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Na mira dos head hunters

Num mercado global em que faltam profissionais qualificados, um MBA pode ser um passaporte para entrar mais rapidamente no radar dos recrutadores, evoluir na carreira e obter benefícios financeiros extras.

19 de Março de 2024 às 15:02
José Peixoto, principal da Page Executive
José Peixoto, principal da Page Executive
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A procura por executivos qualificados há muito que é uma prioridade para muitas organizações que aspiram ao crescimento e à inovação. À medida que as empresas procuram líderes capazes de enfrentar os desafios complexos do atual ambiente de negócios, torna-se essencial perceber se possuir um MBA influencia significativamente o processo de recrutamento e seleção de talentos. De acordo com Bernardo Samuel, recruitment director da Adecco, os programas de MBA põem em evidência a aprendizagem prática através de projetos de consultoria, estágios e simulações, permitindo aos alunos aplicar conceitos teóricos em situações práticas. Estes programas proporcionam também uma ampla exposição a diferentes setores e funções empresariais, promovendo o desenvolvimento de competências de liderança e estratégias fundamentais para posições de alta gestão.

 

Além disso, o networking estratégico e a perspetiva global são elementos-chave dos MBA, preparando os profissionais para atuarem em contextos internacionais e a adaptarem-se a ambientes de negócios em constante mudança. "Estas características conferem aos MBA uma vantagem única, equipando-os com uma combinação valiosa de conhecimento teórico e competências práticas aplicáveis diretamente ao ambiente empresarial", destaca este especialista. A juntar a este facto, José Peixoto, principal da Page Executive, admite que cada vez mais os executivos portugueses optam por realizar este tipo de formação fora do país, o que os põe em "pé de igualdade" com os profissionais dos mercados mais evoluídos como Londres ou Madrid. 

 

O que é procurado?

As várias mudanças no ambiente de negócios globais e nas práticas de recrutamento que têm ocorrido ao longo dos anos estão a influenciar todo o setor dos recursos humanos e, por isso, é claro que o mercado de recrutamento de executivos com MBA também acaba por ser influenciado. O recruitment director da Adecco identifica como principais influências do mercado de recrutamento as competências digitais, nomeadamente de profissionais que compreendam e saibam aplicar tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a análise de dados. A volatilidade dos mercados e a rapidez das mudanças exigem executivos que possam adaptar-se rapidamente a novos contextos e liderar sob incerteza.

 

A adoção do trabalho remoto e de modelos de trabalho híbridos trouxe ao primeiro plano a necessidade de competências específicas para gerir equipas à distância. Isto inclui comunicação eficaz, capacidade de manter a cultura organizacional e fomentar a colaboração sem a presença física. Os executivos com experiência internacional e que já vivenciaram diferentes culturas organizacionais são também cada vez mais valorizados. Além das competências técnicas, as soft skills como liderança, comunicação eficaz, pensamento crítico e empatia estão também na mira dos recrutadores, sendo consideradas tão importantes quanto o conhecimento técnico. "Cada vez mais as escolas de gestão procuram proporcionar uma experiência muito próxima, se não idêntica, à realidade empresarial, reforçando assim a importância deste tipo de formação", refere o principal da Page Executive.

 

O valor do MBA no recrutamento

Os programas de MBA oferecem uma gama diversificada de especializações que são altamente valorizadas pelos empregadores, especialmente quando se trata de recrutar para posições de liderança. Bernardo Samuel destaca as áreas de operações e supply chain, finanças, marketing e estratégia, gestão de tecnologia e inovação, liderança e desenvolvimento organizacional, como as que estão a dinamizar os processos de executive searching no mercado. Os recrutadores procuram candidatos que não apenas dominem as competências técnicas das suas especializações, mas que também demonstrem fortes conhecimentos em liderança, visão estratégica e capacidade de adaptação. "Os programas de MBA que combinam rigor académico com aplicação prática oferecem uma base sólida para futuros líderes que aspiram a cargos executivos", destaca o recruitment director da Adecco.

 

Segundo este responsável, um MBA é, particularmente, valorizado em diversos setores e indústrias, sendo que cada um procura aproveitar as competências de gestão estratégica e liderança que o curso oferece. Entre os mais relevantes, destacam-se as indústrias: tecnológica, energia, grande consumo, saúde/farmacêutica, financeira, banca e consultoria de gestão. "Um MBA é altamente relevante em setores que valorizam a liderança estratégica, a inovação e a gestão eficaz, preparando os profissionais para enfrentar desafios complexos e liderar com sucesso", afirma o recruitment director da Adecco. Por sua vez, o principal da Page Executive destaca os setores financeiro, industrial, FMCG, IT e Retail.

 

Se falarmos da questão salarial, José Peixoto admite que poderá existir uma correlação entre a formação e a remuneração. Contudo não é uma relação direta, dependerá das escolas de formação e do próprio percurso do executivo. 

 

Já Bernardo Samuel considera que existem diferenças significativas nos pacotes de remuneração e benefícios oferecidos a executivos com e sem formação em MBA. "Embora não haja uma regra absoluta e as diferenças possam variar dependendo do setor, dimensão e cultura da empresa, entre outros fatores, há algumas tendências gerais que podem ser observadas nomeadamente na remuneração-base, bónus e incentivos, benefícios extras (como cursos de desenvolvimento profissional) e, claro, maior possibilidade de progressão na carreira, visto que ter um MBA pode ser acelerador de uma promoção mais rápida, bem como acesso a cargos de maior responsabilidade e prestígio", explica o especialista.

"Cada vez mais as escolas de gestão procuram proporcionar uma experiência muito próxima, se não idêntica, à realidade empresarial, reforçando assim a importância deste tipo de formação." José Peixoto, principal da Page Executive
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