plataforma de CRM, por exemplo, foi decidida depois de a empresa concluir que "o ambiente Azure era mais capaz de criar camadas de protecção para a nossa infra-estrutura de CRM", admite Rui Rodrigues.
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Investir para poupar
Rui Rodrigues explica que o investimento em TI na Bial "tem muito pouco a ver com custos e muito mais a ver com capacidade de crescimento", mas mesmo assim as poupanças têm surgido. A aposta nos serviços cloud reduziu as necessidades de hardware e em soluções de Data Recovery, ao mesmo tempo que teve um impacto positivo na factura do licenciamento de software à Microsoft. O pacote Office 365 junta serviços dispersos e adiciona outros, como o armazenamento na cloud, a cargo do OneDrive. Com menos recursos dedicados aos temas da gestão de capacidade, a equipa de sistemas de informação ganhou tempo para desenvolver novos projectos e responder às apertadas exigências de conformidade que balizam a actividade no sector.
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A estratégia
A Bial adoptou um modelo híbrido e combina a utilização do Office 365, sobretudo para equipas em mobilidade, com as soluções tradicionais integradas no ambiente interno.
Suportar o CRM numa plataforma cloud abriu horizontes no relacionamento com parceiros. A migração para o ambiente Azure veio facilitar a partilha de informação nessa rede, dispensando os custos de comunicações associados a solução tradicional suportada em links de fibra.