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Reabilitação urbana: vida nova a espaços antigos

Com mais de 300 projetos aprovados na região Centro, a aposta passa por evitar e reverter a degradação de edifícios e locais de interesse histórico criando novas centralidades através da regeneração física, económica e social destes espaços.

09 de Setembro de 2019 às 06:52
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Um dos desígnios do Centro 2020 / Portugal 2020 é aumentar a qualidade de vida das pessoas nos centros urbanos. A maioria da população da região Centro vive e trabalha nos centros urbanos, que há que valorizar e requalificar, sobretudo nas zonas históricas, que têm sido tradicionalmente abandonados. Até ao final do primeiro semestre de 2019, o Centro 2020 tinha já aprovado um total de 317 projetos no âmbito da requalificação e integrados nos 100 centros urbanos da região Centro. Destes, 32 eram designados como Centros Urbanos de Nível Superior e 68 designados como Centros Urbanos Complementares.

Contas feitas ao total de projetos aprovados, assegura-se um investimento total de cerca de 219 milhões de euros e um apoio proveniente dos fundos europeus de 157 milhões de euros, destinados à requalificação do espaço público e do edificado urbano, à requalificação de habitações e espaços públicos de bairros sociais e a uma melhoria da acessibilidade e da mobilidade urbanas.

 

Melhorar o património urbano

Na verdade, o estado de degradação de muitos edifícios e áreas das cidades, que contam até mesmo um vasto número de habitações em risco de ruírem, tem vindo a alertar para uma necessidade cada vez maior de se apostar na reabilitação urbana. Falamos do processo de obras de construção, reconstrução, ampliação, demolição e execução de edifícios com o objetivo de melhorar as condições de uso, conservando o seu caráter fundamental.

Uma aposta que se poderá fazer recorrendo a um conjunto de programas governamentais, locais ou europeus específicos que apoiem quem pretende renovar e melhorar os centros urbanos (e, em especial, os seus centros históricos) da região Centro do país.

Talvez também por causa desta necessidade, cada vez mais premente, de reabilitação urbana, as gruas da construção civil tenham começado a fazer parte da paisagem de algumas cidades e vilas da região, num mercado que tem crescido exponencialmente.

Coimbra é um dos muitos exemplos em matéria de reabilitação urbana na região Centro. Na verdade, no contexto das zonas prioritárias de intervenção das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) existentes à data de aprovação do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) desta cidade, foi possível desenvolver operações de diferente índole (intervenção no edificado e no espaço público) com a preocupação de melhorar a qualidade do ambiente urbano.

A medida visa também promover uma efetiva reabilitação urbana, de iniciativa privada e pública, que dê a melhor resposta, entre outras, ao desenvolvimento do turismo, num território que precisa de salvaguardar o seu património, valorizar a paisagem e o ambiente urbano, em particular através do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU 2020).

Neste sentido as duas novas ARU - Coimbra Universidade/Sereia e Coimbra Santa Clara - para além das três existentes aquando da aprovação do PEDU, vão permitir alargar a área de intervenção no centro urbano de Coimbra e potenciar o acesso a novos programas de financiamento no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, em especial o IFRRU 2020.

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