Constituída em 2005, a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF) resulta da fusão por incorporação da Associação Portuguesa das Empresas de Factoring na Associação Portuguesa das Empresas de Leasing, que por sua vez foi fundada em 1984. Em 2008, os estatutos da ALF foram alterados para acolher também as empresas de renting.
Hoje, a ALF representa a maioria das entidades que exerce as atividades de locação financeira, de factoring e de renting em Portugal. E a sua principal missão passa por promover o desenvolvimento das atividades de leasing, de factoring e de renting, que têm uma importância cada vez maior no apoio às empresas e no bom desempenho da economia real. Em termos práticos, a ALF atua em três grandes áreas: discussão e definição de políticas públicas; divulgação e promoção dos três produtos; e formação dos profissionais do setor.
Empresas e organizações têm benefícios em ter ou adquirir frotas ecológicas. Manuel de Sousa, membro da direção da ALF, explica que apostar neste tipo de frotas traz, "obviamente, grandes vantagens para a empresa, que assim poderá reduzir a sua pegada ambiental e contribuir, de forma muito positiva, para a preservação do meio ambiente, liderando ao nível das boas práticas". Paralelamente – prossegue –, a carga fiscal também poderá ser "atenuada, nomeadamente no que diz respeito a híbridos e elétricos, em que se verifica um desagravamento ou mesmo eliminação das tributações, assim como a possibilidade de dedução de IVA".
"Neste âmbito, o renting tem assumido particular importância ao permitir uma renovação rápida e eficaz do parque automóvel, quer ao nível das normas, quer ao nível do acesso à mobilidade híbrida e elétrica, devido à redução do risco, controlo e previsibilidade de custos que estão associados ao aluguer operacional de veículos", explica.
Em relação à procura por motores elétricos ou híbridos no mercado nacional, o responsável da ALF refere que apesar de esta ser ainda uma tendência com "relativamente pouca expressão, as empresas devem apostar cada vez mais na substituição da frota antiga por modelos diesel, gasolina, híbridos ou elétricos mais eficientes". Esta é uma opção que, "além de ser mais responsável e vantajosa, apresenta também claras vantagens fiscais".
Paralelamente, também a mobilidade partilhada, como "o car-sharing e o ride-hailing, está a ganhar cada vez mais peso", algo que está a ser encarado como uma oportunidade pelas associadas da ALF.
Renting e leasing com bons números
Indagado sobre se as empresas estão a optar mais pelo leasing ou pelo renting, responde que o tecido empresarial conhece "de forma bastante profunda as vantagens e os benefícios das soluções de renting e de leasing, que têm vindo a apresentar, sucessivamente, crescimentos muito positivos". "De facto, em 2018, o leasing e o renting foram responsáveis pela aquisição de cerca de 36 por cento das viaturas novas vendidas em Portugal."
No que toca ao futuro das frotas automóveis, Manuel de Sousa relembra que a maior consciência ambiental e energética está a fomentar a transição para modos de propulsão mais eficientes, como os eletrificados, híbridos plug-in e as novas gerações de motores a diesel. Por isso, diz, é necessário repensar, de imediato, alguns aspetos cruciais para o bom funcionamento do setor da mobilidade.
"Além da questão da infraestrutura de recarregamento, que é claramente uma área em que o país e a União Europeia precisam de progredir muito, será também fundamental construir uma estratégia fiscal adaptada à nova realidade da mobilidade automóvel e da gestão de frotas." Neste sentido, continua, a ALF está confiante de que o renting "continuará a desempenhar um papel pioneiro, funcionando como um dos principais impulsionadores e promotores da transição elétrica".