No primeiro quadrimestre de 2017, foram colocados em circulação 92.100 novos veículos automóveis, o que representou uma variação homóloga positiva de 6,2%. Destes, os veículos ligeiros de passageiros totalizaram 78.698 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 5,8% relativamente a período homólogo.
O crescimento continua assim a sentir-se no mercado automóvel, que em 2016 comercializou em Portugal 247.343 veículos automóveis ligeiros e pesados, o que representou uma variação homóloga positiva de 15,8 %. O segmento dos carros ligeiros de passageiros registou um crescimento de 16,2%, com 207.345 veículos vendidos. A Renault, a Peugeot e a Volkswagen foram as três marcas mais vendidas em Portugal, de acordo com os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).
O sector de gestão de frotas acompanhou este crescimento do mercado de comércio automóvel, tendo registado uma evolução positiva de 11,5% em novos contratos (produção acumulada a final de Dezembro de 2016). Estes dados são reveladores de um sector que tem conseguido dar resposta aos desafios que lhe têm sido apresentados. De acordo com Patrícia Sanches, responsável de Marketing e Comunicação da ALD Automotive, há um sem-número de novos desafios que estão a empurrar o sector para a frente e a sustentar a sua dinâmica positiva.
Renting domina financiamento especializado
Os desafios de inovação do mercado automóvel na procura por tecnologias mais limpas, a evolução das necessidades de mobilidade dos clientes e da era digital que se vive, com os gestores de frota a procurarem cada vez mais informação online, que lhes permita ter conhecimento sobre a sua frota e que possibilite uma consulta ou decisão na hora, nomeadamente através do seu smartphone, são factores que incentivam sobejamente a evolução desta área.
O sector automóvel começa a circular rumo a um novo paradigma de utilização de veículos que está a tornar-se mais atractivo para os utilizadores, nomeadamente para as empresas. Patrícia Sanches dá conta de desafios ligados a novas oportunidades em segmentos de mercado menos explorados como os particulares e as microempresas, cada vez mais atentos ao mercado de "renting".
De acordo com a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), as opções de "leasing" e "renting" (aluguer operacional de viaturas) destacaram-se nas preferências do mercado nacional em 2016. O "renting" foi o protagonista do financiamento especializado, com um crescimento de 15,1%, com 31.840 novas viaturas adquiridas, nomeadamente 25.436 ligeiros de passageiros e 6.404 comerciais. No total, este negócio gerou cerca de 624 milhões de euros. A ALF apurou que um em cada seis novos carros a circular foi adquirido por via do "renting".
"Em Portugal, o ‘renting’ é indubitavelmente a solução mais procurada por empresas frotistas, e tem também vindo a ganhar maior expressão nas PME e particulares", confirma Patrícia Sanches.
Dados da ALF dão conta de que o leasing financiou mais de 23 mil viaturas ligeiras, mobilizando cerca de 463 milhões de euros. Com base nestes valores, a associação aponta para um crescimento de 24,2% nesta área de financiamento em 2016, relativamente a 2013.
Um serviço equilibrado
As vantagens do "renting" são evidentes, e incluem não só o aluguer e toda a gama de serviços associados, mediante uma renda mensal única, como também conferem uma maior liberdade ao cliente, que passa a deixar de ter as típicas preocupações da gestão de frotas e passa também a beneficiar de uma previsibilidade dos custos. "De acordo com a dimensão da frota e a estratégia da empresa, o cliente opta ainda por uma gestão de fornecimento em exclusividade ou concorrência permanente", destaca a responsável.
Pelas auto-estradas da gestão de frotas há várias vias que conduzem à optimização das ofertas, sendo a simplificação da gestão e o acesso a informação as que mais iniciativas sustentam, até porque o tipo de viatura há muito que deixou de ser o único factor determinante.
"É difícil de generalizar, porque depende bastante da actividade de cada empresa, mas podemos dizer que o segmento médio-inferior é talvez o mais procurado, por ser o segmento mais abrangente – equilibrado em termos de preço e com funcionalidades e equipamento razoável, adaptando-se facilmente aos diferentes níveis de necessidades das diferentes actividades", caracteriza a responsável de Marketing e Comunicação da ALD Automotive.
As ofertas ecológicas, porém, já mobilizam atenções das empresas, tendo havido uma evolução positiva no mercado automóvel português pela procura destes veículos, no entanto, esse reflexo, por agora, não foi ainda expressivo no mercado das empresas frotistas. "Estamos seguros de que os modelos híbridos e plug-in serão mais expressivos também nas frotas, se os incentivos governamentais evoluírem nesse sentido", esclarece Patrícia Sanches.
92.100
novos veículos automóveis em circulação no primeiro quadrimestre de 2017.
247.343
veículos automóveis ligeiros e pesados comercializados em 2016.
31.840
novas viaturas geridas em renting em 2016.