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O que os alunos procuram no MBA

Para além do ROI e de melhores salários, os alunos que se propõem a entrar nestes programas procuram conhecimentos e competências que estejam alinhadas com o mundo dos negócios atual e global.

19 de Março de 2024 às 15:05

Ao decidirem sobre um programa de MBA, os alunos avaliam uma variedade de critérios para garantir que a sua escolha está alinhada com as suas aspirações profissionais e expectativas pessoais. A reputação da instituição é relevante, pois um programa reconhecido internacionalmente pelas principais entidades de acreditação pode abrir portas no mercado global. A estrutura curricular do programa de MBA é igualmente fundamental. De acordo com José Esteves, dean da Porto Business School, atualmente os alunos procuram programas que sejam atuais e aplicáveis às tendências e desafios do mundo dos negócios. Além disso, os métodos de ensino adotados pela escola, que devem equilibrar teoria e prática, assim como a qualidade e experiência do corpo docente, revelam-se critérios relevantes a ter em consideração.

 

As oportunidades de networking oferecidas pelos programas, incluindo a rede de antigos alunos e eventos de networking, que podem facilitar importantes ligações profissionais é também um fator de peso para o processo de tomada de decisão. Por sua vez, a exposição internacional, seja pela participação em programas de intercâmbio, em dual degree ou electives em universidades internacionais, é também altamente valorizada pelos estudantes que buscam uma perspetiva global.

 

Não menos importante é o apoio ao desenvolvimento de carreira, proporcionado pela escola, como o aconselhamento de carreira e a preparação para o mercado de trabalho. "De facto, estes serviços podem ser importantes para assegurar o sucesso após a conclusão do programa", sublinha José Esteves.

 

Por fim, a cultura e os valores da escola, bem como a sua localização, são tidos em consideração para garantir que a experiência do MBA seja enriquecedora e alinhada com as aspirações pessoais e os objetivos profissionais do aluno. "É um processo de decisão longo e com muita ponderação, pelo que acaba por ser um equilíbrio de todas estas dimensões", refere Joana Santos Silva, ISEG MBA executive director.

 

Uma questão de ROI

Por sua vez, Luís Marques, diretor do MBA Executivo da Católica Porto Business School, refere que no processo de decisão dos alunos há uma também atenção especial à questão do retorno do Investimento (ROI) – salário inicial e progressão salarial –,  bem como aos recursos de apoio disponibilizados ao aluno, nomeadamente serviços de carreira, mentoria e bolsas de estudo. A evolução na carreira é de resto um dos objetivos que atraem os alunos para estes programas e talvez o que gere mais expectativa. "50% dos participantes do MBA mudam de carreira depois de realizar o programa, 90% no final do programa identificam um incremento muito significativo na sua network pessoal e 77% alcançam salários melhores do que a média", sustenta Joana Santos Silva.

 

José Esteves defende que a evolução das expectativas dos alunos em relação ao retorno do investimento de um MBA tem-se tornando mais sofisticada e alinhada com as realidades do mercado de trabalho atual. "Perante o aumento significativo dos custos associados a programas de MBA, os alunos avaliam minuciosamente o valor potencial que estes programas podem agregar à sua carreira", justifica este responsável.

Os alunos consideram a relação entre o custo-benefício potencial, não somente em termos de aumento salarial imediato, mas também ponderando o impacto a longo prazo das suas carreiras. Neste sentido, a empregabilidade pós-MBA é um indicador crucial nesta equação. Para o dean da Porto Business School, além das perspetivas de emprego e progressão na carreira, os alunos de MBA valorizam a qualidade, a excelência e a extensão da rede de contactos que um programa pode proporcionar. Na verdade, os alunos esperam que esta rede não só ofereça oportunidades imediatas, mas que também sirva como um recurso valioso para o apoio ao crescimento profissional contínuo. Na prática, os alunos querem garantir que os ensinamentos adquiridos durante o MBA sejam aplicáveis e pertinentes em relação aos desafios e às oportunidades do mundo dos negócios modernos. José Esteves dá conta de que é dada uma ênfase especial às competências digitais, análise de dados e liderança em sustentabilidade – áreas que refletem as tendências emergentes do setor.

 

A personalização do programa é outra expectativa em ascensão entre os candidatos, na medida em que procuram currículos flexíveis o suficiente e focados em áreas alinhadas com os seus objetivos de carreira. Além disso, em resposta a uma consciência social e ambiental crescente, muitos alunos esperam que os programas de MBA integrem princípios de sustentabilidade e responsabilidade social no plano curricular, capacitando-os a liderar com eficiência e consciência ética.

 

As novas motivações

Por fim, o empreendedorismo tornou-se também uma dimensão essencial para muitos candidatos na hora de selecionar o MBA. "O desejo de adquirir conhecimento e competências para lançar e gerir negócios próprios tem impulsionado uma procura por programas, que proporcionem suporte prático através de incubadoras de startups e oportunidades de networking com empreendedores bem-sucedidos", reconhece o dean da Porto Business School.

 

Por sua vez, o diretor do MBA Executivo da Católica Porto Business School diz que também se observa muito a procura de MBA por profissionais que desejam trabalhar em áreas sem fins lucrativos, da economia social ou em organizações para o desenvolvimento, muito ligadas aos objetivos do desenvolvimento sustentável. De acordo com o especialista, esta realidade "afasta os alunos de incrementos salariais significativos, o que está a conduzir a uma análise profunda por parte de quem constrói os rankings, originando uma redução do impacto do aumento do salário, compensando com a satisfação profissional e pessoal dos alunos que querem ter skills de elevado nível, mas com um foco menor no valor económico e maior no valor pessoal".

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