The European chemical industry (Cefic) elabora anualmente um estudo que revela as tendências da indústria química na Europa. O documento foca sete pontos: perfil; desenvolvimento do comércio; crescimento e competitividade; contributo do setor para a indústria da EU; consumo de energia; capital gasto; performance ambiental.
Luís Araújo, secretário-geral da APQuímica, diz que o peso de Portugal neste setor dentro da UE é "reduzido". "Em termos de vendas, cerca de 0,8 % do total da União Europeia". Apesar da residual percentagem de Portugal, a UE tem imenso peso neste ramo a nível mundial, sendo só superada pela China. O gigante asiático, indica o documento "Facts & Figures" de 2018, é o maior produtor de produtos químicos, contribuindo com 37,2% das vendas globais em 2017. Com 15,6%, a indústria química da UE ocupa o segundo lugar, juntamente com os EUA (13,4%), em vendas totais. Os produtos petroquímicos e as especialidades químicas - tintas, produtos auxiliares para a indústria, corantes e pigmentos e produtos ou fertilizantes para proteger plantações e culturas - correspondem a sensivelmente a metade das vendas da UE.
O principal parceiro comercial dos produtos da UE, em 2017, foram os EUA. A produção no setor da UE cresceu 0,2% de janeiro a setembro, do ano passado, e o documento mostra perspectivas de continuidade no crescimento. O calcanhar de Aquiles deste setor, porém, é o custo da energia. E o estudo demonstra também que de 2007 a 2017 a indústria química da UE registou uma taxa de crescimento negativa, ao contrário de países como a China, Coreia do Sul, Rússia, Índia ou Brasil.
A nível ambiental, a nota é positiva: o documento mostra que esta indústria na UE, incluindo os produtos farmacêuticos, tem reduzido as emissões de gases com efeito de estufa desde 1990.