Maioritariamente constituída por unidades empresariais de reduzida dimensão, onde as PME representam cerca de 99,9% das empresas, o tecido empresarial da região Centro tem-se mostrado muito ativo na sua reinvenção e modernização, bem como na criação de novas empresas de sucesso, de que são exemplo as empresas gazela, projetos jovens que num curto período de tempo apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios.
A região Centro não se poupa a esforços para promover o espírito empresarial, facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de incubadoras e aceleradoras de empresas e áreas de localização empresarial. É também posicionamento prioritário apoiar o reforço da capacidade de gestão e serviços partilhados, a articulação em rede e o apoio às empresas residentes, para que se desenvolvam e gerem valor para a economia local.
Os fundos europeus têm sido decisivos para o desenvolvimento da dinâmica empresarial da região Centro, que capitalizou até ao final de junho de 2019 um total de 4.199 projetos empresariais, financiados no âmbito do Centro 2020 e Compete 2020. No total, o investimento ronda os 3.200 milhões de euros, e são mobilizados incentivos de 1.650 milhões de euros.
Centro 2020 catalisa novas oportunidades
A dinâmica empresarial que se vive na região Centro refletiu-se no aumento da procura do Programa Centro 2020 por parte das empresas, ou seja, verificou-se uma subida de cerca de 18% no número de projetos e de empresas a procurar estes incentivos. Cerca de 3.765 empresas que não se tinham candidatado no QREN apresentaram candidaturas ao PT2020. Isto é, 78% das empresas que apresentaram candidaturas fizeram-no pela primeira vez no âmbito do PT2020.
Grande parte dos fundos aprovados no sistema de incentivos às empresas foram dirigidos a PME (74%) e à indústria transformadora (71,3%). Relativamente à sua distribuição territorial, a região de Leiria e a de Aveiro foram as que absorveram maior volume de apoios.
Produtividade, competitividade e internacionalização
Os projetos empresariais candidatados a estes fundos do Portugal 2020 procuram sobretudo capitais para promover a alteração de processos produtivos e organizacionais, com vista a aumentar a produtividade, a competitividade e, consequentemente, gerar postos de trabalho qualificados e reforçar a sua presença no mercado global, por via das exportações e da internacionalização.
A aposta na inovação através de projetos I&D, da maior aproximação do mundo académico e da transferência de conhecimento para a economia, bem como a capacitação para a economia digital no âmbito da Indústria 4.0, também têm mobilizado as empresas a procurar novas fontes de investimento e a aumentar a procura de fundos europeus. Até junho de 2019, o domínio da competitividade e internacionalização (sistema de incentivos) absorveu 50% dos fundos europeus aprovados no Centro 2020, traduzindo-se em 3.155 operações aprovadas, em 1.069 milhões de euros de investimento elegível e 605 milhões de euros de incentivos.
Os projetos relativos às áreas de acolhimento empresarial, ligados à criação e expansão de áreas qualificadas para a atração de empresas e de investimentos, representam 3,3% do fundo europeu total aprovado.
O sistema de apoio à investigação científica e tecnológica absorveu 3,5% dos fundos aprovados, traduzindo-se em incentivos para reforçar e consolidar áreas científicas em domínios estratégicos, para capacitar as infraestruturas de investigação inseridas no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico, para apoiar o patenteamento e o licenciamento de propriedade industrial e para a internacionalização da investigação e desenvolvimento, designadamente através da participação noutros programas financiados pela União Europeia.