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UOPV: um projeto de I&D desafiante para navios não tripulados

A TecnoVeritas deu um grande passo no que diz respeito à tecnologia implementada a bordo de embarcações não tripuladas. O desenvolvimento do navio de patrulha oceânica não tripulado tem um objetivo duplo: o seu desenvolvimento e os desafios de operação remota e autónoma da tecnologia.

02 de Fevereiro de 2022 às 15:14
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Ao criar este projeto, a TecnoVeritas levou-se ao envolvimento com as mais recentes demandas do shipping, procurando soluções técnicas e científicas relacionadas com o multiprocessamento de dados, fusão de sensores, comunicações, gestão e transmissão de dados, inteligência artificial, COLREGS (prevenção de colisões) e muito mais.

Como o casco do UOPV deve suportar condições muito severas em operação, é feito de fibras particularmente fortes. Portanto, a TecnoVeritas formou um consórcio com a NAUTIBER Shipyards no Algarve, Vila Real de Santo António, para construir os cascos. A NAUTIBER tem um enorme histórico na construção de fibras, de iates de luxo a barcos de pesca de atum e embarcações de patrulha.

Com o foco na segurança marítima e sendo este um tópico de discussão contemporâneo, o projeto UOPV é um drone marítimo, com propulsão por ondas com desempenho igualmente bom em todos os ambientes e condições, inclusive contra vento e ondas. Com zero emissões de CO2, pode percorrer os oceanos por períodos muito longos (mais de 6 meses), transmitindo dados via satélite para a costa.

Especificações

O UOPV foi desenhado para operar por longos períodos sem o uso de combustíveis; sendo assim adequado para patrulhar missões de vastas áreas oceânicas sem custos e restrições de combustível. Tem entre 6 e 8 m de comprimento e 2 a 2,5 m de largura, com um calado entre 1 e 2 m.

Este drone marítimo está equipado com um sistema de propulsão e energia de hidrogénio híbrido integrado, usando a energia das ondas para operações de patrulhamento e, em caso de necessidade, pode usar a energia acumulada a bordo para auxílio, bem como para fins de ataque e defesa. O UPOV possui dois modos de operação, o patrulhamento com uma velocidade de até 6 nós e o modo de sprint acima de 2 nós. O seu sistema híbrido de hidrogénio permite uma resistência excecional no mar. Apesar da sua silhueta visual mínima, o UOPV possui um modo furtivo aprimorado.

Aplicações militares

O UOPV visa tornar-se o veículo mais acessível para patrulhar vastas áreas de mar, de maneira consistente, enquanto gasta o mínimo de recursos e sem impacto ambiental. O UOPV foi projetado para garantir o patrulhamento do mar e impor a presença e soberania portuguesas nas suas águas, numa área de 3.877.408 km2 do Atlântico Norte.

Mais de 300 navios por dia navegam pelas águas portuguesas, sendo uma área na qual estão as rotas comerciais mais importantes do mundo. Nas suas águas, o país precisa de abordar ações como salvamento, aplicação da lei de pesca, transporte de drogas, terrorismo, controlo de imigração, bloqueio de portos, etc.

Devido à sua carga útil excecional, e dependendo das missões necessárias, o UOPV pode ser equipado com diferentes sensores e/ou armamento, se necessário. A embarcação foi projetada para suportar as condições meteorológicas dos mares do Atlântico Norte, capaz de desenvolver uma ação de patrulha em todas as condições, tendo um excelente comportamento furtivo no modo de superfície.

Aplicações civis

O UOPV também é uma excelente plataforma para pesquisa civil (biologia marinha e oceanografia), devido ao seu espaço, energia e carga útil, além da sua operação silenciosa. Por exemplo, os sensores de busca (para missões de resgate e identificação) podem detetar um homem na água a 800 m ou um navio a 2000 m, podem reconhecer um homem na água a 200 m ou um navio a 550 m ou identificar um homem na água a 100 m ou um navio a 300 m.

O resultado do projeto

O projeto UOPV tem sido uma forma de "pavimentar" o conhecimento e os desafios do transporte marítimo futuro, permitindo o desenvolvimento de tecnologia para embarcações não tripuladas. O projeto permitiu à empresa aprender sobre recolha, processamento e interconectividade de dados, permitindo que os sistemas se tornassem cada vez mais independentes dos seres humanos por meio do uso de algoritmos. A tecnologia desenvolvida e o subdesenvolvimento têm potencial para aumentar o desempenho ambiental e energético, sem descurar a segurança necessária, tornando as embarcações mais económicas.

Em nota final, pode-se dizer que o projeto UOPV mobiliza a criação de conhecimento através da cooperação empresarial, conduzindo assim ao desenvolvimento de tecnologia naval do mais avançado que se faz no mundo. Este projeto possibilita o desenvolvimento de aplicações para a navegação autónoma, quer comercial quer militar, do futuro, i.e., em que o navio vai estar equipado com sistemas de sensores, e tratamento de dados, que lhe permitem a tomada de decisão, nomeadamente com uma redução drástica de custos de operação (por exemplo, patrulha) ligados à existência de uma tripulação, assim como energia, mas também podendo operar colaborativamente com outras unidades em enxame.
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