O mercado de trabalho está em constante evolução e as empresas estão obrigadas a adaptarem-se para fazerem frente aos novos desafios. Frequentar um MBA ajuda os gestores a crescer e a progredir de modo a acompanharem a atualidade. As organizações saem beneficiadas e a carreira pessoal também. E, eventualmente, será este o principal objetivo de fazer um MBA: "Aumento de competências com vista a um salto na carreira", explica Jorge Gomes, professor associado do ISEG, diretor e coordenador científico do MBA.
O responsável do ISEG afirma que os candidatos com quem conversam têm aspirações de "assumir posições mais elevadas nas respetivas organizações, pelo que o domínio de múltiplas áreas de gestão é um passo fundamental para esses ensejos". Além do mais, continua, procuram igualmente "melhorar as suas competências de liderança, algo em que o MBA do ISEG também tem vindo a apostar".
Precisamente neste contexto, a liderança das organizações empresariais é "um desafio de enorme exigência e complexidade e no qual o risco e a incerteza são elementos sempre presentes", recorda nas páginas deste especial António Gomes Mota, diretor do Executive MBA do INDEG-ISCTE.
Por isso, é cada vez mais determinante garantir que, "quando se está no processo de se ascender a posições de liderança sénior nas organizações, se disponha dos conhecimentos e competências que potenciem essa mesma ascensão e contribuam para o sucesso das suas organizações", sendo essa a missão do Executive MBA do INDEG-ISCTE.
Vantagens no mercado de trabalho
Um gestor que tenha no seu curriculum vitae um MBA é reconhecido pelo mercado, sendo esse reconhecimento maior se for obtido "numa escola de referência, com um produto formativo acreditado pelas agências internacionais, como a AMBA ou a AACSB", refere Jorge Gomes, professor associado do ISEG, diretor e coordenador científico do MBA. Com a democratização do ensino superior, virtualmente toda a gente tem hoje acesso a cursos superiores, pelo que o nível educativo da população na maioria dos países ocidentais é bastante elevado, passando-se o mesmo a oriente. Todavia, observa-se também um "decréscimo de valor dos cursos, sobretudo das licenciaturas". Atualmente, o mestrado é "quase a exigência mínima para muitas profissões e organizações".
Ora, os MBA, prossegue Jorge Gomes, poderão ser "os únicos programas que resistiram a esta desvalorização, talvez pelo facto de continuarem acessíveis a pequenas franjas da população, seja devido ao seu valor de investimento, seja devido ao grau de exigência que demandam das pessoas, ou outra". O mercado e as organizações sabem-no e, por isso, "continuam a valorizar profissionais com um MBA no CV".
Procura de competências
Ana Côrte-Real, associate dean da Católica Porto Business School, afirma que o objetivo de fazer um MBA está relacionado com a procura de aptidões de gestão que "permita ao seu participante evoluir na carreira, o que é conseguido através da criação ou reforço de várias competências". Estas qualificações que fazem do MBA "um programa único sempre que um gestor pretende dar um salto qualitativo no seu percurso profissional e pessoal" e que aportam vantagens para "o mercado de trabalho e para a empresa a que pertence" são: perspetiva global; liderança; pensamento holístico; criatividade e inovação; pensamento crítico e comunicação eficaz; compreensão do papel, das responsabilidades e do propósito do negócio; e compreensão dos limites dos modelos e dos mercados.
A associate dean da Católica Porto Business School explica que existem, hoje, muitos gestores que fazem formações especializadas, diretamente relacionadas com a função que estão a desempenhar. Porém, ressalva, esse tipo de formação "nunca consegue desenvolver uma capacidade de reflexão como a frequência de um MBA".
Um investimento pessoal
Não obstante os MBA constituírem um benefício individual (carreira) e coletivo (empresa), o investimento para pagar esta formação é habitualmente suportado pelos candidatos. "Neste momento, e não podendo deixar de manifestar a nossa incompreensão, temos mais candidatos, a título individual a suportar o investimento na formação. Estamos certos de que esta tendência se inverterá assim que o contexto seja mais favorável". Ana Côrte-Real conta que ainda há muitas empresas que não valorizam como deveriam a aposta na formação. Os motivos para o fazerem são vários, mas não tem dúvidas de que "é na formação dos seus colaboradores que as empresas vão buscar competências para se tornarem mais competitivas, para atraírem e reterem talento".
Jorge Gomes, do ISEG, também diz que o investimento para pagar esta formação "tem sido pessoal, e bastante refletido". Ainda assim, nos últimos dois anos, alguns candidatos já partilham o investimento com as respetivas empresas. "Um dado interessante", no entanto, ainda "marginal".