Os desafios para o futuro da Católica Porto Business School no que diz respeito aos MBA são partilhados pelas escolas de negócios e prendem-se com três questões. A gestão da diversidade do corpo docente em número e em perfis, a atração de novos estudantes e o tipo de modelo do negócio.
De forma muito breve, Ana Côrte-Real, associate dean da Católica Porto Business School, explica a ideia subjacente a cada um dos desafios. No que respeita aos docentes dos MBAs, têm de se balancear "os requisitos dos professores académicos com os professores ligados às empresas". "Temos que desenvolver os professores académicos no que respeita à sua ligação ao contexto empresarial e temos de apostar em professores das empresas que têm igualmente um percurso académico sólido". Daí a importância do desenvolvimento de labs e da formação aos professores. Na Católica Porto Business School – continua Ana Côrte-Real - existe a vantagem de não ser unicamente uma escola de negócios, mas de estar inserida numa universidade, o que permitirá estabelecer parcerias e diversificar o corpo docente, numa lógica de fomentar a formação da perspetiva holística de um gestor.
Em relação aos estudantes, e ainda que isto já se verifique, será "um desafio" atrair alunos para o MBA de outras áreas para além das engenharias, economia e gestão. Para que tal aconteça, é necessário repensar a natureza dos conteúdos para que estes sejam "atrativos para empreendedores, gestores de empresas sem fins lucrativos e ONGs, entre outros".
O último desafio está relacionado com o modelo de negócio face a todas as alterações do contexto e das reformulações exigidas ao nível dos MBAs. Atividades em grupo mais pequenos, coaching pessoal, gestão de carreiras, sessões de projetos, casos reais de empresas, imersões internacionais, corpo docente diversificado e internacional, são novas abordagens que impactam na rentabilidade dos programas. Ao mesmo tempo,"não existe margem para aumentar as propinas". "Esta questão pode ser minimizada com a oportunidade de life long learning assente na oferta de cursos de curta duração ao longo de cinco a dez anos e associados à fase da carreira do aluno.".
Ana Côrte-Real sintetiza os desafios com uma citação de de Paul Valéry, "The trouble with our times is that future is not what is used to be".
Objetivo: entrar no ranking do Financial Times
Para o IDEFE, os desafios futuros no que diz respeito ao MBA passam pela "internacionalização, tal como uma nova modernização, e ainda a entrada nos rankings do Financial Times, que deverá ocorrer no médio prazo, e a partir do qual se poderá voltar a repensar no valor do MBA", explica Jorge Gomes, professor associado do ISEG, diretor e coordenador científico do MBA.