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Crédito malparado está a crescer

Portugal mantém o segundo maior rácio de malparado na Europa do Sul com um valor muito acima da média europeia.

31 de Julho de 2023 às 15:20
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Numa altura em que vieram a público notícias que dão conta do aumento exponencial do crédito ao consumo no nosso país, importa perceber que realidade temos pela frente, que desafios enfrenta quem empresta dinheiro e de que forma o setor pode vir a evoluir.

 

Segundo dados do Banco de Portugal (BdP), os bancos e as entidades financeiras emprestaram quase 3,2 mil milhões de euros destinados a consumo, entre janeiro e maio deste ano. Este acaba por ser o valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando se começaram a publicar os dados.

 

Diz o BdP que este é um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ainda se verificavam alguns constrangimentos, muito devido à pandemia e já na sequência da guerra na Ucrânia.

 

Se recuarmos uma década, percebemos também que o valor relativo ao crédito ao consumo estava abaixo dos 1,5 mil milhões de euros.

 

As instituições de crédito reportam mensalmente ao BdP informação sobre os contratos de crédito aos consumidores celebrados no mês anterior (ao abrigo da Instrução n.º 14/2013). Esta informação refere-se a novos contratos de crédito abrangidos pelo regime do crédito aos consumidores.

 

Assim, entre abril e maio deste ano, foram emprestados 297 milhões de euros para crédito pessoal (uma subida de 23,4%), 265 milhões de euros para crédito automóvel (+ 23,9%) e ainda 115 milhões de euros que caíram em cartões e descoberto (+ 19,9%). Assim sendo, o maior número de novos contratos foi celebrado nos cartões e descoberto – 74.014 – logo seguido do crédito pessoal – 43.289 – e, em terceiro lugar, do crédito automóvel – 17.555.  

 

Os valores apresentados baseiam-se nos dados reportados ao BdP para efeitos de supervisão comportamental por todas as instituições financeiras que concedem crédito aos consumidores.

 

Destes valores, algum acabará por ir parar ao crédito malparado e não é por acaso que, em abril passado, a Prime Yield, no seu relatório "Keep an eye on the NPL & REO Markets Portugal, Spain, Greece & Brazil", antecipava já que Portugal mantém o segundo maior rácio de malparado na Europa do Sul. Os valores, muito acima da média europeia (que se situa nos 1,8%), são apenas superados pela Grécia.

 

Diz o mesmo estudo que Portugal conta atualmente qualquer coisa como 7.200 milhões de euros em malparado no sistema financeiro nacional, o qual equivale a 3,1% do crédito concedido. Em termos globais, o pico de transações referente ao malparado em Portugal aconteceu em 2019, ano em que chegou aos 8.000 milhões de euros.

 

Recuperar créditos

As empresas de gestão e recuperação de crédito desempenham um papel relevante neste campo e são cada vez mais procuradas até mesmo tendo em conta os dados já apresentados. São entidades que dispõem de soluções pensadas para facilitar a relação entre o devedor e o credor e, desta forma, conseguem tirar casos dos tribunais e ajudam a economia portuguesa.

 

Em 2021, as 25 empresas associadas na Associação Portuguesa de Empresas de Recuperação de Crédito (APERC) acabaram por conseguir recuperar mais de 1.460 milhões de euros. O valor representa um crescimento significativo face a 2020, ano em que se conseguiu um valor total recuperado de mais de 800 milhões de euros.

 

Best practices na recuperação de crédito

 

  • Em primeiro lugar a gestão e recuperação de crédito eficiente depende da centralização de informação num ponto único, universal e permanentemente acessível aos utilizadores internos e externos;
  • Não basta que exista um ponto único: é necessário que os utilizadores, as pessoas em concreto, adotem o sistema como a sua ferramenta essencial de trabalho, fazendo sugestões de melhoria, garantindo uma utilização coerente e maximizada da solução. Os utilizadores diários devem ser integrados no processo de seleção e customização de uma aplicação de gestão e recuperação de crédito.
  • É essencial que a aplicação seja dotada de automatismos, workflows, alarmística, de modo que não se reconduza a um mero repositório de registos, mas a uma ferramenta essencial para a transformação digital da organização.

 

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