Se houve um aspeto positivo que se pode retirar da crise da dívida soberana que afetou Portugal em 2009 foi que muitas empresas se viram forçadas a mudar e a transformar os seus negócios. A falta de recursos obrigou a melhorar os processos de gestão. Era inevitável, foi preciso ganhar mais eficiência nas operações.
A recuperação foi lenta, mas o esforço de empresários e gestores fez com que muitas empresas saíssem da crise mais bem preparadas para os desafios e as exigências de um mercado competitivo à escala mundial. A metalomecânica, o têxtil, o calçado, o plástico, o agroalimentar e o turismo são alguns desses exemplos. Foram setores que inovaram nos produtos, no marketing e nos modelos organizacionais.
O país, a Europa e o mundo estão a viver tempos conturbados originados por um vírus. A crise pandémica que a covid-19 mostrou ser uma realidade não se sabe exatamente quando acabará. Há uma certeza. A normalidade voltará dentro de uns meses e, nessa altura, para superar os efeitos da crise vai ser necessário que as empresas tenham boa liderança e capacidade de gestão.
O tecido empresarial português, sobretudo as PME, possui muitas competências mais vocacionadas para a comercialização de produtos e serviços, procurando encontrar novas soluções e atitudes centradas na capacidade de adaptação e empreendedorismo.
Apesar dos avanços feitos nos últimos dez anos, continua a existir margem de melhoria em áreas como a gestão de topo, a gestão intermédia, a gestão financeira e a gestão estratégica. Houve melhorias notórias, mas essa aposta deve continuar a ser feita pelas empresas e pelos profissionais que querem continuar a evoluir e assumir novos desafios. É aqui que o MBA, como formação especializada nas principais áreas da gestão empresarial, se transforma numa vantagem competitiva para as organizações e para quem decide apostar nesta área de especialização e de conhecimento.
Os profissionais que têm um MBA desempenham um papel crucial no tecido empresarial português. São quadros que, ao aplicar os conhecimentos e as competências que adquiriram nas suas formações, modernizam e diversificam a empresa, pondo a inovação e o rigor da gestão no centro da atividade.
Estes profissionais dão uma visão estratégica ao negócio e uma dinâmica competitiva nos mercados nacionais e internacionais. Uma pessoa com um MBA tende a fazer uma evolução profissional para áreas mais exigentes e de maior responsabilidade estratégica, sendo por isso mais bem remuneradas. É difícil fazer um comparativo transversal a todos os setores de atividade, mas as empresas de recrutamento e head hunting referem que um profissional com um MBA ganha, em média, mais 20% do que um licenciado que desempenhe a mesma função.