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AICCOPN estima crescimento do valor bruto da produção entre 2,4% e 4,4% em 2023

Previsões da Associação apontam para crescimentos saudáveis em todos os segmentos do setor da construção e imobiliário em 2023. Execução do PRR e incerteza na conjuntura económica preocupam decisores.

25 de Janeiro de 2023 às 14:07
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O ano de 2022 foi positivo para o setor da construção e imobiliário, estimando-se um crescimento de 3,4% do valor bruto da construção, em linha com as previsões da Comissão Europeia para a evolução do investimento em construção. Isto apesar de um ano marcado por eventos globais com impactos profundos na economia portuguesa, destacando-se a guerra na Ucrânia, o crescimento acelerado da inflação e o aumento das taxas de juro que afetaram a atividade económica.

Neste contexto, e de acordo com os dados disponibilizados pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), o segmento da habitação apresentou variações positivas nos principais indicadores, estimando-se que o valor bruto da produção tenha observado um crescimento de 3,7%. Para esta evolução contribuíram de forma significativa o aumento de 5,3% no número de alojamentos em construções novas licenciados e o crescimento de 6,8% na concessão de novo crédito à habitação, ambos em termos homólogos acumulados até novembro.


2022 foi positivo em todos os segmentos
Relativamente ao mercado imobiliário, a AICCOPN apurou igualmente uma evolução positiva, com um aumento de 8%, em número, e de 22,9%, em valor, das transações de alojamentos nos primeiros nove meses de 2022. Igualmente de registar é uma valorização em novembro de 13,9%, em termos homólogos, do valor mediano da habitação para efeitos de avaliação bancária.

No segmento da engenharia civil, e apesar dos notórios atrasos no lançamento dos investimentos públicos previstos, a estimativa da AICCOPN quanto à evolução do valor bruto da produção aponta para um crescimento de 4,5% em 2022, em face dos elevados níveis de contratação ocorridos em 2020 e 2021, que ascenderam a 7.759 milhões de euros.


Perspetiva-se a continuação de uma evolução favorável em 2023
Para 2023, e tendo em consideração os atuais níveis de procura por imobiliário português e as perspetivas de um reforço significativo do investimento público, bem como as expectativas de uma evolução favorável no mercado de trabalho, a AICCOPN estima que o valor bruto da produção registe um crescimento real entre 2,4% e 4,4% no setor da construção e do imobiliário.

No segmento da habitação, a associação menciona fatores como a procura por habitação, o atual enquadramento das taxas de juro, o aumento da procura por soluções energeticamente mais eficientes e o facto de a habitação representar o vetor com maior dimensão no PRR para apresentar uma previsão para 2023 de uma taxa de crescimento entre 1,5% e 4,5%. Relativamente ao segmento da engenharia civil, é previsto um crescimento entre 4% e 6% do valor bruto da produção, em resultado dos investimentos previstos no PRR e no Portugal 2020, cujos investimentos têm que ser concluídos até ao final do corrente ano.


"Estão reunidas todas as condições para que em 2023 seja possível cumprir o planeamento e assistir-se a um aumento significativo do investimento público, nomeadamente em habitação, cujos investimentos previstos ascendem a 1.583 milhões de euros." Manuel Reis Campos, presidente da AICCOPN

Esperado aumento significativo do investimento público
Segundo a AICCOPN, em 2023 a atividade de construção e reabilitação e o mercado imobiliário irão já sentir os efeitos da execução do PRR, que tem verbas europeias no montante de cerca de 16 mil milhões de euros, e se espera venha a desempenhar um papel decisivo na recuperação económica e no posicionamento competitivo do País.

Para Manuel Reis Campos, presidente da Associação, "em 2022, o investimento público ficou aquém das expectativas, mas estão reunidas todas as condições para que em 2023 seja possível cumprir o planeamento e assistir-se a um aumento significativo do investimento público, nomeadamente em habitação, cujos investimentos previstos ascendem a 1.583 milhões de euros". E relembra: "Neste âmbito, um dos objetivos é dar resposta a pelo menos 26 mil famílias sem habitação condigna até 2026, o que exige um rigoroso planeamento e calendarização dos investimentos, aliado a um processo célere de tomada de decisões por parte do Governo e dos municípios".

O atual período económico continua a ser caracterizado por uma grande incerteza face aos riscos que uma possível escalada da guerra na Ucrânia ou que um crescimento superior ao previsto da inflação e das taxas de juro poderão ter na atividade económica, e em particular, nas empresas da fileira da construção e imobiliário. De acordo com o último inquérito à situação do setor realizado pela AICCOPN, a atividade encontra-se condicionada pelas dificuldades associadas à falta de mão-de-obra especializada e ao aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção. A estas dificuldades acresce, ainda, a necessidade do cumprimento da calendarização e contratualização do PRR e de maior celeridade a implementar nos licenciamentos.

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